Tiro o chapéu para bandas que correm atrás de seus objetivos sem medir esforços. Hoje em dia é comum vermos o pessoal lançando discos com ajuda do financiamento coletivo, mas poucas pessoas sabem como realmente é árduo o trabalho por trás da organização desta ferramenta. Você tem que compartilhar todo dia nas redes sociais, ir de inbox em inbox, divulgar por todo canto que conseguir e até de boca a boca (que se a cidade abraçar a banda, tem tudo para dar certo). Mesmo que atingindo apenas 18% da meta estabelecida, o Exorddium não desistiu e conseguiu lançar seu novo disco, o Leviatã.



Certa vez já tinha ouvido o grupo, era alguma música do disco de 2013,por alguma indicação se não me falha a memória, lembro também de ter ficado perplexo ouvindo o trabalho, sim, ainda me assusto fácil com músicas nacionais com “padrões europeus”, se é que me entendem, ah, não estou menosprezando a música nacional. Então posso dizer que estava ansioso para ouvir esse trabalho, quando chegou a minhas mãos, enviado pela Roadie Metal Assessoria. Logo nos primeiros minutos me surpreendi, a qualidade musical dos músicos se manteve intacta mesmo com a diferença dos anos dos lançamentos, porém terei que citar alguns adendos para novos trabalhos, vale ressaltar o que se pode melhorar, dando assim uma visão aos músicos.

Acredito que os vocais são muito trabalhados, mas de alguma forma, chega um ponto que achei abusivo, batendo todo tempo em uma mesma técnica, chega uma hora que se torna um pouco maçante. Salvo também alguns comentários sobre a produção do material, em certas ocasiões o instrumental some por trás das linhas vocais, o que causa um pouco de estranhamento no meu caso, não sei se é proposital. Fora esses dois leves descuidos que podem ser consertados e claro, não descaracterizam o trabalho do disco todo, tivemos boas execuções das guitarras e do baixo, riffs contagiantes com um bom Hard Rock com pitadas de Heavy Metal tradicional, músicas que contagiam e quase chegam a ter um pé dentro do Power Metal, instrumentais bem trabalhados, destaques para a dupla de guitarras, Fernando Amaral e Paulo César.

Vale ressaltar os meus parabéns para um trabalho autoral cantado em Português, sim, meus olhos (de certa forma ouvidos também, rs) brilham ainda ver bandas tocando um som de qualidade cantado em nossa língua pátria, isso para mim, não tem preço, só gera elogios e consigo sugar uma mensagem mais facilmente dessa forma – sim, sou péssimo em Inglês. – e então consigo até cantar junto e me divertir com o trabalho enquanto ouço para falar um pouco dele aqui. Levando em consideração os adendos que fiz, acredito que o trabalho da banda é bem evolutivo, os vocais são bons, mas precisa ser mais moderados, as linhas de bateria impecáveis, assim como o restante do instrumental, talvez só um pouco mais de atenção na produção, que ela sim, não tem como falhar tem que ser pontual.

TRACKLIST
01 – Oceano Das Almas Perdidas
02 – Leviatã
03 – Hail
04 – Irmãos No Metal
05 – Coração De Aço
06 – Brinde À Vida
07 – Filhos Da Noite
08 – Dama Das Sombras

FORMAÇÃO
Eduardo Bisnik – vocal
Paulo César – guitarra
Fernando Amaral – guitarra
Nícolas Cortelete – baixo

Jailson Douglas – bateria

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Material recebido pela Roadie Metal.

Gremista, catarinense, gamer, cervejeiro e admirador incessante do Rock/Metal. Tem como filosofia de vida, que o menos é mais. Visando sempre a qualidade invés da quantidade. Criou o site 'O SubSolo" em 2015 sem meras pretensões se tornando um grande incentivador da cena. Prestes a surtar com a crise da meia idade, tem a atelofobia como seu maior inimigo e faz com que escrever e respirar o Rock/Metal seja sua válvula de escape.