Lothlórien é o nome de uma floresta élfica de grande destaque no mundo fictício de Arda, em O Senhor dos Anéis, sendo a obra de J.R.R. Tolkien a inspiração do nome da banda. 






Lothlöryen é uma banda mineira formada e meados de 2002 na cidade de Machado, cidade com um pouco mais dos quarenta mil habitantes e que agora também conhecida por ter uma das maiores bandas de Folk Metal do Brasil, se não a maior. Com uma sonoridade única, profissionalismo surpreendente, Lothlöryen, chega ao seu quarto trabalho de estúdio, produzido desta vez pelos guitarristas Leko Soares e Tim Alan, com masterização e mixagem de Thiago Okamura. 


Somos honrados em receber tantos materiais de ótima qualidade e desta vez não foi diferente, logos nos primeiros segundos, uma frase que não saiu de minha cabeça, “Essa banda é brasileira, mesmo?“, não que eu esteja menosprezando a música nacional, isso jamais passaria pela minha cabeça, porém, a sonoridade do Lothlöryen pode ser facilmente confundido com uma banda européia por exemplo, um dos motivos se deve a um inglês cantado com perfeição, sinceramente, não tinha visto algo igual desde a criação do blog até o momento, com uma dupla de guitarras afiadíssimas, uma cozinha muitíssima bem feita e executada e um órgão muito bem planejado, porém, a banda não ‘se limita‘ a isso. Doses de violões e meia-luas quebram o gelo em determinados momentos, dando mais originalidade e criatividade as músicas, não que faltem, afinal o que não falta é ambos durante todo o álbum. 


O álbum conta com uma mistura de influências, sem descaracterizar a roupagem da banda, pitadas de Death Metal, Metal Progressivo e alguma coisa de Thrash Metal são levemente percebidos em meio as canções, mas com o foco principal no Folk Metal, que é executado com sabedoria e elegância, além do mais, Folk Metal caiu nas graças do público brasileiro a um certo tempo, por ser uma música de alto-astral e sempre com uma história por trás de suas letras. 




Nos antigos álbuns, ficaram conhecidos por linhas pesadas de guitarra, baixo marcante e bateria ousada, o surreal disto tudo é que todas estas características, ainda estão pulsando firme nas veias dos integrantes, agora com uma pitada a mais do lado ‘melódico’, com um vocal lirico encantador e muito bem encaixado a riffs ousados, dando assim mais consistência as músicas deste álbum, que a cada minuto esborda criatividade e surpresas, alimentando a vontade de ouvir cada vez mais, sendo assim, nos entregando a difícil tarefa de parar de ouvir. 


Doze faixas, doze histórias, cinquenta e dois minutos de Folk Metal executado com maturidade, elegância, competência e criatividade, transformando a banda em uma das melhores bandas do metal nacional, atingindo um patamar profissional o qual muitas bandas procuram e trilham a este caminho. Lothlöryen vai aos poucos escrevendo seu nome na história do metal e acredito que em pouco tempo escreverá no metal mundial, por mais que seja cedo ainda, aguardo ansiosamente pelo próximo trabalho, enquanto isto, vou ouvindo o incansável “Principles of a Past Tomorrow”.




Sobre a arte que ficou por conta do artista, Gio Guimarães. Nela podemos ver algumas celebridades, entre eles, Albert Einsten e Stephen Hawking, por exemplo. Logo na capa já encontramos indícios do que seria o álbum, histórias e mais histórias. A capa clássica de acrílico foi optada em meio a um encarte objetivo, com todas as letras e algumas fotos da banda, geralmente não damos notas aqui no blog, mas se tivesse que dar, daria um 10,0 sem a maior dúvida.


FORMAÇÃO
Daniel Felipe – voz
Leko Soares – guitarra
Tim Alan Wagner – guitarra
Marcelo Godde – baixo
Marcelo Benelli – bateria
Leo Godde – teclado

TRACKLIST
1. a Journey Begins
2. Heretic Chant
3. God Is Many
4. Time Will Tell
5. Manipulative Waves
6. Night Is Calling
7. And Dowland Plays
8. The Convict
9. The Quest Is On
10. Who Made the Maker?
11. The Law and the Insider
12. Wavery Time

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Gremista, catarinense, gamer, cervejeiro e admirador incessante do Rock/Metal. Tem como filosofia de vida, que o menos é mais. Visando sempre a qualidade invés da quantidade. Criou o site 'O SubSolo" em 2015 sem meras pretensões se tornando um grande incentivador da cena. Prestes a surtar com a crise da meia idade, tem a atelofobia como seu maior inimigo e faz com que escrever e respirar o Rock/Metal seja sua válvula de escape.