Simplesmente existe bandas que tem o dom de impactar e te deixar sem palavras com suas composições. Ultimamente surgiram várias bandas cariocas para falarmos a respeito aqui no O SubSolo, e uma delas é uma que ouço a algum tempo, Reduto nos enviou o seu primeiro trabalho lançado em 2014, intitulado “O Convite”.




Chega a ser uma tarefa difícil você resenhar um álbum que lhe deixa sem palavras, “O Convite” como o nome mesmo diz, é um convite para você ouvir boas composições. São no total onze composições com duração de quarenta e quatro minutos e trinta e três segundos. É um tipico álbum que você aprecia todas as faixas do começo ao fim, difícil escolher uma que mais te chama a atenção, são todas boas composições. 

Chama a atenção principalmente a forma como as duas guitarras se unem e aleatoriamente criam riffs, em certas músicas riffs que grudam na sua cabeça e não saem mais, como é o caso da faixa que dá o nome ao álbum, “O Convite”, é uma música que começa com um bom solo de guitarra, até se unir junto a voz e manter uma base firme e forte até chegar ao refrão. A banda claramente investiu pesado nas letras e como é bom ouvir músicas cantadas em Português.

Uma música que chama a atenção é “Alice”, a sexta faixa do álbum tem trechos tocados no violino (aparentemente), já o vocal canta e conta uma história do começo ao fim, isso sim é uma obra de arte, uma mistura de história com melodia. Poucos tinham a facilidade de criar letras tão incríveis como as que o Reduto aqui apresenta, Legião Urbana era uma destas bandas, que até hoje vive nos corações de muita gente. Porém, ao contrário da Legião Urbana, o Reduto investe em instrumental mais pesado, mais puxado para o Grunge, pelo menos na minha humilde opinião.


O Grunge do Reduto é mais cadenciado, os instrumentais sujos com a voz limpa da a entender que a banda foca nas letras. Canções impactantes são essenciais para que um álbum tenha sucesso, ou que pelo menos marque positivamente aqueles que o ouve.  Criar um álbum com mais de dez faixas e conseguir fazer com que nenhuma música soe enjoativa ou como se fosse “figurinha para completar álbum”, aqui todas as canções são importantes e a sequência da tracklist é muito bem distribuída. 


O álbum trás uma sonoridade absurda, intelectual e com letras muito bem escritas, o vocal calmo na hora que tem que ser, rasgado e forte na hora que tem que ser, tudo na medida, pontual e com a pitada certa. O instrumental não é algo esperado, alterna diversas vezes, alegrando nossos ouvidos e dando toques surpresas, o baixo é muito bem cadenciado e a bateria muito bem elaborada. Tudo aqui é um ingrediente muito bem pensado e adicionado, juntos tornam a receita “deliciosa de ouvir”. Sou suspeito, gosto do Rock e do Grunge, gosto de ouvir coisas novas, gosto de bases fortes, músicas cadenciadas, histórias entre melodias e riffs, e isso tudo o que eu gosto, tem de sobra neste álbum.


FORMAÇÃO
João Faber – Voz e guitarra
Gabriel Mangaba – Guitarra
Bruno Freitas – Bateria
Rafael Nunes – Baixo
TRACKLIST
01 – Castelos
02 – Alexander
03 – Fogo Grego
04 – Além do Fel
05 – O Convite
06 – Alice
07 – Ilusões
08 – Marcha dos Pinguins
09 – Mais Leve que o Ar
10 – Simpatia
11 – Fotografias


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Gremista, catarinense, gamer, cervejeiro e admirador incessante do Rock/Metal. Tem como filosofia de vida, que o menos é mais. Visando sempre a qualidade invés da quantidade. Criou o site 'O SubSolo" em 2015 sem meras pretensões se tornando um grande incentivador da cena. Prestes a surtar com a crise da meia idade, tem a atelofobia como seu maior inimigo e faz com que escrever e respirar o Rock/Metal seja sua válvula de escape.