A cena carioca vem crescendo e demonstrando que está trazendo bons nomes a mídia. Recentemente postamos bandas como No Trauma, Basttardos, Reduto, Tock Hard, Monstractor e uma porção de outras boas bandas. Hoje é a vez de um som mais tranquilo, puxando as influências para o Rock Clássico, algo que sempre é muito bem aceito por onde é apresentado. Falamos de Moby Jam.


O Moby Jam tem uma certa bagagem pela questão da sua formação ser bem madura e ter muita viagem dentro da música. Pelo o que li no encarte, o vocalista e guitarrista Marcelo Vargas compôs boa parte das músicas e isso é fundamental para uma banda, um músico inspirado e de boas composições.




Na primeira audição meus ouvidos ficaram alegres com o que eu ouvi, cada vez fico mais feliz ainda por ver as bandas de nosso país estarem procurando compor músicas em nossa língua pátria, o que para o som do Moby Jam é crucial, afinal suas músicas tem tudo para conquistar um público mais “light”. A banda tem influências nas suas composições de Blues, Rock ‘n Roll Clássico e um pezinho no Pop e MPB.

E as composições do Marcelo Vargas não são para encher linguiça, pelo contrário, são músicas para estufar o peito e dizer com orgulho que as compôs. Temos músicas muito bem trabalhadas desde as bases até o solo e mesmo se tratando de um Power Trio, a banda consegue alcançar um grau de peso necessário para não embolar os instrumentos, procurando preencher até o “último fio de cabelo” disponível na música.

A energia contida no álbum é incrível, é o tipico álbum de lhe acompanhar no carro para uma viagem em família ou com os amigos, aquela trilha sonora que encaixa perfeitamente com uma paisagem e uma viagem para jogar o “estresse” fora e tentar capturar a maior quantidade de energia positiva que conseguir, Moby Jam lembra a fase mais Pop do Titãs e dos Paralamas do Sucesso, em certas doses até Engenheiros do Hawaii, três bandas que ouvia muito com meu coroa quando era moleque, de certa forma, me trazem boas lembranças da infância, é um álbum rico, que transparece as composições e faz quem ouve, sugar esta boa energia. 




Acredito muito que não será a última vez que vamos ouvir um disco do Moby Jam, mesmo que este seja de 2014, acredito que teremos futuros bons frutos vindo ai, não acredito que a fonte de inspiração deste trio tenha acabado, acredito que estão guardando boas composições para quem sabe logo um novo álbum chegar até nós, pelo fato da divulgação deste álbum estar mais árdua neste ano de 2016, só nos restas esperar uma nova obra de arte vindo dos músicos, parabéns pelo álbum.

TRACKLIST
01 – Purpurina
02 – Sol
03 – Chuva Ácida
04 – Descalabro
05 – Homem de Gelo
06 – Brilhar A Minha Estrela (Da Mais Um)
07 – O Voo
08 – Sem Juízo

FORMAÇÃO
Marcelo Vargas – vocal e guitarra
Augusto Borges – bateria
Elson Braga – baixo
Gremista, catarinense, gamer, cervejeiro e admirador incessante do Rock/Metal. Tem como filosofia de vida, que o menos é mais. Visando sempre a qualidade invés da quantidade. Criou o site 'O SubSolo" em 2015 sem meras pretensões se tornando um grande incentivador da cena. Prestes a surtar com a crise da meia idade, tem a atelofobia como seu maior inimigo e faz com que escrever e respirar o Rock/Metal seja sua válvula de escape.