Como qualquer boa banda de Metal, o Insane Driver surgiu de uma vontade de amigos de fazerem um som juntos. Longe de qualquer rotulação, o Insane Driver sempre buscou fugir de estereótipos, criando sua própria identidade. Silicon Fortress é o segundo álbum da banda, lançado de forma independente e se 2019 e 2020 foram anos devastadores para todo o cenário, 2021 vem sendo um ano que as bandas estão lançando bons materiais em busca de voltar aos palcos em 2022.

Como se não fosse novidade do brasileiro tentar desmerecer bandas do nosso cenário, o Metal moderno que é o que a banda pratica vem sendo muito julgado, mas como disse por não ser novidade, seguimos a programação normalmente. O Insane Driver executa um Heavy Metal com boas pitadas do Grunge, do Post-Grunge para ser mais exato, sendo perceptível em alguns pontos as influências do Metalcore e também do Metal Progressivo, unindo tudo isso, temos o Insane Driver, basicamente é isso.

As músicas soam com esse modernismo, que é o que o Metal precisa, renovação. Senti as guitarras cada vez mais riffadas e em busca de mais holofotes neste disco do que no anterior (Insane Driver, disco autointitulado lançado em 2016). As partes melódicas, o contrário do que ouvimos normalmente tem suas pitadas moderadas, não forçando as composições apenas numa fórmula, sendo que, os vocais em algumas partes são falados, outras mais grave e as partes mais líricas como mencionadas, porém, tudo extremamente dosado.

Os trabalhos da bateria e do baixo, que fazem uma cozinha impecável são destacados com uma base sólida e coesa, assim como outros pequenos detalhes se tornam imperceptível para alguns, mas para mim soam perfeitamente, como o trabalho dos backing vocals que dão um destaque em certas partes das músicas que chega a dar um ‘up’ nas faixas.

A produção do disco, assim como a qualidade da mixagem e masterização, são definitivamente impecáveis. Ouvindo no fone de ouvido é perceptível como cada detalhe é cuidadosamente notável e minuciosamente equalizado. O que talvez falte um pouco em lançamentos nacionais hoje em dia, uma busca por qualidade na gravação e o tiro certo no produtor que irá cuidar de toda a parte ‘burocrática’.

Não existe uma fórmula correta de ‘fazer música’, cada artista tem sua maneira de compor, porém, se fosse para escolher uma fórmula mais certeira, apostaria no que o Insane Driver trouxe no novo disco. Explosão, impulsão, riffs de guitarra, bons vocais e cozinha pesada. Principalmente objetividade, pois onde vemos bons riffs e solos de guitarra, ao mesmo tempo vemos simplicidade em partes que deixam as músicas mais interessantes a ponto de aguçar a curiosidade, o importante é música de qualidade e o quão este lançamento do Insane Driver enriquece ainda mais o cenário nacional.

TRACKLIST
01) Back To 1994
02) Faceless Demons
03) Keep Away
04) Silicon Fortress
05) Age Of Lies
06) Insane Driver
07) Desperate Prayer
08) Ghosts
09) Imagined Realities
10) Invisible Chains
11) Distant Hearts

FORMAÇÃO
Eder Franco – vocal
Dan Bigal – guitarra
Dave Martins – guitarra
Cesar Castro – baixo
Wagner Neute – bateria, teclado

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Gremista, catarinense, gamer, cervejeiro e admirador incessante do Rock/Metal. Tem como filosofia de vida, que o menos é mais. Visando sempre a qualidade invés da quantidade. Criou o site 'O SubSolo" em 2015 sem meras pretensões se tornando um grande incentivador da cena. Prestes a surtar com a crise da meia idade, tem a atelofobia como seu maior inimigo e faz com que escrever e respirar o Rock/Metal seja sua válvula de escape.