Que o ano de 2020 está desastroso para o cenário cultural mundial não é novidade para ninguém, porém, no meio desse caos, alguns trabalhos se sobressaem como fortes candidatos a serem um dos melhores lançamentos do ano, Solitude in Madness é um deles! Em menos de 30 minutos os poloneses do Vader jogam o trabalho para a torcida, apresentando aqui tudo que a gente espera deles, um álbum denso, pesado e agressivo, pegue nota, pois a aula de ‘death’ metal europeu vai começar.


“Shock and Awe” não poderia ter título melhor, Peter  (Piotr Wiwczarek) apresenta uma das suas melhores performances, teve uma época que o Vader, nos seus shows ao vivo, fazia um ‘cover’ de Slayer e acho que eles emularam o espírito da banda americana, principalmente no Show no Mercy. Sem tempo de respirar vem “Into Oblivion” e “Despair”, com um minuto e vinte de duração, precisa mais que isso? Sinceramente, não!

Antes de voltar a falar da tempestade que é esse trabalho, quero dar dois destaques, o primeiro para a produção de Scott Atkins, que deixou tudo na cara mesmo, dando essa sensação de urgência, e por segundo também há destaque para a capa,  que já tem meu voto como melhor do ano, mesmo estando em junho, pois acho difícil alguém desbancar essa arte.
Fãs antigos sabem que a melodia é algo que sempre foi presente na sonoridade do Vader, nas faixas “Emptiness” e “And Satan Wept” temos amostras desse sentido. A inovação vem com “Dancing in The Slaughterhouse”, uma faixa que se aproxima do ‘grind’ e mostra que o Vader não cansa de se renovar e ficar cada vez mais agressivo.

Em tempos que transparecem que 2020 é o ano do apocalipse, o Vader nos entrega a trilha sonora para nosso fim.



TRACKLIST:
1) Shock and Awe
2) Into Oblivion
3) Despair
4) Incineration of the Gods
5) Sanctification Denied
6) And Satan Wept
7) Emptiness
8) Final Declaration
9) Dancing in the Slaughterhouse
10) Stigma of Divinity
11) Bones

FORMAÇÃO:
Peter – guitarras e vocal
 Spider – guitarras
Hal – baixo 
James Stewart – bateria