Estamos recebendo diversos CD’s, entre álbuns completos com muitas faixas, também recebemos bons EP’s, agradecemos isto de coração, obrigado por acreditarem em nosso trabalho, afinal, nenhum material recebido passa despercebido, porém tem muitos que nos deixam boquiabertos de como o nosso cenário está esbordando talento e muitos não os valorizam.
Recebemos recentemente, uma boa remessa do álbum “Out of Control” do Tourette, banda paulista formada em 2009. Uma banda que se questiona todos os dias, “Como podemos evoluir?” e as cobranças sofrem efeitos positivos, a banda está em uma constante evolução e o intrigante é que o álbum em questão, é apenas o primeiro do grupo, aliás, você já ouviu falar na “Síndrome de Tourete“? Então vai querer ler o que vem a seguir, antes de mais nada, prepare os ouvidos para boas canções e riffs extraordinários.
Aliás, para explicar melhor vamos voltar a falar sobre a tal “Síndrome de Tourete“, o neurocirurgião doutorado em medicina pela Universidade de Würzburg (Alemanha), Dr. Eduardo Alho, explica melhor a tal síndrome, “Há um sistema que coordena de modo balanceado emoções, planejamento de ações e execução (que se dá com ações motoras). Esse balanceamento é feito por ‘núcleos da base do cérebro’. Um exemplo dessa interação é quando sentimos fome: uma sensação fisiológica, que gera uma vontade de comer (emoção) e que aciona um mecanismo motor de busca por alimento (ir ate um restaurante, preparar um alimento ou chorar no caso de bebês). No caso de Tourete, existe uma alteração genética na regulação dos núcleos da base. Com isso, comportamentos motores e vocais ‘escapam’ e são exteriorizados.”, após ler isto, da uma curiosidade absurda, não? Concordo, afinal o nome da banda foi escolhido a dedo!
Economizar em riffs marcantes e vocal explosivo para que? Impossível repetir o álbum e não começar a cantar junto (mesmo que errado, rs). A explosão de bons riffs ocorre desde os primeiros segundos, seguindo de fortes refrões, com uma bateria matadora a banda vai se desenvolvendo, passando pelo Grunge, com pitadas de Stoner Metal e Heavy Metal Clássico, até ir criando as características do Tourette, tanto que outra coisa que a banda não economizou neste álbum, foram efeitos de teclado, o que da muito mais vida a muitas músicas e claro, abre um leque de possibilidades e inovações, musicalmente falando.
Sempre ao ouvir um álbum, procuro por algo “diferente”, aquele ponto fixo que me fará admirar a banda ainda mais, aquele algo a mais que toda banda deve procurar fazer, então, eis que surge a sétima faixa do álbum, a brilhante “Prisioner“, uma música de tamanha criatividade e de tal intensidade, é como um gol aos quarenta e cinco minutos do segundo tempo, é algo que te acalma, te faz fluir sentimentos e no fim, você vai dizer, “Quero ouvir de novo“!
O quinteto paulista consegue usufruir de todos os “espaços” vagos das músicas, certos vácuos que seriam algo que seria irrelevante para outras bandas, mas não para o Tourette. Soaria algo como um “Porque não usar todo o espaço disponível?“. Repetiria mil vezes se fosse preciso, o álbum é um mar de criatividade, aonde ótimos riffs, com uma boa pegada da bateria, um groove seco do baixo como se estivesse batendo ossos contra ossos e uma atmosfera enfurecida turvando sobre as músicas, surgindo em momentos inesperados dando um tempero a mais, é o que torna este álbum uma obra de arte, definitivamente, fenomenal.
Algo que tento decifrar em minhas resenhas, é o estilo que uma banda segue para suas composições, desta vez, tal tarefa foi impossível. O Tourette tem uma visão diferenciada de composição a cada faixa, dificilmente seguem uma mesma linha ou se privam de inovar em certos momentos, o que mostra inúmeras faces musicais do quinteto, a banda não segue um linha, mas sabem compor como poucos, ansioso desde já para um segundo álbum, se este foi o pontapé de tudo e já detém de tal sonoridade muito madura e muito bem executada, é difícil não imaginar um segundo álbum e ao mesmo tempo não se arrepiar ao pensar…
Algo que tento decifrar em minhas resenhas, é o estilo que uma banda segue para suas composições, desta vez, tal tarefa foi impossível. O Tourette tem uma visão diferenciada de composição a cada faixa, dificilmente seguem uma mesma linha ou se privam de inovar em certos momentos, o que mostra inúmeras faces musicais do quinteto, a banda não segue um linha, mas sabem compor como poucos, ansioso desde já para um segundo álbum, se este foi o pontapé de tudo e já detém de tal sonoridade muito madura e muito bem executada, é difícil não imaginar um segundo álbum e ao mesmo tempo não se arrepiar ao pensar…
FORMAÇÃO
Massimo Spalla – vocal
Vini Costa – guitarra
Leandro Rueda – bateria
Hugão – guitarra
Fernando Dias – baixo
TRACKLIST
1- Fireball
2- Voices
3- Breathe Tradução
4- Another day
5- The Withdrawal Valley
6- Liar
7- Prisoner
8- Reason