Como se dia antigamente: “Castigo vem a cavalo”, ilustrando velocidade. Mas nos dias modernos, esta expressão torna-se contrária às suas origens. Portanto, mesmo algumas assombrosas noites após a comemoração do Halloween, nosso TopFive vem “à mula sem cabeça”, mas traz consigo, 5 bandas que abordam temas de horror.

O Subsolo - TopFive #101



1) Fiddy –  Jaboatão dos Guararapes/PE

Quebrando o protocolo de elenco alfabético, ordeno Fiddy inicialmente nesta lista, por se tratar de uma das responsáveis na inspiração para eu ser tecladista/acordeonista hoje (não que eu toque grandes coisas), mas fica aí a homenagem.
Voltando ao som, Fiddy possui muitas características peculiares. Irreverência nas letras cantadas em português e caracterização, somam à temática que permeia letras infantis, circenses, histórias de terror, videogame e o que você, caro leitor, conseguir relacionar a estes assuntos com um toque de brasileiridade. Tudo isso executado a um metal pesado com passagens cômicas e melódicas, e acompanhadas de um dançarino de palco. Seu mais recente trabalho é o EP Horripilante Malassombro, Vol. 1 cujo peso e destaca-se em relação às composições anteriores, que também citam itens da cultura scary. Destaques para A Fantástica História da Menina Diabética no Castelo Mal Assombrado e Doce Travessura.



2) feed the FREAK! – Blumenau/SC

Numa mistura de industrial, horror punk, nu entre outros, sadismo, violência, perversão e libertinagem são os itens que compõe o set desta banda que, sobre o palco, carrega uma performance personificada de suas canções, com caracterização e interpretações. Seu freak show nos revela o lado obscuro do ser humano.
Confira o teaser do novo som intitulado Fanatic o qual será lançado em breve, clicando aqui.

3) Ossos Cruzados – Taboão da Serra/SP

Inspirados nos contos de terror, e no terror da realidade do brasileiro, cantando em português e mesclando horror punk, trhash, HC, crossover, umas levadas de blues e regionalismos, seu último trabalho (2017), faz uma releitura de conhecidas histórias do cinema com uma boa dose de humor e originalidade. Faixas como Jason Mata, Boneco Assassino, Samara, O Grito e Aqui Não Tem Natal são encontradas no álbum Miolos.



4) The Undead Manz – Criciúma/SC

Com um visual declaradamente disposto a ostentar o medo no palco, The Undead Manz, carrega consigo letras que falam sobre os medos, anseios e linhas de pensamento sobre a humanidade, sua trajetória e destino, com base nos próprios atos. O nome da banda sugere que aqueles que ainda possuem consciência, não estão mortos (por dentro / mentalmente), e não são passíveis manipulação por ferramentas de controle de massa (politicagem, religião, mídia oportunista, etc).
O recentemente lançado clipe Death do álbum The Rise of the Undead (2016) tem repercutido positivamente entre o público e a mídia. Então, enquanto ouvimos, ficamos no aguardo do novo álbum The Rapture Of Undead’s Bride, com previsão de lançamento ainda este ano. Portanto, fiquem ligados, porque a gente vai trazer essa novidade pra vocês!


5) Viletale – Blumenau/SC


Recentemente citados aqui n’O Subsolo, nesse link com o lançamento do single A Treatless October, Viletale leva muito a sério os detalhes da produção de seus trabalhos. Figurino, vídeo, artes digitais, e logicamente, as músicas são desenhadas com a cara do horror metal. O teaser com a preview da arte do novo álbum, Land of Thousand Pleasures, traz imagens reais de de vítimas de Edmund Kemper, famoso serial killer e necrófilo atuante na segunda metade do século XX.
Confira o teaser de Land of Thousand Pleasures aqui. Apesar de haver declaração da banda que o single A Treatless October não fará parte do próximo álbum, dadas as características da banda, sabemos que podemos esperar coisa “boa”.


Especialista em cybersegurança, acordeonista e tecladista. Entusiasta de fotografia, já foi fotógrafo e redator nos projetos Virus Rock e Opus Creat. Não limitado a um subgênero do metal, tem como preferências: folk metal, doom/sinfônico, death metal, black metal, heavy metal. Gaúcho de coração, valoriza a cultura tradicionalista gaudéria, a qual inspira suas composições nas bandas em que toca. Interesses globais: Música, ciência, tecnologia, história e pão de alho.