Pela primeira primeira vez nestes anos de TopFive, a edição de hoje vem a ganhar a nomenclatura #tbt devido a trazer cinco bandas unidas por uma única história. Este clássico quadro do SubSolo celebra a nostalgia e o Halloween em um evento marcado para todo o sempre.

Marcado por um tremendo temporal que arrasou municípios da região de Júlio de Castilhos, o Diabolous Festival perpetua pela memória dos headbangers por ter sido avassalador e construir uma sinergia além do palco musical. A previsão do tempo não previu tamanho estrago, e quatro garotos, um deles sendo este aqui que está digitando, colocaram um disco do Pantera no carro do pai de um dos amigos e viajaram por 1 hora até o local do emblemático festival. 18 de outubro de 2014, nuvens nublando o céu, e assim começo a indicar as bandas deste TopFive:

 
01) Human Plague – Death Metal – Santa Maria/RS
 
Próximo das 22 horas, o bar Beer House, hoje Usina, iniciou os trabalhos com a Human Plague. Mesmo sem seu vocalista André, que não pode se fazer presente. Devido essa ausência, Cássio, baixista da banda, desempenhou a função dos vocais com bravura. Hoje, a banda volta aos poucos a ensaiar. Devido a pandemia, o município da banda está sendo assolado pela COVID-19 e os integrantes precisam de cuidado dobrado na prevenção. Considero a banda uma das melhores na região do som extremo, semeando a sua obra musical de 2019:

 
02) Dyingbreed – Death Metal – São Leopoldo/RS

Na sequência a Dyingbreed subiu ao palco, e mostrou toda a sua eficiência sonora. Trazendo algumas faixas que hoje estão no disco lançado em 2015, Workship no one, e da demo Killing the image of your god e mais dois covers, fez cabeças rolarem, e rodas de mosh se abrirem em frente ao palco. Naquela noite presenciei a banda deixando muitos fãs ansioso pelo lançamento deste álbum:


03) Postmortem – Death Metal – Pelotas/RS

A Postmortem despejou seu Death Metal com muita energia. Mostrando um repertório bem variado, mesclando musicas do EP Within the Carcass, e de trabalhos anteriores como Atra Mors, a banda rapidamente ganhou o publico. Exímios profissionais do som extremo, a banda segue carreira até hoje, conquistando cada vez mais o cenário nacional e internacional. Orgulho demais em dizer que vi essa banda se apresentar no festival.


04) Mithrubick – Death/Grindcore – Passo Fundo/RS 

Quando a Mithrubick, destilou o primeiro riff, os bangers locais ficaram estáticos, devido ao tamanho da tijolada, um Death/Grind de primeira. Assimilado o choque, os moshs voltaram e a desgraceira rolou, até a luz acabar, e um temporal literalmente varrer a cidade. O dono do local foi ao fundo buscar um gerador, e mesmo não dando conta de ceder energia para todos os instrumentos musicais, a banda seguiu destruindo no instrumental.


05) Torvo – Death Metal – Caxias do Sul/RS

Dentro do pub mal dava pra ter ideia dos estragos e o que se via era um vento forte, e muita chuva, mas os prejuízos foram enormes para a cidade. Árvores foram arrancadas pela raiz, vidros estouraram, postes vieram abaixo, mas nada deteve o Diabolus Fest! Devido à oscilação de energia um dos cubos de guitarra passou a se desligar, o que prejudicou a apresentação da Torvo. Mas empolgação por parte de publico e banda, sobraram. Destilando com maestria sua potente voz, Tiaraju Lima organizou uma apresentação arrematadora. A banda executou covers de Pantera e Slayer aliando com suas sonoridades autorais levando o público ao delírio e fazendo a todos esquecerem da apresentação em meia fase devido a energia.


O Festival foi promovido e executado por profissionais. Nenhum fã saiu cabisbaixo do evento, ao contrário, todos aclamavam pela segunda edição. Ao voltarmos pra casa, dependíamos de linha de ônibus. Com a tempestade os horários se alteraram e não tinha ônibus às 5 horas. Providenciamos de acampar na rodoviária, mas logo apareceu um transporte, que estava deixando pessoas na cidade após uma excursão e o motorista nos concedeu uma carona já que o local do estacionamento do transporte era em nossa cidade.