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Entrevista: Klinsh (Rio de Janeiro/RJ)

A banda Klinsh foi formada entre os anos de 2010 e 2011, na cidade de Rio de Janeiro/RJ, pelo músico Lucas Coelho (guitarra), com a finalidade de trazer uma sonoridade própria fortemente influenciada pelo Rock, Classic Rock e Hard Rock das décadas de 70, 80 e 90 de bandas como Kiss, Led Zeppelin, The Cult, Guns N’ Roses, Titãs e Barão Vermelho.

Em janeiro de 2018, uma necessária reformulação culminou na entrada dos atuais membros Lito Ferreira (vocal), Everton Freitas (guitarra), Rodrigo Paixão (baixo) e Jorge Braz (bateria), junto a Lucas Coelho, único membro original. Nesse mesmo ano, mais precisamente no mês maio, lançaram o EP de estreia, A Soma de Todos os Dias, contendo seis faixas abordando temas carregados de sentimentos, desencontros, motivações e críticas sociais, mantendo toda a energia e vigor de sua sonoridade original.

Agradecemos a disponibilidade da banda em dar esta entrevista a’O SubSolo. O Klinsh está na ativa desde meados de 2010 e 2011, as influências básicas do Hard Rock entre 70’s e 90’s. Como foi a escolha por compor em língua pátria e de que forma isso pode ajudar de forma positiva a trajetória da banda?

Lucas Coelho: principalmente gostaria de agradecer a oportunidade e o espaço que vocês estão dando para a gente e pro pessoal da cena independente. Sobre a pergunta, nunca cogitamos cantar em outra língua, para a gente foi algo bem natural e orgânico. A Klinsh começou como qualquer outra banda de amigos que um dia se juntaram para tocar cover das banda favoritas e acabou descobrindo que tocar musica autoral é muito mais legal.

A sonoridade da banda relembra boas bandas nacionais, mas com uma pegada única. A ideia era desde o início trabalhar em som autoral?

Lucas Coelho: Sim. A gente até tocou e toca alguns covers para brincar mesmo e sair um pouco da rotina mas desde a fundação a banda já tinha algumas letras e músicas prontas para tocar ou finalizar com ensaios.

O EP ‘Siga Em Frente’ foi lançado agora em 2022, pós-pandemia inclusive, foi planejado para 2022 realmente ou o ‘tempo que a pandemia deu’ ajudou na finalização do mesmo?

Lucas Coelho: um pouco dos dois. No começo queríamos ter lançado durante ou até antes mas com tudo que aconteceu ficou complicado, até para a gente mesmo se juntar e finalizar algumas músicas que estavam planejadas para esse ep, a medida que as coisas foram caminhando e conseguimos nos reunis novamente vimos que seria interessante lançar no final desse momento muito difícil, afinal, a mensagem e a música que é o símbolo desse momento (para a banda e para o mundo) é Siga em frente seria uma mensagem perfeita.

Vale lembrar que o EP mencionado, foi lançado em homenagem para as mulheres. Podem falar um pouco a respeito?

Lucas Coelho: Isso é uma história engraçada, acredita se eu te confessar que não reparamos nisso? Quando escolhemos as músicas, pegas as que faziam mais sentido para o momento da banda, do planeta e até pensando em equilíbrio dentro do Ep. Queríamos algo que fizesse sentido a todas as pessoas e quando terminamos de gravar que fomos perceber que cada música homenageia e conta uma história de uma mulher diferente em momentos diferentes com características diferentes. Foi uma grata surpresa pra gente, espero que o público (principalmente o feminino) curta muito e se sintam representadas.

Sobre as músicas, tem tocado em bastante lugar como por exemplo na 89 Fm e Kiss Fm. Como é ligar o rádio e ouvir a própria música em mídias deste porte?

Lucas Coelho: A melhor sensação do mundo! Sabemos como é difícil ter oportunidade para nosso estilo hoje em dia (no mainstream) mas vendo que essas rádios apoiam e incentivam o rock nacional e a galera do underground é muito gratificante! Faz com que a gente queira, cada vez mais, mostrar nosso som pra esse brasilzão! E quem sabe não faz com que outras pessoas também queiram montar suas próprias bandas e mostrar seu som?

Algo realmente fascinante na Klinsh, é que vemos os integrantes bem conectados e isso também é notório nas músicas. Como foi montar o time atual da banda?

Lucas Coelho: difícil achar mas depois que encontramos, posso garantir, que é a melhor formação até aqui. Desde os primeiros ensaios tivemos uma identificação instantânea entre a gente e conseguimos colocar cada individualidade e estilos dentro das nossas musicas com muita naturalidade sempre priorizando o que a musica em questão pede.

Manter uma banda nem sempre é fácil, muitas coisas que acontecem no backstage principalmente. De que forma a saída de integrantes interfere em um trabalho em andamento?

Lucas Coelho: Nesses casos tudo pode ser encarado de 2 formas:

A primeira é: Que foi bom. pois essa troca pode aliviar possíveis tensões dentro da banda e novos integrantes podem não só melhorar o ambiente como trazer novas visões e ideais para as próximas músicas.

A segunda é: Assim como no futebol, uma banda precisa de tempo pra se entrosar e se adaptar a nova formação então, com isso, pode se perder um pouco de tempo até voltar a ser o que era ou até melhorar a banda nessa nova formação.

Agora com o EP lançado e os shows retornando, quais são os planejamentos para o Klinsh?

Lucas Coelho: Espero que muito shows(principalmente)! Planejamentos lançar alguns clipes ainda deste ep e também um ep ao vivo ou um novo ep. Ainda estamos conversando sobre isso.

Antes de finalizarmos, queria que comentassem como está sendo a repercussão do EP e de todo o trabalho do Klinsh. Pois a produção, as músicas e toda a divulgação, são feitas com o maior profissionalismo.

Lucas Coelho: a melhor palavra que pode definir isso é gratidão tudo e todos que estão com a gente e fizeram a gente chegar até aqui. Como você já disse na outra pergunta, tocamos em rádios, tivemos matérias em diversos portais da Internet falando sobre a gente ( até em portal gringo)! Então a repercussão não poderia ser melhor! E a motivação também.

Mais uma vez agradecemos a disponibilidade. Deixamos esse último espaço para deixarem uma mensagem aos leitores!

Lucas Coelho: primeiro quero agradecer a vocês pela oportunidade e o espaço para a gente e também agradecer ao nosso grande amigo Johnny Z que ajuda a gente demais e também a nossa madrinha/amiga Criss Rizo por estar com a gente desde o início da banda acreditando na gente. Agradeço também ao pessoal do estúdio Vernim quem gravou nosso Ep junto com o Léo. E para o pessoal de casa, sintam-se abraçados por cada um de nós da banda por nos apoiar, ajudar, incentivar, ouvir e compartilhar a gente. Por estarem em nossos shows nos marcando! Obrigado e lembre-se que só depende da gente fazer o rock voltar a bombar no brasil e quem sabe no mundo! Nenhuma banda começa grande, ajude e incentivem as bandas locais nacionais.

Ouça KLINSH em:
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Foto por Fernanda Micky,
Entrevista em parceria com a JZ Press.

Gremista, catarinense, gamer, cervejeiro e admirador incessante do Rock/Metal. Tem como filosofia de vida, que o menos é mais. Visando sempre a qualidade invés da quantidade. Criou o site 'O SubSolo" em 2015 sem meras pretensões se tornando um grande incentivador da cena. Prestes a surtar com a crise da meia idade, tem a atelofobia como seu maior inimigo e faz com que escrever e respirar o Rock/Metal seja sua válvula de escape.