Talvez Sereno é uma banda recém formada de Criciúma/SC. O grupo opta por um Hardcore melódico com influências de Zander, Dead Fish, Sugar Kane. No sangue também percorrem influências do Hardcore californiano e com todas essas misturas, é criado a sonoridade da Talvez Sereno. Recentemente a banda lançou seu novo EP, por curiosidade, sendo o show de lançamento junto do Zander no Meteoro Rock Festival, junto de mais outras bandas, como por exemplo: Enemy e Stone Head.




Com quatro faixas marcantes, o EP da Talvez Sereno foi lançado em novembro de 2016. Por ser um disco curto, com apenas quatro faixas, vamos fazer um faixa a faixa. O disco abre com a música “Dupla” que com dois minutos e seis segundos, é apenas uma introdução do disco tocada apenas instrumentalmente. Uma música inteligente, que arrisca todas as fichas e uma introdução envolvente, pode ser um tiro no pé para um disco curto, mas soou perfeitamente para abrir este trabalho. Em seguida contamos com a curiosa “Aufklärung“, o nome é intrigante e me aguçou a curiosidade de pesquisar no google e as definições que encontrei foram: movimento filosófico setecentista; de caráter racionalista e cientificista ou também chamado de iluminismo; como também, esclarecimento e ilustração. Uma música que lhe deixa com uma pulga atrás da orelha, pois o único vocal são cantadas: “Te contar” e fraseados com “Encontrar”. Realmente, uma música intrigante com lotação máxima de técnica e harmonia. 

A terceira música é a “2015“. Uma música forte com indícios de influências do Pop Rock, boa letra e excelente melodia, um casamento perfeito, harmônico e técnico. Uma boa pegada dos instrumentos com uma letra que envolve que a ouve, música brilhante de se encher os olhos, digo, ouvidos. Encerrando esse curto e brilhante trabalho, temos “Grão de Areia” e como o refrão diz “E quem são os outros para julgar?“. Quem nunca se fez essa pergunta? A música encerra com chave de outro o EP. Essa letra é muito bem conduzida, tem um refrão chiclete e verdadeiro, junto de um instrumental de fácil memorização, típica música que vira um hit entre todo o trabalho apresentado.

Recebemos esse material d’A Hora Hard, agradecemos essa parceria tão importante para o cenário musical do estado de Santa Catarina. A Hora Hard comemorá treze anos em 2017, uma marca que pouquíssimas mídias chegam a tal realização. Já sobre o EP, gostei da capa que me faz raciocinar horas e horas, e diversos significados passam pela minha cabeça. A forma como a contra capa é conduzida também me agrada, gosto de artes simples na contra capa, algo objetivo e cru, sempre agrada a todos. O trabalho sonoramente falando é impecável, porém, não vi muito a pegada de Hardcore, diria que o trabalho está mais para o lado do Rock Alternativo, com uma pegada mais leve e cadenciada, mas o caminho é este, gostei muito do que foi apresentado.

FORMAÇÃO
Eduardo Nunes – Dux – bateria
Eduardo Sandrini – Dexter – guitarra/vocal
Herick Francisco – Castor – baixo
Marcello Mendes – guitarra/vocal

TRACKLIST
01 – Dupla
02 – Aufklärung
03 – 2015
04 – Grão de Areia

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Gremista, catarinense, gamer, cervejeiro e admirador incessante do Rock/Metal. Tem como filosofia de vida, que o menos é mais. Visando sempre a qualidade invés da quantidade. Criou o site 'O SubSolo" em 2015 sem meras pretensões se tornando um grande incentivador da cena. Prestes a surtar com a crise da meia idade, tem a atelofobia como seu maior inimigo e faz com que escrever e respirar o Rock/Metal seja sua válvula de escape.