De certa forma é bacana ver como o underground nacional está crescendo a cada dia, sendo que muitas das bandas que compõem o cenário estão cada vez mais interessadas em colher e criar um material mais sólido e cada vez mais profissional, o que chama muito a atenção e atraem cada vez mais fãs para segui-las. 

Se fosse citar, faltariam carácteres para este, porém hoje vou resenhar o EP (álbum com poucas faixas), da boa banda Rotten Pieces, uma banda que se cobra a todo instante sobre uma evolução constante, que tem uma formação sólida e capaz de surpreender a cada apresentação, tornando-o assim, um espetáculo para quem os assiste. 




Engraçado que nunca fui um fã fiel de música muito pesada, porém, Rotten Pieces conseguiram a façanha de me prenderem a ouvir o álbum inteiro, pelo peso, pela essência criada e demonstrada pelo trio, pelo profissionalismo apresentado pela banda em suas redes sociais(o que já cutucava minha curiosidade) e agora pela forma de como produzem suas canções.

Acredito que o Thrash Metal é a vertente do Metal que cada vez vem nos apresentando novos bons nomes, já perdi as contas de quantas bandas resenhei e mais uma vez tenho a honra de estar resenhando este mesmo gênero, mas com uma sonoridade um pouco diferente. O álbum “Rot In Pieces” foi lançado em 2015 e desde seu lançamento recebeu notas altas pela imprensa especializada em Rock e Metal. Agora que consegui conferir este trabalho que chegou em minhas mãos por intermédio da Roadie Metal(Obrigado Gleison Junior), pude notar o cuidado com a banda teve com o trabalho desde sua prensagem física, pois o encarte é lindo e muito bem elaborado, nada exagerado e com bons toques de classe.

O que mais chama atenção sonoramente falando, são os refrões fortes e marcantes, a banda trabalhou muito firme na elaboração destes e conseguiu um resultado impressionante, tendo várias passagens que alternam entre o Thrash Metal e o Death Metal. Outra coisa que chama atenção é que Leo Morales é realmente um músico completo, bom instrumentista e como vocalista não há o que falar se não for elogios. Tem um vocal seguro, firme e forte, pesado quando deve ser, cadenciado quando a música exige mais harmônia e explosivo quando menos se espera.




Para uma cozinha bem feita, precisamos também de belíssimos músicos e o Rotten Pieces tem uma base sólida, construída pelo baterista Davi Menezes, o qual divide a responsabilidade com o Leo Morales, sendo esta cozinha muito bem feita que os respectivos músicos dão total liberdade para que Lucas Bertagia possa exercer sua função com maestria, dando aquele toque especial que o Thrash Metal necessita para que em meio ao público, cabeças não fiquem paradas.

Para um bom apreciador do Metal, este é um excelente álbum para ouvir, viajar e bater cabeça. Não tenho críticas a fazer, gostei da masterização e mixagem, da prensagem física, da maneira como foi conduzida o encarte, sendo realmente para aqueles headbangers que julgam o livro pela capa, não vão se arrepender quando tiverem este álbum pela primeira vez em suas mãos e pela primeira vez em seus aparelhos de som. É um som pra viajar nas notas pesadas e muito bom de apreciar, dando até aquele gostinho de ver qual será o próximo passo da banda…

TRACKLIST
01 – Rot In Pieces
02 – Hell Soldier
03 – The Refugee of Suicidals
04 – Blood For Freedom
05 – Pure Words
06 – Colony

FORMAÇÃO
Leo Morales – vocal e baixo
Davi Menezes – bateria
Lucas Bertagia – guitarra


SIGA ROTTEN PIECES
FACEBOOK / YOUTUBE / SITE
Gremista, catarinense, gamer, cervejeiro e admirador incessante do Rock/Metal. Tem como filosofia de vida, que o menos é mais. Visando sempre a qualidade invés da quantidade. Criou o site 'O SubSolo" em 2015 sem meras pretensões se tornando um grande incentivador da cena. Prestes a surtar com a crise da meia idade, tem a atelofobia como seu maior inimigo e faz com que escrever e respirar o Rock/Metal seja sua válvula de escape.