Rapidez e Brutalidade fizeram o publico suar, mesmo com a temperatura de 17 graus fora do CWBHall lá dentro Napalm Death, Krisiun, Ratos de Porão, Manger Cadavre? e a curitibana Ethel Hunter entregaram muito peso, e por que não, calor em suas performances.
Para a alegria dos fãs paranaense, Curitiba entrou mais uma vez na rota de grandes shows de Metal recebendo dessa vez um cast matador e cirúrgico. Além das já consagradas Napalm Death, Krisiun e Ratos de Porão, a noite contou com nomes como Ethel Hunter e Manger Cadavre?. Com um atraso de cerca de 45 minutos, acabou gerando uma aglomeração de pessoas no local, e consequentemente gerou atrasos nos shows e quem pagou o preço do atraso, infelizmente foram as bandas de abertura. Como tínhamos cinco bandas no cronograma, um atraso inviabiliza o bom andamento do mesmo. Porém, nada apagou a incineração ao vivo de todas as bandas, confira a seguir nos reviews individuais.
Ethel Hunter | Curitiba/PR
Os curitibanos do Ethel Hunter foram os encarregados de iniciar os trabalhos, mesmo que grande parte do publico ainda estivesse entrando na casa. A banda busca em sua essência replicar os valores dos grandes nomes do Death Metal e faz isso impecavelmente, em um set de 30 minutos tocaram musicas de seus lançamentos passados e algumas musicas que ainda não estão listadas em sua discografia, o que nos da ideia de podemos ter um novo disco muito em breve. A Ethel Hunter é composta por: Hernan Rodrigo Borges (baixo), Gerson Watanabe (guitarra), Weliton Lisboa (bateria) e Larissa Pires (vocal).
Review e fotos por: Chris Alfredo
Manger Cadavre? | São José dos Campos/SP
Seguindo agora com a casa já cheia subiu ao palco a Manger Cadavre?. A origem da banda se deu no Hardcore, e isso é claramente percebido em sua bateria, que deu o tom para que a quebradeira se iniciasse na pista, destaque para a faixa Retórica do silêncio sendo executada pela primeira vez em solo curitibano, e que muito provavelmente estará presente no próximo álbum da banda, prometido para 2025. Infelizmente por conta de uma confusão na organização das bandas, o grupo de São Bernardo do Campo – SP também teve que reduzir o seu setlist. Atualmente tocam na Manger Cadavre? Nata (vocalista), Marcelo Kruszynski (baterista), Bruno Henrique (baixista) Paulo Alexandre (guitarrista).
Review e fotos por: Chris Alfredo
Devido a atrasos no inicio dos shows, previstos para as 17h fizeram com que o tempo de apresentação destas duas ótimas bandas fossem reduzida, então, fica também uma dica, escutem Ethel Hunter e Manger Cadavre? Vocês ainda vão ouvir muito esses nomes no cenário musical brasileiro de Metal Extremo.
Ratos de Porão | São Paulo/SP
Ratos de Porão veio ao palco com mais um pouco de atraso, mas nada que fizesse o publico que esperava para se quebrar ao som de uma das bandas mais politicamente importantes do nosso país desanimar. João Gordo mesmo alegando estar com um problema na voz e perder a paciência após o seu microfone falhar lá pela metade do show, entregou um vocal raivoso, o que já clássico da banda, Jão e Juninho, ambos com muita presença de palco, completaram a apresentação com um “cara a cara” entre a guitarra e o baixo, enquanto João Gordo fechava o quadro com suas caretas. O baterista Boka também demonstrou muita força e técnica fazendo o coração de quem estava na grade tremer com suas batidas.
Review e fotos por: Chris Alfredo
Para continuar com a tempestade de brutalidade musical foi a vez trio gaúcho do Krisiun subir ao palco, e aqui nenhuma anomalia técnica foi percebida. Os irmãos Moyses e Max Koleste, guitarra e bateria, e Alex Camargo, responsável pelo baixo e vocal da banda, entregaram um show no que se pode considerar um padrão da banda, um Death Metal pesadíssimo, violento, com um setlist cheio de clássicos Hatred Inherit, Serpent Messiah e Blood of Lions que arrancaram o que parecia o pouco de folego que sobrava dos adeptos do mosh, uma vez que as rodas a essas alturas eram logo interrompidas devido ao calor.
Review e fotos por: Chris Alfredo
Napalm Death | Meriden/EUA
E finalmente após mais alguns giros da bola de neve de atrasos, com passada mais de uma hora do horário previsto, foi a vez dos pioneiros do Grind fazerem o que sabem de melhor, o pessoal que procurou se refrescar do lado de fora tece que voltar correndo ao ouvir as primeiras batidas do bumbo do baterista Danny Herrera. O vocalista Barney Greenway, demonstrou uma disposição incrível de um lado a outro do palco, se movimentando com fúria enquanto não despejava sua voz brutal em nossos tímpanos, diferente de sua voz nos intervalos entre as musicas, O guitarrista John Cooke foi bastante elogiado pelos fãns mais ferrenhos da banda, demonstrando muita habilidade e precisão, Assim como o baixista Shane Embury e seu estilo particular de conduzir seu instrumento.
O setlist trouxe clássicos como Scum, Suffer The Children, e ainda uma versão de Nazi Punks Fuck Off, do Dead Kennedys com o público promovendo moshs memoráveis. Após a já característica sequencia de musicas curtas e ainda sim brutais, o publico se dispersou rapidamente fazendo o calor infernal que se acumulava lá dentro se dissipar, e logo o que sobrou foi o shows dos equipamentos sendo guardados e a memoria de mais um grande festival em terras curitibanas.
Review e fotos por: Chris Alfredo
Agradecimento na contribuição da cobertura, Paula Butter e Vladimir Silvério.
Galeria de fotos por Vladimir Silvério:
O evento foi uma verdadeira celebração do Metal Extremo, com uma noite memorável em Curitiba. Napalm Death, Ratos de Porão e Krisiun, acompanhados das promissoras bandas Manger Cadavre? e Ethel Hunter, entregaram uma apresentação sólida e profissional, reafirmando a força e a importância do cenário musical alternativo. Para os fãs, foi uma noite para guardar na memória!