Início Cobertura de Eventos Cobertura: Renascer Fest (Içara/SC)

Cobertura: Renascer Fest (Içara/SC)

Em Abril Içara/SC se tornou o centro de um encontro intenso entre gerações, subgêneros e atitudes com a realização do Renascer Fest. O evento, que teve como palco o Garden Gastro Pub, começou às 13h e foi uma verdadeira maratona de shows, unindo nomes já conhecidos no cenário e promessas do underground nacional.

Com Ratos de Porão e Garotos Podres como atrações principais, o festival garantiu peso, crítica e representatividade, mas o destaque não ficou só com os veteranos. A programação trouxe bandas de diferentes vertentes do Punk, Hardcore e Metal.

Bandas como Minhocas Mofadas, Ponto Zero, Soco HC, Psycho Decadence, Mustaphorius, Crowning Animals, Apto Vulgar e A Última Theoria completaram um lineup intenso, cada uma trazendo sua identidade, sonoridade e entrega de palco. E conforme a tarde virava noite, o público só crescia, transformando o festival em um espaço de celebração coletiva, reflexão e, acima de tudo, música feita com verdade.

A seguir, trazemos nossa cobertura completa de cada show que fez parte dessa edição do Renascer Fest.

Todos os textos por João Kock e fotos de Alan Silveira (baixista do Minhocas Mofadas)

MINHOCAS MOFADAS

Quem chegou cedo ao evento presenciou uma abertura de respeito. Por volta das 14h, a Minhocas Mofadas subiu ao palco e mostrou que, mesmo sendo a primeira atração do dia, veio pra deixar marca. Logo de início, abriram com PQP e já mostraram a que vieram. O setlist seguiu com faixas carregadas de atitude e crítica, como Jesus Era Anarquista e Legalaize, que reafirmam a identidade Punk e rebelde da banda.

Luan e Mane nas guitarras, Magrão na bateria, Alan e Gui no baixo e Tuti no vocal. Juntos, entregaram uma apresentação intensa, mesmo sendo a primeira banda. Pra fechar, rolou uma homenagem à lendária Gritando HC, com um cover de Velho Punk, surpreendendo a todos.

A Minhocas Mofadas pode até ter sido a banda de abertura, mas deixou uma excelente impressão que prova que está pronta pra muito mais. Com autenticidade e sonoridade afiada, eles seguem conquistando espaço na cena.

PONTO ZERO

A Ponto Zero se apresentou em seguida com um show especial em homenagem ao Linkin Park, banda que influencia fortemente o som do grupo. A maior parte do set foi dedicada a relembrar os clássicos da banda americana.

Com três vozes presentes, sendo uma focada no drive de Chester Bennington, outra no rap de Mike Shinoda e uma terceira no melódico também de Chester Bennington, a banda conseguiu representar fielmente as diferentes camadas vocais que marcam o som do Linkin Park. Essa divisão trouxe dinamismo ao show e fez a galera ter uma imersão maior na proposta da banda.

Os momentos mais marcantes vieram com os covers de Numb, In the End e Faint, fazendo o público cantar junto.

Além da homenagem, a banda incluiu algumas composições próprias no repertório, como Dharma, Mestres e O Que Eu Quis, que mostraram um pouco da identidade autoral da banda, que é muito importante.

Para fechar, a banda mandou One Step Closer, repetindo o trecho final do refrão com ainda mais intensidade, trazendo um fechamento com chave de ouro.

SOCO HC

Uma verdadeira porrada na cara. Assim foi o show da Soco HC, banda de Hardcore catarinense nascida em Barra Velha. Composta por Renã Lima, Daniel Frois, Murilo Ramos e Bruno Manzanares, a banda fez o público entrar em um frenesi de energia e intensidade. O som do grupo é carregado de uma sonoridade violenta com muita explosão que contagiou o público.

Quem assistia de longe, sem saber do que se tratava, provavelmente pensaria que a galera estava envolvida em uma briga, pois o mosh era intenso com soco, braço girando, chute pra todo lado. A cada faixa, a energia aumentava, com a plateia se entregando completamente, transformando o show em pura adrenalina e pancadaria.

A Soco HC não veio para brincar. Com uma performance pesada e cheia de atitude, a banda fez jus ao nome e entregou um show que foi um soco no estômago do público, sem dar espaço para respiro. O Hardcore catarinense não só foi ouvido, mas sentido em cada movimento, em cada riff e em cada grito no festival.

O setlist foi pesado e direto, com faixas como O Preço, É Tudo Nosso, Chorem Malditos e Sonhos em Escombros, todas com letras afiadas e carregadas de simbolismo. A banda foi pontual na sua apresentação, mantendo o público em um estado de agitação e energia. Em meio a apresentação o vocalista pede uma interação do público para a musica cabô, como um jogo de complemento/resposta.

Com sua sonoridade pesada e incessante, a música chegou a espalhar entre o público e quem estava ali não conseguia ficar parado. O moshpit se tornou uma extensão da própria música, com a banda mostrando o real poder do Hardcore, deixando claro que seu lugar no cenário não é só sobre música, mas também revolução.

PYSCHO DECADENCE

Uma atmosfera ritualística e som brutal marcaram o show da Psycho Decadence, banda de Porto Alegre que vem cravando seu espaço na cena do Deathcore com uma presença de palco intensa e um visual marcante. Formada por Pedro Moutinho nos vocais, Diego Marinho e Nathan Alano nas guitarras, Gabriel Martens na bateria e Cauã Aquiles no baixo, o grupo entregou uma apresentação que parecia saída de um pesadelo apocalíptico, no melhor sentido possível obviamente.

O show começou de forma que chamava à atenção, estando todos os membros ajoelhados no palco, como se estivessem saudando alguma divindade obscura. A pintura corporal chamava atenção logo de cara, torsos em blackout, criando um visual sombrio e ameaçador que casava perfeitamente com o som agressivo da banda, que também demonstrou suas influência do Black Metal.

Com claras influências de nomes como Lorna Shore e Slaughter to Prevail, o peso veio com força e técnica. Os riffs brutais e entrecortados de Diego Marinho e Nathan Alano conduziram o caos com precisão cirúrgica.

As variações vocais de Pedro Moutinho roubaram a cena, alternando entre guturais cavernosos e pig screams insanos, dava a impressão de que uma legião inteira de demônios estava saindo dele. Em um momento inesperado, durante um dos screams mais extremos, Pedro se jogou pra trás no palco e ficou no chão mesmo, mas continuou cantando sem perder o tempo da música, arrancando gritos da plateia pela entrega absurda.

Na bateria, Gabriel Martens foi um verdadeiro rolo compressor, blastbeats velozes e pedais duplos monstruosos davam sustentação ao som com maestria. A precisão dele em meio ao caos fez cada virada soar como um ataque planejado. E as performances teatrais de Nathan Alano adicionaram mais camadas à experiência, fazendo movimentos ritualísticos, expressões carregadas e uma presença de palco que ampliava o clima sombrio e quase litúrgico do show. Era como se cada música fosse uma invocação.

O setlist trouxe pedradas como Dissolução do Fogo, Psycho Decadence, Nosebleed, e claro, When the Pendulum Swings Black, que é o novo single lançado pela banda e foi executado ao vivo por uma das primeiras vezes. Mas mais do que músicas, a Psycho Decadence entregou uma experiência, foi som, foi imagem, foi corpo e alma.

No fim das contas, não foi só um show. Foi um ritual coletivo, sombrio, poderoso e memorável.

MUSTAPHORIUS

Caos, atitude e energia definiram o show da Mustaphorius, banda que vem se consolidando como força na cena Hardcore/Crossover. Formada por Jhow Musta, André Ground, Fábio Eliego e Dudu Musta, o grupo entregou uma apresentação que foi pura descarga de adrenalina do começo ao fim.

Com forte inspiração na escola do Suicidal Tendencies, a Mustaphorius carrega a essência do Hardcore com pitadas do Thrash Metal, mas expõem sua própria identidade nas letras, na postura e no som. A influência se percebe na presença de palco, desde o visual até na entrega que traz muita intensidade, mas tudo isso vem dosado por uma identidade própria. É Crossover autêntico, violento e pesado.

O show da Mustaphorius acabou sendo um verdadeiro divisor de águas no evento. Foi durante a apresentação da banda que uma boa quantidade de pessoas começou a chegar e, dali pra frente, o público cresceu visivelmente.

E se tem algo impossível de ignorar, são os altos pulos de Jhow Musta. O cara voa no palco como se tivesse molas nos pés, um verdadeiro frontmam. O setlist foi pancadaria pura, com músicas como: Distúrbio Mental, Arte Marginal, Políticos Pastores e Câncer Humano foram os destaques, cada uma carregada por sua singularidade particular. Entre uma faixa e outra, a interação com o público foi constante, como se banda e público fizessem parte do mesmo motim e na real, sempre acaba sendo.

Pra fechar com chave de ouro, a Mustaphorius mandou Suicidal Maniacs, do Suicidal Tendencies, uma homenagem que de imediato fez o mosh virar um redemoinho. Foi o tipo de final que não deixa dúvidas, o Crossover tem muito espaço no cenário, com seu jeito barulhento e necessário para conscientização. Um show de uma banda que transpira verdade, entrega intensidade e honra suas raízes.

CROWNING ANIMALS

A Crowning Animals levou ao palco toda a bagagem de quase 10 anos de estrada como um dos nomes mais consistentes do Post Hardcore nacional. Direto de Curitiba, o grupo formado por Cleyton Cruz, Lucaz Lara, Vitor Shaw e Markos Franzmann entregou uma performance pesada e emocional, reforçando por que é presença frequente em shows de pequeno e grande porte pelo país e também por que tem uma base de fãs cada vez mais fiel.

Com uma formação diferenciada, duas guitarras e nenhum baixista a banda opta por samplear as linhas de baixo durante os shows. O resultado é um som que oscilava entre melodia, agressividade e empolgação, equilibrando momentos de muita energia com passagens mais atmosféricas, em uma estética que já virou marca registrada da banda. A ausência do baixo físico em cena não comprometeu a pressão sonora, ao contrário, evidenciou ainda mais destaque para os bons riffs das guitarras dando o peso necessário para as composições.

O repertório da noite foi composto por faixas autorais, como Lunchbag, Catharsis, Bus Stop e If You Still Had a Doubt. Cada música foi recebida com entusiasmo pela plateia, que respondeu com claramente a energia e uma entrega depositada pela banda, que mostrava o quanto as letras e sonoridades da banda realmente tocam fundo.

No meio da apresentação, um pequeno problema técnico relacionado à execução dos samples de baixo gerou uma breve pausa, mas a situação foi rapidamente contornada. A banda lidou com o contratempo com naturalidade, mantendo o profissionalismo e retomando o show como se nada tivesse acontecido. Foi um show que reforçou o que muitos já sabiam, que a banda curitibana não está apenas tocando, está deixando marca.

APTO VULGAR

O palco virou campo de batalha quando a Apto Vulgar assumiu o som. Formada por Leonardo Costa, Douglas Mariano dos Santos, Ascanio de Andrade e Bruno Ferreira, a banda de Hardcore/Punk de Jacareí/SP trouxe ao evento uma descarga musical marcada por agressividade, crítica social e ligada no 220v. Com influências de Metal e Crossover, a Apto Vulgar já carrega mais de uma década de estrada e uma trajetória firme no underground, com destaque para o disco Sistema Não Operacional, um dos pontos altos da discografia nacional do gênero.

O show foi pancadaria do começo ao fim, intensidade pura, com um entrosamento absurdo entre banda e público. O vocalista puxava a galera o tempo todo, com frases como “vamo dançar, galera!“, incentivando a movimentação na pista, que respondeu à altura tendo a todo momento mosh, stage diving e muita entrega de ambas partes do início ao fim. A interação era direta, crua, e traduzia perfeitamente o espírito do Hardcore.

Durante a apresentação, o vocalista chegou a usar por um tempo um óculos rosa Pit Viper, entregue por alguém da plateia, um detalhe curioso no meio da agitação, que trouxe um toque descontraído à apresentação.

No repertório, pancadas como Sem Deuses e Mestres, Estado da Mente, Mais Pesado que o Céu e Não Estamos Sós reforçaram a proposta direta e combativa da banda. Letras afiadas, execução pontual e uma presença de palco que se alimenta de um coletivo, ou seja, reflexo do publico presente no evento.

A ÚLTIMA THEORIA

A Última Theoria subiu ao palco com uma proposta única e imersiva. Formada em 2010 em Goiânia, a banda de Metal Experimental trouxe para o evento uma atmosfera espiritual que refletiu claramente suas influências de Metal Alternativo, Black, Death, Rap e Emo, enquanto as letras mergulham em temas como espiritualidade, ocultismo e a condição humana. A performance de Paulo Rocha (vocal), Xtudo Obze (guitarra), Higor Oliveira (bateria) e Richard Benevides (baixo) foi como o esperado, de uma banda de muitos anos presente no cenário sabendo todos os atalhos do palco.

O show foi conduzido por uma boa atmosfera, com um bom jogo de luzes e projeções que deu outra sensação ao show e dando pitadas de algo enigmático. Cada canção parecia levar o público para um outro plano, onde o som não apenas era ouvido, mas sentido. A desenvoltura do som no palco criaram uma experiência visual aos que assistiam, alinhando música e conexão banda-público, cada vez mais profunda.

Durante o show, a interação com o público foi marcante, com a banda não só tocando, mas se conectando com os fãs, criando uma troca que foi percebida por todos. O vocal de Paulo Rocha, carregado de emoção, conduziu as canções da banda, enquanto as guitarras de Xtudo Obze e o peso da bateria de Higor Oliveira aumentavam ainda mais intensidade do momento.

No repertório, músicas como Por Acaso, Ela Não Existe Mais, A Dor e Eu Não levaram o público a uma jornada sombria. A mistura de emoções cruas e profundas com a força do Metal fez cada música, às coloca em algo intenso e pessoal consigo mesmas. O show da A Última Theoria foi uma excelente experiência e será inesquecível, deixou claro como o Underground é cheio de bandas que misturam influências e elementos que os fazem únicos.

GAROTOS PODRES

O show dos Garotos Podres foi daqueles momentos que não se mede só com decibéis ou quantidade de músicas no setlist, se mede com carga emocional, consciência política e entrega coletiva. Foi um dos pontos mais alto do evento. O público, com a voz na garganta, transformou a apresentação em um ato coletivo de resistência e celebração. Entre rodas Punk intensas, abraços sinceros e coros que entoavam cada letra como se fossem hinos de guerra, ficou evidente que aquele não era apenas mais um show, era um reencontro com tudo o que o Punk representa.

No palco, Mao, vocalista, professor e historiador assumiu seu papel de mestre de cerimônias com a maestria de quem conhece o peso das palavras. Como é de costume nas apresentações da banda, cada música vinha acompanhada de uma “pequena aula”, contextualizando temas como repressão, desigualdade e censura , muitas vezes ignorados ou suavizados em outras esferas da cultura. A lembrança da música Johnny, censurada durante a ditadura militar, foi um dos destaques nesse sentido, puxando reflexões sobre a importância de não esquecer os erros do passado, especialmente em tempos em que discursos autoritários voltam a ganhar espaço.

Acompanhado de Deedy (guitarra), Uel (baixo) e Tony Karpa (bateria), Mao liderou uma apresentação intensa e afiada. Era impossível não perceber a felicidade da banda e da produção em estar ali. Mao mesmo deixou claro que o Punk sempre sofreu resistência nos espaços culturais, não por sua essência, mas por ações isoladas de uma minoria que confundiu rebeldia com vandalismo. Naquela noite, porém, o Punk ocupou o espaço com consciência, alegria e muito respeito, provando mais uma vez que sua força está na união, na crítica e na capacidade de mobilizar.

O setlist trouxe clássicos que incendiaram o público, A Internacional, Anarkia Oi, Subúrbio Operário e o poderoso Avante Camarada foram recebidos com gritos e punhos erguidos. E em meio à vibração intensa, um momento marcante se destacou: uma bandeira da Palestina foi passada pela plateia até chegar às mãos de Mao, que a ergueu em sinal de resistência e solidariedade internacional. Um gesto que, mais do que simbólico, reafirmou a postura da banda diante das injustiças globais, algo que vai muito além da música.

A irreverência, marca registrada dos Garotos Podres, também teve seu espaço. Mao incorporou dois de seus personagens mais conhecidos: Kim Jonguinho, uma paródia crítica do líder norte-coreano Kim Jong-un, e Mao Noel, que apareceu durante a execução do clássico Papai Noel Velho Batuta. Foi um momento de leveza e provocação ao mesmo tempo, mantendo o equilíbrio entre crítica social e humor ácido.

Em determinado ponto da apresentação, a plateia espontaneamente puxou um coro contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, mandando-o “tomar caju”, uma resposta direta ao clima político e um retrato fiel da insatisfação coletiva que permeava o público. Esse tipo de manifestação, longe de ser gratuita, só reforça o papel do Punk como termômetro social.

A apresentação dos Garotos Podres foi, em essência, um manifesto vivo. Para quem cresceu ouvindo suas músicas ou para quem os conheceu ali, ao vivo, pela primeira vez, o sentimento foi o mesmo, intensidade, verdade e pertencimento. Foi um show que ultrapassou a música e se firmou como um ato político, cultural e humano exatamente como o Punk precisa e deve ser.

RATOS DE PORÃO

O Ratos de Porão mostrou mais uma vez por que é uma das bandas mais icônicas do punk brasileiro. Em uma noite eletrizante, João Gordo, Jão, Boka e Juninho, cada um com sua maestria, sustentaram a sonoridade brutal do Ratos, garantindo que cada música fosse uma pancada certeira. Provaram que a fúria e o compromisso com a música e com as questões sociais continuam tão intensos quanto sempre foram.

A banda entregou um repertório repleto de clássicos, mostrando que a idade só trouxe ainda mais peso e experiência para suas apresentações. Hits como Beber Até Morrer, Conflito Violento (que teve sua introdução recitada por João Gordo em tom dramático), Aids, Pop, Repressão, Crucificados Pelo Sistema entre outros hits da anda, incendiaram o público, que não deixou a energia cair em nenhum momento.

No auge do show e da noite, João Gordo também erguei uma bandeira da Palestina enquanto a banda executava a faixa Alerta Antifascista, demonstrando postura combativa e engajado com o vocalista do Garotos Podres. Mesmo diante de algumas falhas no microfone, João Gordo manteve o clima descontraído e fez graça com a situação, brincando sobre o famoso ‘carro da pamonha’ e até soltando uma inesperada interpretação de Tim Maia, demonstrando que o improviso continua sendo marca registrada do artista.

O público já inflamado pela consistência da apresentação, entoou um coral contra o ex-presidente, desta vez incentivado pelo próprio João Gordo, mas dessa vez com direitos de gritos de “Uh, vai ser preso!” e isso só foi possível graças a conexão forte que estava entre banda e público nessa altura do show.

Ratos de Porão já escreveu sua história na música pesada brasileira, mas ainda continua a conquistar novos fãs por onde passa. Em mais este show, a banda reafirma os motivos de ser considerada um dos maiores nomes do Punk nacional e se alguém no ambiente tinha dúvidas, mais uma vez foi comprovado.