O nome pode parecer estranho, a proposta é um tanto quanto exótica, e o resultado é realmente de outro espaço. Formada em 2014, a dupla de músicos independentes, composta por Hernan Rodrigo e Johnny Rosa, resolveu fazer algo diferente: um duo instrumental-experimental composto apenas por contra-baixo e bateria. A ideia vai em contra-partida ao mar de bandas que vem surgindo aqui no Brasil, e por isso merece um merecido destaque.
Essa escatológica parceria entre graves resultou nos dois primeiros EPs da banda, lançados neste ano. O primeiro que saiu foi “Set Adrift“, e neste mês (abril) a banda deu continuidade aos trabalhos com “Stumm“, que é fruto de uma parceria entre os paulistas da Sinewave Label, com os finlandeses da Terranean Recordings e com os sérvios da Splitting Sounds Recordings. As gravações de “Stumm” foram feitas no Family Mob Studio, em São Paulo. Em ambos discos, podemos notar o que a banda propõe, de não se prender a nenhum gênero, apenas ao som atípico e pesado, nem um pouco reto ou convencional. É simplesmente esplêndido, fazendo seu ouvido ser a porta de entrada para uma viagem pra fora do espaço.
O peso dos instrumentos surgem na medida perfeita, nascendo do perfeito encontro entre uma bateria criativa e incansável e um baixo distorcido e mirabolante. O primeiro som que conferi foi o que leva o nome do segundo EP, e de primeira estranhei o que estava ouvindo, mas logo entendi a proposta do duo, que agora, após conferir o clipe da outra faixa do EP, “Ruinen”, me soa algo genial.
Infindáveis e cada vez mais inspirados, a dupla lançará mês que vem (maio) um full length, com nome já definido: “Black Bile“, que é desde já uma promessa de um som progressivo, agressivo e totalmente insano.
Confiram mais sobre a banda:
