24 de setembro de 1990, uma explosão toma conta do cenário heavy e principalmente thrash do metal. O Megadeth lança seu magnus opus definitivo: Rust in Peace, álbum considerado o mais completo do Thrash Metal, contendo riffs de qualidade absurda, grooves extremamente intensos e um peso furioso e impressionante. Dave Mustaine e seu eterno escurdeiro David Ellefson estavam a frente de uma nova formação da banda, como o virtuoso guitarrista Marty Friedman e o exímio baterista Nick Menza, que penduraria durante a próxima década quase inteira, emplacando clássico atrás de clássico. Rust in Peace foi o auge técnico, criativo e comercial da banda, que não perdeu qualidade nos lançamentos seguintes, mas passou por uma mudança que praticamente todas as grandes bandas de Thrash dos anos 90 se viram obrigadas a aceitar: a mudança do conceito global sobre música pesada.


A aposta anterior em músicas rápidas, intensas e com riffs que abusavam das escalas, foi por água abaixo quando em 1991, exatamente após um ano do Rust in Peace, a indústria musical foi derrubada por uma banda chama Nirvana, que lançou o disco Nevermind, dono de mais de 30 milhões de vendas. E o Rust in Peace? Conseguiu mais de 4 milhões, um ótimo número para o Thrash Metal, mas… o que o Nirvana tinha que o Megadeth não teve?

Rust in Peace é um disco simplesmente impecável no quesito composição. Dave Mustaine estava em um alto nível de inspiração, elaborando riffs primorosos e letras geniais para o disco, enquanto seus companheiros de banda deram demonstrações do melhor que podiam apresentar. São quarenta minutos distribuídos em nove faixas que passam destruindo a cabeça do ouvinte, sendo a maioria delas clássicos obrigatórios em qualquer playlist dos metalheads.

E o Nevermind? – por Maykon Kjellin



24 de Setembro de 1991, nasceu uma nova maneira de compor. Um ano após o lançamento do Rust in Peace, surge em Aberdeen e vindo a estourar em Seattle uma banda com riffs sujos e vocal rasgado, bateria com energia à mil e um baixista desorientado em palco. Nevermind foi o ápice do Grunge, emplacando diversos hits, incluindo o clássico Smells Like Teen Spirit, que até hoje está tocando por diversas casas. Kurt Cobain sempre foi considerado um verdadeiro louco e os loucos sabem fazer músicas, além de Smells Like Teen Spirit o álbum também ficou marcado por outras músicas, como “Polly”, “Lithium”, “Come As You Are” e “In Bloom”, tinha músicas para todos os gostos e para todas as criticas. 


Confesso com tristeza e com um pé atrás que a produção do disco é bem abaixo, mas como os recursos da época eram esse, o que importava mesmo era a sonoridade. Lembro de entrevistas de empresários dizendo que estranhavam o som do Nirvana, mas olhavam seus shows o público indo a loucura, que era algo totalmente fora do controle. O engraçado de tudo isso, que Kurt Cobain sempre criou suas músicas sem ambição alguma e do nada o álbum estourou nas paradas de sucesso, dali para frente suas turnês aumentaram, seus shows estavam cada vez mais lotados e a procura era grande, todos queriam o Nirvana. 






Se algo sobre o disco ensinou os músicos que o tem como influência, é como compor o que gosta sem se importar com a opinião alheia. O disco capta toda a alma dos músicos, Kurt, Krist e Dave, principalmente do primeiro citado, o coração da banda. Se pesquisar mais afundo pela internet vai descobrir diversas curiosidades que tem em volta do Nevermind, como por exemplo o nome, que originalmente era para ser “Sheep” ou o motivo de a banda ter tocado poucos segundos de “Rape Me” em um programa da MTV e logo após tocar “Lithium”. Talvez hoje em dia falte um pouco dessa rebeldia em bandas de Rock/Metal, mas que da saudade dá, sinto muito por quem não gosta!


O Matheus Gusthavo lembrou também do “Blood Sugar Sex Magik” do Red Hot Chili Peppers.


Claro que não poderíamos esquecer também do clássico absoluto do Red Hot Chili Peppers, “Blood Sugar Sex Magik”, um disco que mostra a essência dessa incrível banda, com uma sonoridade sem igual, muito funky e muito rock ‘n roll, o baixo do Flea é o grande destaque, com certeza um dos melhores discos da banda. Completando 25 anos de história, que foi lançado pela gravado Warner e conta com clássicos como: Power Of Equality, Give It Way, Suck My Kiss e diversas outras musicas.


Um disco duplo de classe, todas as músicas são incríveis, excepcionalmente perfeitas para qualquer ocasião, muito funkeado e groovado, uma gravação muito boa para a época, e letras geniais, sem censuras, em sua mais pura essência. Nesse disco que o mundo conheceu o clássico Under The Bridge, que se tornou um hino da banda, não poderíamos falar dos anos 90 sem citar esse petardo, que marcou tod0 um século e permanece ainda nos dias atuais.


Banda é muito influente dentro do cenário do rock, principalmente do rock alternativo, musicas que dizem sobre sexo, drogas, mortes, decepções amorosas e preconceitos. Riffs estupendos, vocais envolvedores, baixo invejado e uma guitarra distorcida sem igual, isso é Red Hot, isso é Blood Sugar Sex Magik, 25 anos foderosos de historia e muita put@#*%.


Onde há espaço para escrever, tenha certeza que irei deixar minhas palavras. Foi assim que me tornei letrista, escritor e roteirista, ainda transformando minha paixão por música em uma atividade para a vida. Nos palcos, sou baixista da Dark New Farm, e fora deles, redator graduado em Publicidade e Propaganda para o que surgir pela frente.