Dysnomia já começa seu trabalho artístico pelo nome, que tem em sua origem no “daemon“, que é uma “espécie de divindade menor’, remete aos conceitos de desobediência civil e desordem. Dysnomia era filha de Éris, a deusa da discórdia, na mitologia grega e se tem algo que combina muito, é mitos da mitologia grega com Heavy Metal.



A banda foi formada no interior de São Paulo, na cidade de São Carlos em meados de 2006, porém apenas se estabilizou em 2007. Em seu currículo carrega uma demo autointitulada lançada em 2009 e logo ali na frente em 2013, lançado o primeiro EP do grupo, este intitulado de “As Chaos Descends”. Ai em 2015 surge o primeiro full-lenght, chamado de “Proselyte”, que recebeu muitas críticas positivas da imprensa especializada e enfim o disco que nos traz aqui neste review, o excelente “Anagnorisis” lançado neste ano de 2018.

Confesso que ouvia falar sobre a banda, mas nunca pesquisei e não ouvi trabalhos antigos. Mas se a primeira impressão é a que fica como dizem, Dysnomia acaba de ganhar um novo (mais um) admirador. Acredito que a maior riqueza do álbum é o show de riffs e de leque de criatividade apresentada em meio a muito peso e linhas visceral do trio de cordas, que mesmo com uma cozinha muito afinada e que sabe como fazer um meio de campo com muita robustez, também tem em sua bateria algo bem energético e pesado.

Várias influências presentes no disco, vocais com agressividade de Death Metal, instrumental as vezes traz um pouco das pitadas do Thrash Metal e a sonoridade da banda aos poucos vai se construindo. Geralmente bandas que se definem como dois generos sempre puxam um pouco mais para um lado, já o Dysnomia consegue ficar entre o Death Metal e o Thrash Metal, e faz isso com maestria. Já para este que vos escreve, isso com toda a certeza é um ponto positivo, quando várias cabeças conseguem depositarem suas influências sem receios e neste caso, conseguindo agregar a todo o disco, o resultado é esse.

Concluo que o disco é um trabalho que futuramente vamos olhar para traz e nos orgulhamos de ter na história do Metal nacional, por mais que acredito que temos que viver e valorizar o AGORA. Fora todas as músicas, destaco a arte da capa e a logo da banda. Mais uma vez bato na tecla que não adianta “só a música”, é muito importante no lançamento de um disco, EP, demo ou single, cuidar da parte visual da banda. O responsável pela capa do disco foi artista brasileiro Carlos Fides da Artside Studio, conhecido mundialmente por seu trabalho com bandas como Evergrey, Kamelot, Adrenaline Mob, Almah, Shaman, entre outros.

FORMAÇÃO
João Jorge – vocal e guitarra
Fabricio Pereira – guitarra
Denilson Sarvo – baixo
Érik Robert – bateria

TRACKLIST
01) Anagnorisis
02) Vorax Chronos
03) The Fall of Phaethon
04) Janus – Faced Serpents
05) Library of Babel
06) Prometheam
07) Occam’s Razor
08) Sertões

Material enviado pela Metal Media.

Gremista, catarinense, gamer, cervejeiro e admirador incessante do Rock/Metal. Tem como filosofia de vida, que o menos é mais. Visando sempre a qualidade invés da quantidade. Criou o site 'O SubSolo" em 2015 sem meras pretensões se tornando um grande incentivador da cena. Prestes a surtar com a crise da meia idade, tem a atelofobia como seu maior inimigo e faz com que escrever e respirar o Rock/Metal seja sua válvula de escape.