Nesse mar imenso de bandas, se destacam as que se reinventam. Uma banda tem inúmeras opções para inventar algo original particular, aquele ponto que quando alguém falar sobre isso, logo ligará a banda ao assunto. Esse é o caso do “Apicultores Clandestinos” que além de usarem codinomes, também sobem ao palco fantasiados de Apicultores. Lembrando que o som é praticamente instrumental, apenas com vocais em alguns trechos específicos.




A banda surgiu em 2007 na cidade de Rio do Sul em Santa Catarina, o release da banda é apenas uma frase, “Banda que surgiu em 2007 e desde então vem tocando por ai feliz da vida!“. Originalidade não falta ao grupo, além das fantasias e os codinomes, suas músicas são extraordinárias e muito bem trabalhadas, mesmo sendo mais instrumental. As fortes influências do Stoner ajudam a banda a desenvolver caídas aleatórias e trocas repentinas de ritmos. Algo que eu não via a tempos, uma banda formada para se divertir entre amigos e esquecer um pouco da fama, se fizer sucesso é consequência, o intuito é a diversão.

Ao pesquisar pela internet sobre a banda, encontramos no excelente blog Urussanga Rock Music o seguinte paragrafo: “A identidade e o nome verdadeiro de cada integrante é oculto para tornar o espetáculo ainda mais místico e surreal. Os músicos fantasiam-se de apicultores e sobem ao palco para apresentar sua obra. O teatro fica ainda mais completo, quando os membros da banda distribuem mel com cachaça para o público e assim já exibindo o seu outro diferencial. O estilo é caracterizado por uma miscelânea de sons e ruídos, extraídos desde bandas até de situações diárias. O conteúdo das letras se destaca pela assimilação ao cotidiano, a filosofia, ao humanismo e a ovniologia, tudo isso através de muito humor e riffs marcantes. A maior parte das composições é instrumental e possui um nome icônico e consequentemente cômico.”




O disco contém onze faixas com um total de vinte e seis minutos, algumas faixas são intituladas comicamente e dão um ar de mistério sobre o motivo de serem nomeadas assim. A demonstração de técnica é absurda no trabalho, bons riffs, ótimos solos, baixo bem cadenciado e uma bateria furiosa, cozinha muito bem montada e cuidada com “carinho”. Uma verdadeira salada de Experimental, Stoner Rock e Rock ‘n Roll, tudo o que tem de melhor dos gêneros citados estão nas composições, não deixam a desejar.

Os destaques ficam para as músicas “Delinquência Natural”, “Horriver”, “Fui Abduzido” e “Eu Tenho uma Camiseta Escrita Eu Já Sabia”, principalmente pela forma como o instrumental está montado e as últimas duas ganham um destaque a mais pelos vocais, sendo a última a mais cômica e mesmo assim, técnica e harmônica como as outras. o cenário Catarinense mais uma vez surpreendendo e bem representado com uma grande e inovadora banda, não é atoa que já fizeram uma tour pelo Chile, representando o Cenário local catarinense e acima de tudo, o nosso cenário nacional, com certeza aumentou ainda mais a fama do nome do Rock brasileiro nas terras chilenas. 





TRACKLIST
01) – Rage Against Javali
02) – A Vola de João Cantador
03) – Delinquência Natural
04) – Tererê
05) – Horriver
06) – Polka do Sergey
07) – Fui Abduzido
08) – Faixa de Gaza
09) – Eu Tenho uma Camiseta Escrita Eu Já Sabia
10) – Roubando na Gincana
11) – Com o Passar do Tempo


FORMAÇÃO
Apicultor Mussum – bateria
Apicultor Borto – guitarra
Apicultor Marroney – baixo 
Apicultor Mc’lane – vocal/guitarra


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Gremista, catarinense, gamer, cervejeiro e admirador incessante do Rock/Metal. Tem como filosofia de vida, que o menos é mais. Visando sempre a qualidade invés da quantidade. Criou o site 'O SubSolo" em 2015 sem meras pretensões se tornando um grande incentivador da cena. Prestes a surtar com a crise da meia idade, tem a atelofobia como seu maior inimigo e faz com que escrever e respirar o Rock/Metal seja sua válvula de escape.