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A única alternativa para as bandas ao meio do caos pandêmico – DDC #03

Foto: Uillian Vargas

O meio musical metálico nacional sempre sofreu com a falta de verba e incentivo do próprio público. Shows vazios, materiais físicos parados, pois os ditos “fãs” mal se interessam e por aí vai.

Agora pensa essa situação toda com uma pandemia instalada. Se os grandes sofreram esse impacto imagina as bandas do underground, que já lutam diariamente para se manter ativas, ainda mais não tendo shows (já vamos para mais de um ano) para divulgar seu material. Mesmo que ainda fosse escasso, era o meio de vender seu merchan nos eventos e levar sua musicalidade para novos adeptos.

Porém, a era digital veio fortemente e continua aí levando a música a todos os cantos do mundo. Mas é fato que poucas bandas utilizam esse recurso de maneira assertiva. Claro que o material físico é relevante e maravilho – eu mesmo, sou um colecionador assíduo – mas fechar os olhos para essa alternativa, me desculpem é pura burrice…

Muitos artistas deixam de se divulgar e de ganhar mais notoriedade justamente por não estarem nas redes, seja Instagram, Youtube ou Facebook. Atualmente me fala aí, quando te falam de um artista ou banda você vai correndo buscar no seu Spotify, Tidal, Deezer ou qualquer outra plataforma streaming, correto?

Pois bem, e quando o artista em questão não está figurando nessas plataformas? Complicado. Pois é a realidade hoje em dia. Não custa nada para colocar sua música nas plataformas streamings, assim como não custa nada ter um canal no Youtube com seus vídeos e músicas e um Instagram interativo com o público.

Se não rolar essa adaptação, o fim é inevitável. Reclamar que não tem incentivo ou apoio é o que mais fazem aos quatro cantos, mas fazer algo para manter o fã interessado poucos querem.

Vejam o exemplo do Obituary, uma banda consagrada uma verdadeira lenda do Death Metal. Além de estarem presentes nos meios digitais resolveram agora investir em shows “lives” pagas, exclusiva para seus fãs. Onde terão acesso a um “show” em seu estúdio próprio é claro tocando seus maiores clássicos e tendo alguns bônus como a interação com os pagantes e diversas informações sobre o por trás daquela ideia.

Seria esse uma nova alternativa? Pode ser. Vai ter aderência? Não sabemos ainda. Mas como temos tantos meios digitais ao nosso favor, não custa nada em pensar em pequenas ideias que atraiam a galera para o seu som.

A situação atual é de risco, não joguem fora essas oportunidades que a tecnologia tem nos dado.

Aproveitem cada espaço ou canto digital que é oferecido e leve sua música por todos os cantos, sempre lembrando de ser atrativo, pois ao final de tudo isso – se tiver um fim né – você será lembrado por ter feito a diferença e se manter ativo mesmo com um caos mundial instalado.

Muitos falaram que não seria possível ou que não teria "talento" para isso. Ironia do destino ou não, cá estamos há mais de uma década mantendo-se firme e relevante como um dos melhores redatores do Brasil. Estando também a frente de diversas produções de eventos e assessorando os maiores shows do som pesado mundial em suas vindas ao RS. Gaúcho, Pai da Maria Eduarda e apaixonado por Heavy Metal, Jazz, café e cerveja!