Muitos ainda confundem o show do Humberto Gessinger com o do Engenheiros do Hawaii, mas não os culpo, afinal ele é o Engenheiros, porém, a obra do Humberto tem bem mais do que apenas a banda gaúcha, tendo seus discos solos, projeto da Pouca Vogal e claro, o Engenheiros.
Quem foi ao evento da Festa Nacional do Camarão (faltou camarão hein produção!?), teve a ilustre presença de Humberto Gessinger fazendo uma viagem cultural pela sua carreira, trazendo entre hits que embalaram seu nome aos quatro cantos do Brasil mas também, canções menos conhecidas que ele tanto se orgulha de ter criado.
Antes um comentário sobre a Festa Nacional do Camarão, que trouxe entre o Humberto outros grandes shows, porém sertanejos. Mas ok, uma cidade que recebe poucos eventos de tamanha grandeza, pois é uma cidade dominada por artistas locais visto ao excelente trabalho cultural da secretaria de cultura, deixou a desenhar com o simples: organização e gastronomia, que deve ser visto com maior atenção e urgência.
O palco apesar de bem estruturado, faltou uma melhor visão para o público de ingressos inferiores (a famosa pista comum). Pois o mesmo era baixo e dificultou um pouco em todos os shows, uma visão melhor visto que, nenhum dos ingressos era barato.
Voltando ao show do Humberto Gessinger, notamos de certa forma com clareza a genialidade do músico e a resposta do que faz ele ter uma carreira com uma certa longevidade até então. Seu carisma e sua qualidade musical são exuberantes, desfila classe e talento musical pela apresentação inteira acompanhado de músicos que sabem o seu papel dentro do Power Trio.
Mesmo ele sendo o holofote da noite, conseguiu trazer o público para cima do palco, pois a cada hit a multidão canta e dança junto, principalmente o pessoal de mais idade que volta no tempo com as músicas lendárias do cantor.
É verdade que a apresentação começou explosiva e foi ficando morno, pois tem muita canção fora das rádios que o publico não conhecia, mas acompanhavam o cantor com palmas, interação e o clima da noite era mesmo dançante. Quando um hit aparecia, era uma explosão e não tinha como fechar melhor o show do que com seus maiores sucessos, onde até os músicos com ele entravam em êxtase.
Sem falar que era arrepiante como tudo o que o público fazia, enviava energia para o palco. Quanto mais agito, mais a banda sentia a energia e entregava no palco e assim foi a noite inteira, entre bons drinks, boas companhias até uma noite memorável culturalmente falando na pacata cidade de Imbituba, Santa Catarina.