Depois de algum tempo, estamos aqui para finalizar a cobertura desse festival sensacional que foi o Maniacs Metal Meeting 2017. Pedimos desculpas e compreensão pela demora, ocasionada principalmente por uma série de imprevistos e problemas de saúde. Mas agora vamos ao que importa: 


Os shows do segundo dia do evento começam próximo as onze da manhã e a responsabilidade de abrir a maratona de shows foi da Fearless Woman, o quarteto feminino de Curitiba aproveitou a apresentação para divulgar seu mais recente trabalho o EP Volúpia e dele que veio músicas como “Cigano”, e “Volúpia”.

Na sequência outra banda paranaense, a Toxic Revolution, apresenta um Thrash Metal extremamente técnico que consegue apresentar momentos mais rápidos com outros mais cadenciados. Destaque para as músicas  “Post War”, “Purpose of destruction” que fazem parte do cd de estreia da banda intitulado “End of the Word”.


A Mercy Killing, passou por vários encalços na sua carreira, com pausas, e  mudanças de formação, mas desde que Tati Klingel assumiu os vocais das banda é possível dizer que eles atingiram um novo patamar. O vocal da moça nos remete ao de Angela Grossow, do Arch Enemy, só que ainda mais agressivo, o que casou perfeitamente no Thrash do Mercy Killing, como demonstraram em músicas como:  “Total Death”, “Euthanasia”.


Depois da destruição provocada pelo Mercy Killing fomos levados aos reinos nórdicos na sonoridade da  Futhärk, que além dos seus sons autorias Winds of fate” e “Land Of freedom”, emendou um cover de Eluveitie, demonstrando uma das suas maiores influências no Folk Metal.



A Division Hell honrou a tradição do Death Metal do sul do país, e o público se fez  presente para ver a devastação de sons como “Bleeding Hate” e “The Fable of Salvation”. Vale ressaltar que esse estilo mais técnico corre o risco de se tornar maçante, porém a Division Hell consegue conciliar bem a técnica com a agressividade. Um grande show!

O Surra trouxe para Santa Catarina o seu thrashcore altamente afiado, e não é exagero dizer que fizeram um dos shows mais brutais do evento, sem muito tempo entre as músicas o trio vindo de Santos SP fez o caos comer na pista com sons como “Daqui pra pior”, “7×1”, “Merenda” e “Cubatrash”.

A horda Blackmass mantém acesa a chama do Black Metal, isso por ter composto trabalhos significativos para a cena como “Gloria Diaboli” e “Nemesis”. “I Call Upon The”  e “Gloria Diaboli” foram destaques na apresentação que comprovou o quanto o Blackmass se mantém firme na cena. 

Os próximos dois shows tornaram-se muito emocionantes: o primeiro foi a NervoChaos, que se apresentou pouco após o falecimento de Cherry e tal apresentação foi totalmente dedicada a ela, pois, nas palavras da banda, eles iriam honrar seu legado fazendo o que ela tocava de melhor, então tivemos músicas do último trabalho registrado por essa formação  como “Nyctophilia” “Moloch Rise”, como “Ad Majorem Satanae Gloriam”, além dos já bem conhecidos sons do grupo paulista como “Pazuzu is Here” e “Pure Hemp”.

Logo após, subia ao palco o Dark Avenger. Não tínhamos a menor noção que essa seria uma das últimas apresentações de Mário Linhares e, como sempre, ele impressionou a todos como sua performance em músicas como “The Beloved Bones”, além dos clássicos como “Morgana” e “Broken Vows”. O músico se foi, mas seu legado será eterno.


Hora do Saravá Metal! A trupe do Gangrena Gasosa já é uma insanidade no cd, ao vivo isso se multiplica por mil. A mistura de Thrash, Hardcore e ‘saravá’ é única. Eles aproveitaram o festival para divulgar as músicas do seu mais novo trabalho, lançado no começo do ano, intitulado “Gente Ruim Só Manda Lembrança Pra Quem Não Presta”, como “Saci”, “Gente Ruim” e “Fiscal de Cu”, além daquelas já conhecidas “Eu Não Entendi Matrix” e “Centro do Pica Pau Amarelo”. Fica a torcida para que Zé Pilintra e sua turma voltem logo para SC.

Polêmicas à parte, o Gorgoroth fez uma apresentação coerente bem aos níveis do que se espera de uma horda do Black Metal norueguês: pouca comunicação com o público, postura de palco quase estática. Não podemos negar o poder de fogo de canções como:  “Carving a Giant”, “Procreating Satan”, “Katharinas Bortgang” e “Sign Of An Open Eye”.




Voltando aos representantes nacionais, A Symphony Draconis mantém a pegada Black Metal e não deixa nada devendo em relação aos noruegueses. Seu som é vigoroso! A banda está divulgando seu último trabalho “Supreme Act of Renunciation”. O show impressionou, com destaque para as faixas “Demoniac By a Divine Power” e “Ain Soph Aur”.


Entramos madrugada a dentro. Um horário perfeito para o Death Doom Metal da Dying Suffocation. O grupo paranaense é uma das grandes forças do estilo no paÍs e provou isso a apresentação que se baseou em músicas do trabalho “In the Darkness of Lost Forest”  com sons como “Suffocated” e “Sacrificed Souls”. 




Passava das duas da manhã, mas, para aqueles que ficaram, foi possível presenciar os lordes do caos da Chaos Synopsis. Esta banda simplesmente não tem um trabalho ruim e “God Of Chaos” irá manter seu nome mais na ativa, sendo impossível não bangear em sons como “Storm of Chaos”, “Son Of Light” e “Gods Upon Mankind”.





Pós essa maratona de shows, hora de descansar um pouco porque “amanhã” teremos o terceiro dia do festival.