A noite do dia 19 (sábado) foi de fortes emoções em São Paulo: nada mais nada menos que Testament no Carioca Club.
A abertura desse espetáculo ficou sob responsabilidade de Circle of Infinity, banda de Thrash/Death de Limeira/SP. Formada por Edson Moraes (vocais e guitarra), Allan Farias (guitarra solo), Celso Fernandes (baixo) e Alexandre Bento (bateria), a Circle cumpriu com maestria seu propósito de aquecer o público com muito peso e velocidade. O set contou com 6 músicas autorais (Circle Therapy, Headbanger, Wake Up and Fight, Dark Souls, Rise to Honor e The End of The Way) e uma homenagem à maior banda de Death Metal e grande influência da banda, a música Zombie Ritual (você sabe de quem). O show foi enérgico, veloz e muito bem executado do início ao fim, cadenciado por uma bateria muito veloz e precisa.
Com o fim do show de abertura, era hora de organizar tudo o mais rápido possível para garantir o espetáculo que viria a seguir: uma das maiores lendas vivas do Thrash Metal, Testament. A banda conta atualmente com uma formação especial (para dizer o mínimo do mínimo): Chuck Billy (vocal – Dublin Death Patrol), Eric Peterson (guitarra – Dragonlord), Alex Skolnick (guitarra – Metal Allegiance, Alex Skolnick Trio, Savatage e Trans-Siberian Orchestra), Steve DiGiorgio (baixo – Death, Sadus, Dragonlord, Charred Walls of the Damned); Gene Hoglan (bateria – Death, Dark Angel, Fear Factory, Deathlok).
O Testament surgiu em 1983 com o nome de Legacy e se consagrou como uma banda da Bay Area, junto com outros nomes como Metallica, Exodus, Possessed, Vio-lence, Forbidden e Death Angel. Com uma longa discografia e legião de fãs, atualmente está em turnê do novo álbum “Brotherhood of the Snake”, lançado em outubro do ano passado.
O show é iniciado com “Brotherhood of the Snake” no Carioca Club. O fato de ser uma música lançada recentemente não impede que todos cantem acompanhando o monstro que é Chuck Billy. Em seguida, “More Than Meets the Eye” é executada, com todos cantando sua introdução em coro e “Rise Up”: com o refrão “when I say rise up, you say war” sendo obedecido.
Mais músicas do novo álbum são tocadas, “The Pale King” e “Centuries of Suffering”, ambas excelentes. É hora, então, de atender aos pedidos do público e tocar algo mais antigo: “Electric Crown” teve a recepção que merece, mais uma cantada em uníssono.”Into the Pit” é aquela música que exige que um mosh seja aberto, certo? Atendido!
Em seguida, é executada a “Stronghold”, também do novo álbum. O refrão “Does it mater what the people say, hey / Does it matter to you, who / Does it mater what the people say, hey / What do the people want to do” preencheu o espaço do Carioca Club.
“Low”, “Practice What You Preach” e “The New Order”, que dão nome a três álbuns do Testament, são tocadas na sequência, culminando num solo de baixo de DiGiorgio, que está entre os maiores baixistas da história do Metal.
A instrumental “Urotsukidôji” traz uma força especial ao palco e deixa muito claro a competência de cada músico.
É a vez de “Souls of Black”, uma das clássicas da banda, com sua introdução no baixo. Em sequência, “Over The Wall” e “Alone in the Dark” provam à banda que é difícil cansar o público de São Paulo. Ao fim desta última, os músicos saem do palco.
Após poucos minutos, a banda volta para fechar oficialmente seu espetáculo com “Disciples of the Watch”, uma das mais consagradas.
Parabenizo todos os envolvidos na organização do evento, o som estava excelente e tudo foi muito pontual. Além disso, parabenizo enormemente o trabalho e comprometimento da Circle of Infinity, que garantiu uma abertura à altura.
Após o show, muitos fãs se dirigiram para a outra saída do Carioca Club, por onde a banda saiu, cedendo autógrafos e fotos com muita simpatia e paciência.
Sem dúvida, esta noite ficará na memória de todos os presentes.
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