Apresentamos hoje uma conversa com uma banda com um potencial imenso. Vinda de Sevilha (Espanha) e representada pela redatora musical e vocalista Marta Grimaldi, a banda Devil in You se apresentará em Julho no festival online brasileiro Caio Indica Fest, pontuando esse intercâmbio e integração entre nosso país e fortes nomes do Metal de outros. E aqui vem Marta, parceira de letras e grande vocalista, trocar uma ideia com a gente. Confiram!


Olá! Muito obrigado por seu tempo é um prazer. Nos apresente Devil In You, e bem vinda!
Olá! Sou Marta Grimaldi, vocalista da banda de Death Metal Devil In You, e antes de tudo gostaria de mandar um olá a nossos seguidores, e também agradecer pelo apoio e pela entrevista. A Devil in You se formou no começo de 2010 com integrantes de bandas consolidadas de Sevilha (Espanha). Desde o começo, idealizamos um novo tipo de grupo, ainda que dentro dos limites do Death Metal, porém com um estilo um pouco mais livre, não tão fechado e com toques de Rock´n Roll.  Deste combinado, nasceu Show Your Hate em 2012 e em 2015 Demons. Atualmente estamos apresentando nosso novo álbum Come to Us. A banda, depois de várias mudanças de integrantes desde 2016, atualmente é composta por mim (vocal), José Manuel Hernández (guitarra), José Luis Borrero (guitarra), David Pérez (bateria) e Eduardo Benjumea (baixo).

Vocês estão no festival online Caio Indica Fest, que vem se consolidando cada vez mais como um bom representante de vislumbre para a cena underground nacional e leva bons nomes estrangeiros em sua lineup. Como surgiu essa oportunidade?
As portas para os festivais em streaming e seguidores da América Latina nos foram abertas por Chus Villa, participamos graças a ela no festival Unidas In Rock. Depois, vimos via Instagram a informação do Caio Indica Fest e a verdade é que foram muito amáveis conosco, nos divulgando desde a primeira vez que nos falamos, além disso também vão exibir um show ao vivo em nossa sala de ensaios no próximo Pedrada at Home. Estamos infinitamente agradecidos pela forma que os organizadores estão nos tratando, além das mídias e seguidores, vocês são magníficos!

Você é uma vocalista mais recente em Devil in You, tendo entrado em 2016 em meio a uma banda já com algumas outras mudanças de formação. Sobre esse processo de entrada na banda: já conhecia bem a eles? O quão fluido foi esse processo de adaptação à dinâmica musical do grupo?
Sou fã da banda desde a criação em 2010, segui todo seu processo de mudanças, terminei como vocalista por coincidências da vida e me sinto muito bem por isso. Somos amigos há muitos anos, nos conhecemos muito bem e isso faz com que aproveitemos os ensaios e shows ao máximo. Adaptei-me rápido à banda, me deram segurança, me ensinaram muito e me apoiam constantemente, são incríveis.

Como vocalista, quais são suas principais influências para a moldagem de seu estilo, sua técnica vocal?
Sempre escutei muito bandas como Sepultura, Megadeth, Venom, Carcass, Holy Moses, Entombed… minhas influências foram marcadas por essas bandas ainda que eu goste de todos os estilos de Metal e Rock. A música me encanta, se aprende de tudo. Quando iniciei em Devil in You, eu cantava há pouco tempo, apenas alguns meses. Ensaiando com eles me soltei, também tinha uma professora de canto, Txako Jones. Ela me ajudou com as respirações e os diferentes tons e, atualmente, minha forma de cantar se deve à prática diária.

 

 

Com a banda, seu primeiro disco de estúdio é o ótimo “Come to Us” (2020). Todas essas composições são particularmente de sua etapa como frontwoman do grupo? Como foi o processo de composição do material?
Sim, é a primeira vez que faço parte das composições, ainda que o trabalho principal da composição comece pelas guitarras, nesse trabalho apoio com as letras, acima de tudo. É a primeira vez que faço parte de algo assim, me deixei ajudar pelo caras da banda, eles têm muita experiência e fora um grande apoio e uma guia para dar forma às letras do trabalho. Do qual, muito nos orgulhamos.

Além de ser musicista, você também está ligada à redação musical, certo? Assim, também deve estar conectada com um pouco da cena musical de Sevilha. Como tem visto a evolução da cena musical, em termos de organização, profissionalismo e número de bandas, festivais e espaços?
Sim! Gosto de contribuir com meu “grão de areia”. Não apenas sou vocalista ou baterista, também sou redatora do Sevilla Metal, onde compartilhamos notícias de bandas, fazemos crônicas, entrevistas, falamos de festivais… A evolução da cena, com a pandemia, ficou um pouco estagnada, porem creio que cada vez mais as bandas underground têm mais apoio,  cada vez mais festivais juntam bandas maiores, mais conhecidas, com bandas mais novas e com componentes femininos. Se vê um avanço, ao menos eu vejo, e é importante também que as bandas apoiem as mídias que lhes dão difusão, que tenham um bom marketing, e que não deixem de lutar por sua música. Pessoalmente, adoro conhecer novas bandas.

Tua relação com a cena brasileira, além da participação no Caio Indica Fest: já existia de alguma forma? Conhece um pouco de nossas bandas e musicalidade?
Minha relação com as mídias e organizadores de eventos brasileiros é fantástica, são gente amável, simpática, estou apoiando a eles em tudo que posso pois fazemos esse intercâmbio de material de bandas, e estou disfrutando muito bem do Metal que fazem aí. Em cada semana, publico ao menos 5 bandas do Brasil. Tenho uma lista de grandes trabalhos para review, disfruto de cada dia descobrindo novos sons, e gosto muito da música Extrema daí.

Quais os planos de gravação pós “Come to Us”? Já há algum novo material em processo?
Já começamos a composição de nosso próximo álbum, e também sabemos a temática dele. Porém agora vamos nos concentrar em girar Come to Us, o que por causa da pandemia não conseguimos fazer antes. Talvez em final de 2022 poderemos apresentar algum tema do que vem, até lá esperamos que
nossos seguidores desfrutem de nossas lives.

Obrigado por sua atenção, te convido a deixar sua última mensagem para o público brasileiro.
Por todo apoio nos dados pelas mídias e seguidores, em nome de toda a banda, gostaria de agradecer muito, obrigada por compartilhar nossa música!

 

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Matheus, redator musical por paixão, crocheteiro por profissão e fã de Stoner Rock e Doom Metal por falta de rumo na vida. Fã de Black Sabbath, Motörhead, e igualmente de Michael Jackson e Abba. Criador do selo Bruxa Verde Produções e da Brasil Chapado. No gods no masters.