Lacuna é uma banda formada em 2014 na grande metrópole de São Paulo. O projeto foi encabeçado por Denny França e Renato Reish, guitarrista e baterista respectivamente. Um trabalho que era para ter sido algo em família criada pelos irmãos Reish’s e pelos irmãos França’s foi além, com influências de Five Finger Death Punch, Alter Bridge e Stoner Sour, o grupo passou por reformulações, mas nunca deixou de trabalhar focados em ir além.

Antes de lançarem o EP “Doce Ilusão” a música homônima foi lançada em meados de Outubro de 2017 e a promessa de que no ano a seguir, o disco chegaria. Dito e feito, exatamente nesta data de 04 de Junho, o disco é lançado em todas as plataformas digitais (sendo liberado dias antes para a imprensa especializada, excelente jogada de marketing).



O disco conta com quatro músicas, começa com “Casa Fria”, sinceramente eleita por mim como favorita de todo o trabalho. O que mais me chama atenção não só nessa música como todo o trabalho do Lacuna, é que o refrão intercala vocais agressivos e limpos, dando mais diversidade na parte principal da música, claro, o refrão. 

Mas “Casa Fria” traz uma letra que me espelho, muitas vezes cai e tentei me levantar e a música transparece a mensagem de quem conseguiu levantar em meio a um caos e se reerguer, pois sempre tiramos forças de onde nunca imaginamos. Sem ser a letra, o excelente riff inicial que gruda na cabeça e difícil não bangear mesmo ouvindo sozinho.

Logo em seguida a música divulgada meses antes e que leva a responsabilidade de também ser o nome do EP, “Doce Ilusão” arrecadou mais de 3 mil views no YouTube em seu lançamento (até o fechamento desta matéria/review). Essa música já tem algo diferente, ela eleva uma cadência por toda música e da destaque mais ao refrão com uma ótima pegada bem Metalcore.

A terceira faixa “Jogar o Jogo” inicia com ótimo dedilhado e mais calma, tanto que na primeira vez que ouvi acreditava que seria uma música mais “acústica” engano meu quando chegou no pré-refrão e a pancadaria começa com uma certa harmonia. As jogadas das guitarras trazem uma sintonia além do que eu imaginava, bons riffs e solos, até o momento a baladinha da banda, uma ótima sacada para todo EP e CD, sempre tem que ter aquela música mais lenta para mostrar “poder de composição”.



E para encerrar essa excelente estreia é a vez de “Verdade Nua e Crua” que começa com uma pegada mais Stoner, excelentes riffs e bateria mais marcante. Uma coisa que mais me chamou atenção nessa música é que as alternâncias de vocais são mais presentes e achei isso bem característico da banda, deveriam investir mais nisso. Talvez para ser sincero, tenha sentido falta de mais uma música com a pegada de “Verdade Nua e Crua” pois para mim é o que mais combina com a banda e esperava mais pancadaria. Mas confesso que seria covardia minha julgar algo que esperava, todo o trabalho tem uma excelente produção e a qualidade é impecável.

Como no futebol o lançamento de um disco não é diferente, difícil é marcar o primeiro gol, depois vai que vai. Por fontes confiáveis fiquei sabendo que a banda já tem composições para um próximo trabalho, então a minha dica que fica é: invistam em mais peso, mais alternâncias de vocais e continuem buscando ótimos refrões como esses, para mim, estão no caminho certo.

FORMAÇÃO
Denny França – vocal e guitarra
Willy França – vocal e baixo
Lucas Corral – guitarra
Renato Reish – bateria

TRACKLIST

01) Casa Fria

02) Doce Ilusão
03) Jogar o Jogo
04) Verdade Nua e Crua
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Gremista, catarinense, gamer, cervejeiro e admirador incessante do Rock/Metal. Tem como filosofia de vida, que o menos é mais. Visando sempre a qualidade invés da quantidade. Criou o site 'O SubSolo" em 2015 sem meras pretensões se tornando um grande incentivador da cena. Prestes a surtar com a crise da meia idade, tem a atelofobia como seu maior inimigo e faz com que escrever e respirar o Rock/Metal seja sua válvula de escape.