As vezes ficamos tristes pelo fim de algo que sabemos que pode durar muito mais, porém o recomeço as vezes recompensa a tristeza deixada naquilo que teve fim. Novas bandas sempre nos trazem novos ânimos, novas histórias, novos sentimentos e principalmente novas visões. Ego Kill Talent é uma banda formada em 2013, porém ganhou repercussão recentemente no ano passado (2016), vindo a este ano ter lançado seu primeiro álbum. O destaque fica para Jonathan Correa ex-vocalista do Reação em Cadeia e Jean Dolabella que é ex-baterista do Sepultura, já começando por ai, vem o gostinho de querer ouvir o que vem a seguir.



Uma coisa que descobri na banda é que os instrumentistas revesam seus instrumentos, apenas Jonathan Correa fica fixado nos vocais, enquanto Niper Boaventura toca guitarra e baixo, Jean Dolabella é baterista e guitarrista, Raphael Miranda baterista e baixista, Theo van der Loo na guitarra e baixo, isso até o momento é algo inédito para mim, algo que me deixa ainda mais perplexo do que apenas a sonoridade em si, é realmente um time de coringas. 

A primeira faixa intitulada “Just to Call You Mine” abre os trabalhos com uma pegada de Stoner e quando começa o vocal, vem algo que nunca tinha notado no Reação em Cadeia, o timbre de voz do Jonathan é semelhante ao de Dave Grohl (Foo Fighters), ouso a dizer que a banda tem uma influência clara da banda de Dave. O desenvolvimento das músicas não seguem um padrão, consigo citar como destaque do álbum as músicas: “Just to Call You Mine”, “Still Here”, “Heroes, Kings and Gods”, “We All”, “Old Love and Skulls” e “The Searcher”, estas faixas para mim são como trilhas sonoras.



Temos dentro de uma banda como já havia mencionado, vários coringas, mesmo assim temos nomes fortes e experientes que fazem parecer que compor é algo fácil e não é. O álbum carrega muitos riffs de Grunge, Stoner Rock/Metal, pitadas do Rock Clássico e uma pequena pitada de Heavy Metal, sendo que a cada riff dado, uma influência nova é notável. O que ajudou para que esse trabalho tomasse esta forma incrível, foi que todas as composições foram compostas por todos os cinco integrantes, fortalecendo ainda mais a união dentro da banda.

Lembrando que em 2015 a banda lançou o EP intitulado “Sublimated”, que conta com as faixas: “Sublimated”, “Same Old Story”, “The Searcher” e “Sublimated (Exposed Version)”. Em 2016 a banda lançou o EP “Still Hero” com as faixas: “Still Here”, “We All” e “Just To Call You Mine” e agora em 2017 todas as músicas unidas e mais algumas compostas inéditas formando um full álbum com dez faixas. A única coisa que posso afirmar é que a banda tem futuro, mais do que o sucesso que já vem adquirindo ainda vai chegar mais longe ainda, basta seguir na mesma linha de raciocínio de composição, pois essa linha está muito agradável, chegar a ser gratificante poder ouvir algo tão contagiante.

TRACKLIST
01. Just To Call You Mine
02. Last Ride
03. Still Here
04. Heroes, Kings and Gods
05. Sublimated
06. We All
07. Same Old Story
08. Old Love and Skulls
09. The Searcher
10. Try (There Will Be Blood)

FORMAÇÃO
Niper Boaventura – guitarra e baixo
Jean Dolabella – bateria e guitarra
Jonathan Correa – vocal
Raphael Miranda – baixo e bateria
Theo van der Loo – guitarra e baixo

SIGA EGO KILL TALENT
Gremista, catarinense, gamer, cervejeiro e admirador incessante do Rock/Metal. Tem como filosofia de vida, que o menos é mais. Visando sempre a qualidade invés da quantidade. Criou o site 'O SubSolo" em 2015 sem meras pretensões se tornando um grande incentivador da cena. Prestes a surtar com a crise da meia idade, tem a atelofobia como seu maior inimigo e faz com que escrever e respirar o Rock/Metal seja sua válvula de escape.