O disco começa chamando a atenção com uma capa muito atraente, rica em detalhes e que dá vontade de conhecer o conteúdo. A banda foi formada em 2006, mas se chamava “Sacriffice”, em 2009 que mudou de nome para Sacrificed e cá estamos.


O estilo varia, mas é bastante melodioso e agressivo na mesma intensidade. Sempre que pego pra ouvir um disco com voz feminina eu fico bastante interessado em saber como será o estilo da voz e fico tentando decifrar pelas pistas dadas nas capas. Com “Enraged” eu não consegui chegar num ideal antes de ouvir e devo dizer que gostei muito do que ouvi.





Depois dessa análise de capa e tal, bora dar o play.


A introdução da primeira música, “Meet Your fate” é feita com tambores e chocalhos, trazendo uma atmosfera muito interessante, a música começa com força e mostra a maturidade da banda nos primeiros segundos.


Na segunda música, “Shame“, já conseguimos perceber que o disco está bem produzido, com guitarras super audíveis e um trabalho vocal super bem pensado. A música é bem envolvente e realmente deu vontade de continuar ouvindo.


Oblivion” entra na sequencia e logo me surpreendi com os backing vocals masculinos que ainda não haviam me chamado a atenção. Essa música tem uma pegada um pouco diferente das outras, gostei bastante dessa mudança, a versatilidade me agrada. Pensando nisso, qual não foi minha surpresa quando surge um trecho de rítmica brasileira no meio da música? Muito bacana essa influência, fiquei mais interessado na banda.


Acho que agora chegou a baladinha do disco, “To Whom You Belong“, introdução bonita, melodias bem interessantes, super envolvente.


Em “The Unspoken“, temos um interlúdio onde  o foco vai totalmente para a voz e é gerado um clima de tensão para a entrada de “Spiral Down” que não pude deixar de notar que foi a primeira vez ouvindo o disco que notei alguma influência com outras bandas. Essa originalidade me chamou a  atenção.


Na sequência, “Dear Killer“, já começa com uma introdução bem diferente do que rolou até agora no disco, reforçando a ideia de que a banda não se prende aos padrões e vamos para “Refugees” que é uma power balada com violão e vozes bem marcantes.


Estamos chegando ao final do disco e eu estou contente por não saber o que esperar das últimas 3 músicas.


Existe na faixa 9 um segundo interlúdio, porém dessa vez não é algo rápido como “The Unspoken“, “Interlude” é mesmo uma canção instrumental bem trabalhada e que prepara bem para “Thick Skin” que conta com a participação de Lucas Guerra nos vocais, que vem com agressividade e complementa bem a voz principal e os backing vocals.


Para fechar o disco temos “Into the Hive“, que vem com bastante peso, velocidade e vocais masculinos rasgados logo no início, prometendo fechar com chave de ouro a experiência de ouvir “Enraged“. 


O disco acaba com um piano bem legal no final da última faixa e deixa com gosto de quero mais.  De fato a banda surpreende e gera interesse, eu apenas faria a sugestão de explorar um pouco mais as ideias de rítmica brasileira. Foram poucas aparições, mas poderiam ter sido mais. Altamente recomendado!




FORMAÇÃO
Kell Hell – voz
Diego Oliveira – guitarras
Ronan Lopes – guitarras
Bruno Bavose – baixo
Thales Piassi  – bateria

TRACKLIST
01) Meet Your Fate
02) Shame
03) Oblivion
04) To Whom You Belong
05) The Unspoken
06) Spiral Down
07) Dear Killer
08) Refugees
09) Interlude
10) Thick Skin
11) Into the Hive
12) Grudge is My Middle Name

Material enviado pela Metal Media
Selo Shinigami Records