Vamos voltar no tempo. Estamos em 2013, e a Diemordinate, de Laguna-SC, lança seu primeiro EP. Ao ouvir ele inteiro você termina se perguntando o que você acabou de ouvir. Metal progressivo? Groove metal? Thrash metal? Heavy metal? São muitas inspirações no som desta banda, mas a resposta mais sensata é: metal. Metal autêntico, com influências muito ricas, que foram devidamente misturadas e filtradas, gerando um som de altíssima qualidade. O EP é muito bem executado pelos músicos e muito bem trabalhado pelo José Roberto “Chapolim“, que mixou e masterizou de maneira impecável este disco. A Diemordinate desponta como uma das melhores bandas de SC desde seu debut, e voltando aos dias de hoje, estamos no aguardo do lançamento do álbum que promete ser um lançamento que vai fazer pegar fogo o reprodutor de mídias onde você vai colocar o CD.

Voltando ao EP, ele é curto se analisarmos que são três faixas. Mas apenas uma tem menos de cinco minutos de duração, que é justamente a faixa-título “Fight for Freedom“. A música que abre os trabalhos é a “Left to Die“, que começa com uma introdução que já atrai o ouvido do ouvinte, que daí pra frente simplesmente não consegue parar de ouvir. São 6:10 de paulada e riffs técnicos muito bem executados pelas guitarras de Renato Campos e do frontman Egvar Hermann. A música caminha pro fim com um breakdown destruidor que conta com a voracidade vocal do baixista Renato Lopes. Isso sem contar que o baterista Victor Fagundes faz um show a parte na canção. É uma música perfeita pra abrir o disco, já exibindo o que a banda é capaz, mas não todo seu poder de fogo.

A segunda peça dessa obra é a que dá nome ao EP. A música tem um começo que lembra muito o som do System of a Down, mudando de cenário em seguida pois logo vira um heavy metal com uma sonoridade muito atual, mas sem cair pro som mais ou menos que contaminou muitas bandas dos dias de hoje. É um som forte, empolgante, que te faz imaginar grandes platéias curtindo muito ela.

Particularmente, a ultima música do EP, “We’re Not Victims” é a minha preferida. Seu começo acústico e sua mudança brusca pra riffs mais pesados é fantástica. O vocal de Egvar aqui não aparece tão limpo quanto nas outras, apostando numa voz mais rouca, que combina perfeitamente com os riffs incríveis dessa música. Seu refrão é explosivo, que faz voltar à imaginação de grandes plateias cantando ele. São sete minutos de metal de primeira qualidade, com todos os intrumentos aflorando técnica e abusando de criatividade em riffs, mesclando passagens rápidas para outras mais melódicas. É com certeza um tapa na cara de qualquer um que diga que as bandas brasileiras são inferiores as internacionais. A Diemordinate, junto com várias outras bandas que conhecemos, provam o contrário disso. Não devemos em nada para bandas do cenário estrangeiro, e ouvindo o som dos lagunenses, você passa a pensar até o oposto: que as estrangeiras que ficam devendo pras brasileiras.

As notícias mais recentes indicam que em 2016 devemos ter o novo CD da Diemordinate. Aos que foram nos últimos shows da banda, puderam conferir ele tocado quase inteiro já, e quem ouviu garante que vai ser um dos melhores álbuns do ano.

DIEMORDINATE NO CÉLULA SHOWCASE EM FLORIPA,
COM SET PREDOMINANTEMENTE DE AUTORAIS.

Formação:
Egvar Hermann – Vocal e guitarra
Renato Campos – Guitarra
Renato Lopes – Baixo
Victor Cezar Fagundes – Bateria

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Contato para enviar material para resenhas: vinicius@osubsolo.com

Onde há espaço para escrever, tenha certeza que irei deixar minhas palavras. Foi assim que me tornei letrista, escritor e roteirista, ainda transformando minha paixão por música em uma atividade para a vida. Nos palcos, sou baixista da Dark New Farm, e fora deles, redator graduado em Publicidade e Propaganda para o que surgir pela frente.