Imagine uma banda que através de sua sonoridade é possível fazer uma conexão entre grupos como The Jackson Five e Thin Lizzy. Uma banda que te provoca aquela sensação de “acho que já escutei isso antes” mesmo sem você nunca ter ouvido (e o mais importante – sem perder a originalidade). Acrescente uma vocalista extremamente talentosa, com uma voz que te fará lembrar de gente como Suzi Quatro, Janis Joplin e cantoras da cena disco dos anos 70. Não conseguiu imaginar? Parece loucura? Então eu lhes apresento o Sheer Mag.

Antes de começar a discorrer sobre o lançamento mais recente deste quinteto da Filadélfia que mesmo com apenas 2
anos e meio de estrada, já tem dado muito o que falar por aí;
é necessário dizer que em 2015 a banda começou a se destacar em shows locais, tocou no SXSW do mesmo ano e em seguida disponibilizou seu single “What You Want” por 100 mil dólares. Isso mesmo. 100 MIL DÓLARES.

Antes de preparar as 7 pedras, já aviso de antemão que quando questionados sobre isso, o Sheer Mag sempre cai na risada e responde: “Não tínhamos a versão física pronta na época, e pensamos: Se alguém comprar vai ser louco.”

Assim como outras bandas de sua geração eles se recusam a assinar com um selo. É tudo na base do faça-você-mesmo.

 O “III”
é o terceiro
7” EP do Sheer Mag. O disquinho encerra a trilogia composta por “7” (2015) e “II” (2015). A banda aprecia esse formato de verdade. Mas o minimalismo presente nos nomes que intitulam seus materiais não consta em suas músicas.

“Can’t Stop Fighting” é a faixa que abre o disco. Melodia dançante, guitarras marcadas e vocais levemente abafados. A música é de um engajamento estrondoso. Ela trata sobre o medo que nós mulheres somos expostas todos os dias quando saímos às ruas. É sobre não parar de lutar e não fingir que não está entendendo o que se passa. Arrepiante. Mas é necessário um pouco de atenção para entender todo esse contexto, uma vez que você pode se distrair com a vontade inebriante de sair dançando ao escutar essa música.
O baile segue com “Worth the Tears”. Destoando do clima que a faixa anterior provoca, aqui temos um rock/powerpop repleto de riffs apaixonantes, acompanhado de uma letra bem água-com-açúcar. Ah, o amor… Este sempre rende pano para as melhores mangas, e já não é de hoje.

“Night Isn’t Bright” tem riffs levemente mais acelerados e refrão grudento. Um pé afundadíssimo no bom e velho Thin Lizzy. Rock n’ roll afirmativo que fala sobre fazer o que quiser e dar o seu melhor. A noite não é brilhante, mas você pode torná-la.
E finalmente, chegamos ao destaque do disco: “Nobody’s Baby”. Aqui retornamos de vez à vibe dançante e marcante da primeira faixa. Esse som ganhou até mesmo um clipe, repleto de efeitos em VHS que em tudo tem a ver com a proposta do Sheer Mag. Tina Halladay nos brinda com uma voz altiva e cheia de confiança. E antes que você se apaixone de vez, a vocalista faz questão de deixar bem claro: Ela não é de ninguém, à menos que você a trate da maneira que ela merece. Nada boba essa menina.
Não
se sabe ao certo se a banda está ou não trabalhando em novos
lançamentos, mas o Sheer Mag tem excursionado sem parar e fizeram sua
primeira aparição televisiva no programa Late Night With Seth Meyers (um destes vários talk-shows bem populares nos EUA) tocando “Nobody’s Baby”.
Ah, vale lembrar também que a imprensa especializada anda rasgando seda para o grupo e os listaram como uma das 10 bandas que você precisa ouvir em uma edição da Rolling Stone americana.
Divulgação.
FORMAÇÃO
  
 Tina Halladay – Vocal

                                                     Kyle Seely – Guitarra

Hart Seely – Baixo
  Matt Palmer – Guitarra
   Ian Dykstra – Bateria


TRACKLIST
 
                                                    1. Can’t Stop Fighting 
                                                    2. Worth The Tears 
                                                    3. Night Isn’t Bright 
                                                    4. Nobody’s Baby


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