
Nas primeiras audições é perceptível o leque de influências depositadas no disco, linhas de Thrash, Death e até de Black são perceptíveis ao máximo, mas no fundo, também temos uma ligação de Hard Rock e do Rock oitentista. Fiquei um pouco confuso em saber qual linha realmente o Cacife se inspira, mas acabamos nos deparando com uma sintonia que vem dando certo, cada membro depositando a sua inspiração, isso é um ponto positivo.
Os vocais rasgados de Douglas RIghi, demonstram a clareza de um Axl Rose em seus primórdios, mas com a fúria de algo mais adepto ao Metal extremo, criando assim um vocal mais característico. A guitarra tem boas alternâncias entre agilidade, cadência e harmonização. Toques de pedal duplo no bumbo, trazem aquela ligação com o Metal mais ácido, transborda também criatividade para boas linhas de bateria, tanto que a música de abertura se inicia com uma virada muito bacana.
O baixo de Deivid Brisolin faz um trabalho coeso, simples e objetivo, com bons timbres e uma segurança absurda, dando toda uma consistência que uma banda de guitarra ímpar necessita. Basicamente nesse trabalho os músicos fazem o que é lhe solicitado, sem exageros e firulas, é um disco objetivo com boas composições. Assim como todo o disco que mantém um nível de qualidade muito alto, capa bem elaborada, material físico de primeira e todo o processo de composições bem dinâmica. Como esse álbum é de 2016, fico ansioso para algo novo da banda quem sabe em breve, fundamental material de qualidade assim como pontapé no Heavy Metal, começaram muito bem para um primeiro material.