Início Destaque Talvez Desconhecido: The Grand Astoria (RUS) #25

Talvez Desconhecido: The Grand Astoria (RUS) #25

Diretamente do frio de São Petersburgo/Rússia, vem uma das mais criativas e versáteis sonoridades relacionadas de alguma forma ao Stoner dos últimos tempos. Bem, diria que aplicar o rótulo de Stoner seria uma limitação tremenda para uma banda que passeia por tantos caminhos, indo do Rock Progressivo ao Heavy Metal e passando por Hard Rock, Psicodelia, Blues, Punk, Doom Metal e Jazz. Tudo capitaneado pela mente deveras criativa do guitarrista e vocalista Kamille Sharapodinov, que junto ao seus camaradas entregou em doze anos, contando álbuns de estúdio, lives, e EP’s, nada menos que 29 trabalhos. Essa é a The Grand Astoria.

 

 

Formada em 2009, a banda lançou no mesmo ano seu álbum de estreia, batizado apenas de I. Dividido quase igualmente entre faixas instrumentais e outras com o vocal de Kamille, que de forma ainda aparentemente tímida parecia buscar a forma correta de se conectar com o instrumental, o material apresentava uma produção modesta e com alguns detalhes um pouco questionáveis, mas ainda assim exibia um potencial diferenciado com elementos criativos e uma evidente capacidade de se projetar adiante. Coisas que a maturidade traz…  No ano seguinte, “II” já se mostrava ao mundo apresentando certa evolução e novos elementos, uma sequência notavelmente evoluída e prazerosa, contando até com nuances climáticas e atmosféricas que remetiam a bandas como Opeth e Alcest, além da mistura do Heavy Metal e Stoner Rock. E claro as já tradicionais e indispensáveis “jams” da banda, que nunca se furtou de dar a cada canção, por mais tempo que pudesse levar, o tempo necessário para desvelarem seus detalhes mais preciosos.

De forma quase que etérea e insondável, sempre coletando boas resenhas, críticas e apreciadores, mas sem maiores holofotes, a banda foi avançando nos anos seguintes entregando materiais variados, de EP’s a álbuns, com alguns picos de criatividade e outros momento talvez um pouco menos inspirados ou versáteis, mas ainda assim sem jamais deixar cair o nível, mantendo sempre uma identidade própria pulsante e a capacidade de cativar novos ouvintes e ainda manter os assíduos sob sua batuta. Entre os lançamentos, podem se destacar materiais como “Punkadelia Supreme” de 2013 (quarto álbum de estúdio, com 13 faixas e mais de 1:20h de duração, e a presença de instrumentos como sitar, metalofone, teclado e banjo) e “La Belle Epoque” (2014), este meu álbum favorito da banda e contendo uma das faixas que mais ouvi na vida, a absurda “Gravity Bong”, faixa que em minha humilde opinião algumas bandas consagradas adorariam ter composto.

De forma quase que etérea e insondável, sempre coletando boas resenhas, críticas e apreciadores, mas sem maiores holofotes, a banda foi avançando nos anos seguintes entregando materiais variados, de EP’s a álbuns, com alguns picos de criatividade e outros momento talvez um pouco menos inspirados ou versáteis, mas ainda assim sem jamais deixar cair o nível, mantendo sempre uma identidade própria pulsante e a capacidade de cativar novos ouvintes e ainda manter os assíduos sob sua batuta. Entre os lançamentos, podem se destacar materiais como Punkadelia Supreme de 2013 (quarto álbum de estúdio, com 13 faixas e mais de 1:20h de duração, e a presença de instrumentos como sitar, metalofone, teclado e banjo) e La Belle Epoque (2014), este meu álbum favorito da banda e contendo uma das faixas que mais ouvi na vida, a absurda Gravity Bong, faixa que em minha humilde opinião algumas bandas consagradas adorariam ter composto.

Iniciada com Kamille e Igor Suvorov (guitarra) em 2009, além de contar com Mike Lopakov (baixo) e Nick Kunavin (bateria), atualmente a formação fixa conta com Kamille, Igor, Konstantin Smirnov (bateria) e uma série de músicos convidados em cada material, possuindo a presença de instrumentos como os já citados metalofone, banjo e ainda flauta, percussão e outros, ajudando a tornar a sonoridade o mais particular e única possível, além de materiais acústicos. O último lançamento da banda é o atmosférico EP “From the Great Beyond” de 2020, uma pérola para apreciadores de Jazz Rock, Rock Progressivo e Psicodelia. E enquanto escrevo isso, felizmente eles talvez já estejam produzindo seu próximo material, que deve se encaixar na direta e sucinta definição de seu trabalho, “Jam Rock psicodélico fazendo sexo com Heavy Metal”. Obrigado pela atenção.

 

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Matheus, redator musical por paixão, crocheteiro por profissão e fã de Stoner Rock e Doom Metal por falta de rumo na vida. Fã de Black Sabbath, Motörhead, e igualmente de Michael Jackson e Abba. Criador do selo Bruxa Verde Produções e da Brasil Chapado. No gods no masters.