Em sua décima sétima edição, o Otacílio Rock Festival reuniu um cast recheado de bandas que superaram as expectativas. Mesclando entre bandas conhecidas do cenário e bandas novatas que vem se destacando em seus subgêneros. Como de praxe, o festival manteve seu formato que sempre deu muito certo contando com headliners nos dois dias, já dizia o ditado: time que está ganhando, não se mexe.
Mais uma vez o evento se preocupou com todos os detalhes, desde acomodação, alimentação, bebidas e teve uma ajudinha com o tempo que mais uma vez cooperou com dois dias ensolarados para os fãs de Rock/Metal curtirem sem preocupações. Confira um resumo do primeiro dia e fotos das bandas:
Jhonny Bus | Heavy Metal | Lages/SC
Formada em 2012 e com uma pegada que sempre atende boa parte do público de eventos de Rock e Metal, a Jhonny Bus abriu os trabalhos trazendo um Hard Rock noventista para o palco. Entre algumas coisas que não entendo, uma delas é não ver a merecida atenção que a Jhonny Bus deveria ter, membros empolgados, vestimentas de acordo com a sonoridade e vocal bem casado com a proposta da banda, estamos falando de uma banda que está no cenário há pouco mais de uma década.
Em seu repertório recheado de músicas do seu último lançamento, o álbum Room of Souls a banda se preparou para um show 100% autoral e isso ganhou pontos incalculáveis comigo, eu admiro uma banda que vai ao desencontro do que é fácil e traz algo que realmente é artisticamente estimável, e óbvio que outras bandas do cast teriam repertórios autorais, mas quando falamos de uma banda local próxima ao evento, poucos teriam essa personalidade.
Fora o disco tocado na íntegra a banda fechou com um som que eu gosto bastante, que é o single de 2018, Shadow Walker, mostrando além de personalidade um amor e gratidão pela caminhada da banda até aqui. Em seu show a química entre os guitarristas era notável, nenhuma nota embolada e uma complementando a outra, baixo tocado com os dedos trazendo um som classudo conectado à uma bateria bem rítmica e incessante.
Acredito que ser a banda de abertura de um festival de dois dias, sempre é uma escolha difícil e a organização acertou, pois o evento começou com a vibe lá no alto, visto que os membros além de ter essa conexão tocando juntos, eles tem mudanças constantes de local do palco que para quem presta muito atenção, fica algo extremamente profissional.
Formação: Eclair (guitarra), Marcelo (voz), Antônio (bateria), Eduardo (baixo), Henrique (guitarra)
Review: Maykon Kjellin
Fotos: Maykon Kjellin
Cruciate | Death Metal | Florianópolis/SC
O tempo muitas vezes não é sinônimo de qualidade ou o coloca em um patamar mais alto do que outros do mesmo segmento. Uma das bandas com menos tempo de formação, é a Cruciate e estava em um palco muito importante pela primeira vez desde sua estreia e iniciou sua apresentação com uma intro muito chamativa e pesada, coisa que muitas bandas de mais tempo de estrada não fazem e deveriam pensar em fazer. A banda que levanta uma bandeira antifascista, hasteando de forma literal sua bandeira no palco e nas suas músicas, a banda traz um Death Metal com pitadas do Thrash e em alguns momentos é possível identificar algo do Crossover.
Quando subiu um vocalista e guitarrista de praticamente um metro e meio no palco, ninguém imaginaria que aquele portando um microfone a sua frente se tornava um titã berrando com total brutalidade as músicas da banda. Fora a sonoridade da banda que já é muito atrativa, é notório o quanto cada membro gosta do que faz e se diverte no palco sendo inquietos o tempo todo, Vinizin e Rubia não sabem se tocavam ou batiam cabeça, como é bom tocar um som que se você estivesse no público estaria bangeando, não?
Toda a apresentação foi um prato cheio para uma banda que dá seus primeiros passos no cenário do Metal e que contam com a experiência do Renan (ex-Oath of Persistence) marretando a bateria, para quem o viu destruindo no baixo é gratificante vê-lo em outro instrumento com a mesma intensidade. No público muito bate cabeça e em sua maioria, pessoas com as camisetas que a Cruciate estava lançando, que inclusive garanti a minha. Ai está uma banda para acompanharmos que pode evoluir ainda mais.
Formação: Rubia (baixo, voz), Renan (bateria, voz), Vinizin (guitarra, voz)
Review: Maykon Kjellin
Fotos: Maykon Kjellin
Toxic Rotten | Thrash Metal | Florianópolis/SC
A terceira banda a se apresentar, foi a Toxic Rotten, uma banda que tinha uma missão, colocar o público presente para iniciar as nossas queridas e belíssimas rodas punks ou “moshs”.
Para isso nada melhor que uma banda no estilo Thrash Metal à moda antiga, e claro não demoraram duas músicas para que o turbilhão de pessoas em frente ao palco começasse a emergir ao centro do galpão.
Uma tarde de calor intenso marcava o horário em que a banda se apresentava, então imagine que as coisas literalmente esquentaram, foi difícil de chegar perto do palco para poder apreciá-los, os presentes ali demonstravam estar sintonizados com as músicas que consequentemente eram seguidas, rápidas e energizantes.
Um detalhe que não interferiu o tempo de apresentação e muito menos a qualidade de sua apresentação, foi o afinamento realizado pela banda para conclusão das músicas finais, e falando em músicas finais, a banda encerrou com a música Raise Your Horns, e coincidentemente eu estava portando a minha “Horn” neste momento para levantar para cima, brindar com banda e com os demais presentes.
Formação: André (baixo), Mateus (bateria), Gustavo (guitarra), Bruno (voz)
Review: Gustavo Martin
Fotos: Maykon Kjellin
Eternal Knight | Heavy Metal | Caxias do Sul/RS
A primeira banda de fora a se apresentar foi a Eternal Knight, diretamente do nosso querido Rio Grande do Sul, o quarteto teve um pequeno leve atraso para iniciar, mas nada que foi resolvido de forma rápida e sem impactos nenhum para a performance que logo viria.
Trazendo uma proposta de um bom Heavy Metal Clássico, a banda gaúcha formada em 2019 e composta por rostos jovens, pode nos mostrar que idade não é parâmetro para representar o estilo mais conhecido do mundo do Metal e admirado por muitos.
Suas músicas trazem sempre um baixo presente na introdução que logo permite uma bateria cadenciada e uma guitarra que em conjunto com o teclado, dão ao vocalista espaço para aplicar uma variedade de tons e vozes nas suas músicas.
Ao final de sua apresentação, a banda tocou uma música que me chamou muita atenção, acredito que se chama: Dinossaur Stomp, espero não ter errado, mas digo aqui que foram muitos elementos e combinados harmonicamente que trouxeram uma atmosfera psicodélica, recomendo você ir ouvir enquanto lê esse relato, não irá se arrepender.
Formação: Gabriel(baixo), Alan(bateria), Júlio(guitarra), Christopher(teclados)
Review: Gustavo Martin
Fotos: Maykon Kjellin
Fusileer | Thrash Metal | Guarapuava/PR
Em continuidade as bandas de fora que estavam presentes no festival, chegou a hora da única banda representante do Paraná subir ao palco, mas antes de te contar como foi a apresentação, aperte-se o seu cinto de segurança, pois a banda quando iniciou sua apresentação, literalmente ligou um liquidificador a frente do palco.
Foram insanos moshs, do início ao fim, como sabemos bem, o Thrash Metal é um estilo que muitas bandas são formadas por três membros, isso nos traz umas músicas com pouco espaço para observar o que está acontecendo, é só seguir em frente e “bangear”. Foi uma quebradeira insana.
Durante a apresentação da banda tive que participar de alguns moshs, pois é um som contagiante, fora que a presença de palco do trio é convidativa a você se mexer, visto que o vocalista andava sobre as caixas a frente do palco para chegar mais perto do público.
Foi uma apresentação marcada por músicas rápidas que não nos dava tempo para descansar, algo de quem tem domínio sobre o estilo. Ao final da apresentação, a banda enalteceu e agradeceu a presença do público presente que participou ativamente.
Formação: Adilson (bateria), Fernando (guitarra), Chrystian (voz, baixo)
Review: Gustavo Martin
Fotos: Maykon Kjellin
Demophobia | Metal Punk | São Paulo/SP
A noite caia em Otacílio Costa e o festival seguia o seu curso normal, e a primeira banda a se apresentar no período noturno foi a banda diretamente de São Paulo, Demophobia.
Durante o dia, vi algumas pessoas utilizando a camiseta da banda, e isso me despertou a curiosidade do que iriam trazer aos palcos. E nas primeiras músicas já deu para perceber o “peso” do som que a banda quer transmitir.
A banda de Metal Punk manteve o clima fervente criado pela banda anterior, trazendo músicas no idioma Português com críticas sociais dos problemas que atravessam séculos a humanidade.
Músicas estas que variam a velocidade dos instrumentos, deixando os ouvintes conectados a cada riff ou solo explorados pela banda; fora que o palco para esses caras ficou pequeno, novamente tivemos outro vocalista andando em cima das caixas a frente do som e até mesmo a presença do público em cima do palco.
Ao final da apresentação, alguns fãs estavam ao lado do palco esperando para conversar um pouco com os integrantes da banda, mostrando o respeito e admiração pela apresentação, e pela banda que veio de longe para agregar ao cast do 17º Otacílio Rock Festival.
Formação: João (baixo), Arthur (bateria), Paulo (guitarra), Rafael (voz)
Review: Gustavo Martin
Fotos: Maykon Kjellin
Uganga | Crossover | Triângulo Mineiro/MG
A banda mineira UGANGA, ícone do crossover nacional e uma das headliners do evento, está realizando uma turnê pelo Brasil em comemoração aos seus 30 anos de existência, a Ganeshu Tour. A turnê incluiu uma apresentação na noite de sexta-feira, 07/03, no Ahoy! Tavern Club, onde estive presente. A banda se apresentou junto com a Enkrenka, Véi´Obrabo, e a banda Motim, em um belo esquenta para sua arribada oficial no palco do festival mais esperado pelos metaleiros de Santa Catarina, o Otacílio Rock Festival.
A UGANGA subiu ao palco com autoridade, entregando uma apresentação intensa do início ao fim, com a plateia cheia e uma energia descomunal. A banda foi recebida com moshs que se formaram rapidamente assim que os primeiros acordes ecoaram. Os arremessos não deram descanso no pavilhão do Otacílio, entre as músicas, Manu Joker, vocalista da banda, interagia com o público, sinalizando com o dedo para abrir novas rodas, e a galera atendia de imediato.
Com sua mistura única de Thrash Metal, Hardcore, Dub e outros estilos, a UGANGA sempre se destacou na cena nacional. Nesta apresentação a banda contou com a utilização de Sample em algumas de suas músicas, o qual foi um grande diferencial.
Antes do show da UGANGA, nós, d’O SubSolo, tivemos a honra de ser convidados pela banda para registrar alguns vídeos que farão parte do documentário comemorativo de seus 30 anos. A setlist da noite contou com faixas marcantes como Tem Fogo, com uma das melhores performances da noite, Nas Entranhas do Sol, A Profecia, Confesso, Fronteiras da Tolerância, assim como Servus, material pertencente a uma das fases mais antigas da banda (2019).
Formação: Manu Joker (voz), Vinícius Luz (guitarra), Igor Wallace (baixo), Joey Silva (bateria)
Review: Karla Sweden
Fotos: Maykon Kjellin
Mortticia | Heavy Metal | Porto Alegre/RS
Com um Heavy Metal que explora a nova onda do Metal Tradicional, a banda gaúcha Mortticia veio de Porto Alegre para nos trazer um som de respeito. Com influências de bandas consagradas do gênero, a banda incorpora um toque próprio ao estilo, mantendo o espírito do Metal Tradicional, mas com letras e temáticas atuais que abordam questões existenciais, políticas e filosóficas, refletindo a profundidade e a complexidade de sua sonoridade.
O quinteto gaúcho, também responsável pela organização do festival Morttfest, um dos eventos de destaque na cena rock e Heavy Metal de Porto Alegre, integrou o cast do maior festival de metal de Santa Catarina. Na setlist, apresentaram faixas como Limiar e Violence, do EP A Light in the Black, além de Mother, Hear My Words, Life is On, Ocean of Change e Plethora.
Em um momento que me chamou atenção, a banda trouxe uma versão do clássico da cantora Kate Bush, que ficou famosa recentemente no seriado da Netflix Stranger Things, a faixa Running Up that Hill. Com uma roupagem diferente, a música recebe bons riffs e mais peso em sua base. Com certeza um amante de Heavy Metal se salvaria de Vecna com essa faixa, ela ficou excelente executada ao vivo.
A Mortticia mantém uma presença ativa nas redes sociais, compartilhando novidades e interagindo com os fãs.
Formação: Guilherme (baixo), Lucas (voz), Lúcio (guitarra), Iago (guitarra), Doug (bateria)
Review: Karla Sweden
Fotos: Maykon Kjellin
Finita | Dark Metal | Santa Maria/RS
Como já é costume, a banda Finita iniciou seu espetáculo com um verdadeiro ritual de concentração, virando-se de costas para o público – uma bela maneira de anunciar: “Estamos aqui, é hora de prestar atenção.” Como já mencionei antes, a Finita é uma banda que dá aula sobre autoridade.
Com o pavilhão lotado e um público diverso, a headliner mais esperada da noite deu início à sua apresentação profana com a minha música preferida: Lucifer’s Empire. Donos de uma presença de palco incomparável, com uma performance teatral envolvente, a banda, hoje como headliner, é um grande exemplo de superação e conquista. A Finita demonstrou suas capacidades, sua forte presença na cena do metal e sua incrível evolução ao longo dos anos. Suas músicas mais recentes, mais amistosas e digeríveis, têm conquistado uma nova legião de seguidores.
Durante o show, a banda anunciou novidades em suas redes sociais, convidando o público a acompanhar o novo material e adquirir as novas camisetas disponíveis em sua stand de merch no Otacílio. A doce e carismática Luana Palma, antes de subir ao palco, dedicou um tempo para cumprimentar, tirar fotos e interagir com os fãs. Além disso, fez uma pausa no meio da apresentação para homenagear todas as mulheres pelo Dia Internacional da Mulher.
Entre as faixas executadas estavam: Lucifer’s Empire, Ascension, Aurora + Circle of the Damned, Doomsday, The Fall, Prophecy + Gates of Oblivion, além do mais recente lançamento da banda, Witch’s Laugh. Mantendo a energia do espetáculo e aproveitando os últimos resquícios do clima de Carnaval, a banda tocou uma música que classificaram como “bailável”, Quicksand. Para encerrar a noite com chave de ouro, Valsa dos Exumados foi a escolha final.
A apresentação se despediu ao som de um público eufórico, que, em coro, gritava: “Finita! Finita! Finita!”, demonstrando todo o carinho e reconhecimento à banda.
Formação: Allison (baixo), Portela (guitarra), Guilherme (teclados), Luana (voz), Pablo (bateria)
Review: Karla Sweden
Fotos: Maykon Kjellin
Vulture | Death Metal | Itapetininga/SP
Em sua pesada apresentação a banda iniciou o show com um breakdown extremamente pesado, a banda conta com 2 guitarristas, baixista, vocalista (que também é guitarrista) e baterista. Uma das influências que a banda me deixa aparente é da banda Hypocrisy, os caras possuem uma presença de palco absurda; em vários momentos do show o baixista troca de lugar com um dos guitarristas deixando o clima do show mais interessante e confortável. Um dos guitarristas toca com sua guitarra bem pra baixo deixando a estética muito mais interessante.
O som é contagiante e eu pude ver o público surtando com os riffs da banda, em certas partes do show os 3 integrantes batem cabeça de forma sincronizada. A banda deixa aparente para o público que são bons no que fazem, e trazem aquela energia do Death Metal brutal com algumas pitadas de Death dos anos 90.
Após o show os integrantes pareciam estar super confortáveis curtindo o rolê e socializando com o público, que imediatamente foram falar com a banda após o show. A banda lançou seu último trabalho em 2024 que foi o single Flames of Atheism, Eles voltarão para Santa Catarina no Laguna Metal Fest, evento que acontecerá em 26 e 27 de julho, no Clube do Campo, na cidade de Laguna/SC.
Formação: Mateus (baixo), Adauto (guitarra), Yuri (guitarra, voz), Fabio (bateria)
Review: Rubia Domeciano
Fotos: Maykon Kjellin
Neófito | Death/Doom Metal | Lages/SC
A banda Néofito formada em Lages (SC) na maravilhosa Serra Catarinense, inicia o seu show com a energia de quem já toca a tempos e trazendo aquela essência do Doom Metal. Composta por 2 guitarras, baixo, vocal (que também é guitarrista) e bateria, possuem uma influência de Doom Metal com Death Oldschool dos anos 80; poderia citar que uma das músicas tinha bastante influência de Bolt Thrower. A banda deixou adesivos em cima das caixas de som para o público pegar, eu como uma boa apreciadora de Doom/Death achei que a banda supriu todas as minhas expectativas como ouvinte.
Todos os integrantes possuem uma boa presença de palco e o guitarrista solo consegue mandar muito bem na sua responsabilidade, os riffs criam uma atmosfera lenta típica do Doom Metal mas logo já somos surpreendidos com um vocal Death Metal que combina muito bem com a temática. A banda teve seu último trabalho lançado em 2023 álbum chamado Eternal Suffering, a banda já possui uma trajetória na música e já tocaram na famosa Festa do Pinhão (Festival em Lages) , Ao final do repertório o baterista foi para o teclado para tocar a música The World Is Crashing Down, que deixou todo o público de boca aberta. Eu encerro dizendo que essa banda me impressionou bastante por trazerem algumas influências do Death Oldschool, coisa que é difícil de vermos hoje em dia.
Formação: Guilherme (bateria), Rafael (voz, guitarra), Rafael (guitarra)
Review: Rubia Domeciano
Fotos: Maykon Kjellin
Hate Spectrum | Thrash/Deathcore | Rio de Janeiro/RJ
Pegar a responsa de meter uma resenha de show que vem logo após um clássico catarinense, não foi coisa fácil não. Mas agradeço porque me dá oportunidade de presenciar ao vivo bandas que a gente acaba conhecendo o som apenas pela internet, quando procuramos sons novos do nosso imenso país.
Confesso que estava curioso de conhecer ao vivo essa banda carioca, e os caras não deixaram o nível do festival cair, pelo contrário aumentaram o nível, e socaram os tímpanos presentes com um metal potente, rápido pesado e nervoso.
Quando a gente percebe o pessoal na frente curtindo uma banda que é novidade no nosso estado, eu fico bem feliz e realizado. Confesso que já havia passado certa vez por um vídeo da Hate Spectrum com a participação do Marcelo Vasco (Troops Of Doom), e ali já estava um pouco antenado na banda.
Mas aí começa o show e chega o vocalista (Eder) metendo pressão com um vocal poderoso, cheio de raiva, que já me chamava atenção faz tempo, e pelo jeito, chamou atenção de mais gente. Percebi a animação do público na frente do palco em não deixar a energia cair. Bateria extrema, acompanhando na velocidade exata os riffs de guitarra.
Me prendeu muito o nível de entrosamento da banda com uma execução precisa, e com energia de um som ríspido, próprio e pesado como tem que ser. Reconheci algumas músicas que já tinha escutado, e se não estou enganado me chamou atenção World Demise e Worms.
Além do Eder no vocal a banda ainda conta com: Anah (baixo), Romulo (bateria) e Wendell (guitarra). Ótima escolha para o festival! para uma banda recente, o som tem muita personalidade.
Formação: Eder (voz), Anah (baixo), Romulo (bateria), Wendell (guitarra)
Review: Frank Rodrigues
Fotos: Maykon Kjellin
Voorish | Black Metal | Florianópolis/SC
A banda Voorish, natural de Florianópolis(SC) iniciou seu show pelas 02:50 da manhã, Iniciaram o show com a música Pray, onde estavam no palco baterista: guitarrista e baixista, um pouco antes de começar as primeiras frases da música o vocalista sobe no palco, trazendo uma energia de peso do Black Metal muito interessante, eu deixo em ênfase que a banda não é aquele Black Metal reto sem cadências, a música do inicio do show por exemplo tem várias pegadas do Black Metal Atmosférico podendo ser uma banda que o público consegue interagir e bater cabeça enquanto o show acontece.
Um ponto importante citar, que alguns riffs da banda possuem uma influência da banda Satyricon; outro ponto interessante é que a banda fez sua estreia com o novo guitarrista (Dolorthornus) que inclusive dominou muito bem o instrumento. Todos na banda tocam com o famoso Corpse Paint, porém pinturas diferentes.
Um dos pontos que chama a atenção é o baterista tocar de capuz, o que muitas vezes pode atrapalhar e no fim é um acréscimo. A banda possui muita presença de palco e muito entrosamento como se já tocassem a anos juntos. Não por menos, a banda tem uma agenda cheia pela frente passando pelo Maratona Cultural na capital catarinense no Célula Showcase, no Immortal Butchers e no Laguna Metal Fest, então, teremos mais oportunidades de ver mais sobre a banda.
Formação: Scepticismi (baixo), Umbra (bateria), Devil (voz), Dolorthornus (guitarra)
Review: Rubia Domeciano
Fotos: Camila Lima
Apesar de ter sido um pouco cansativo, até ás 03h00 da madrugada de sábado para domingo o público marcou presença em frente do palco para acompanhar todas as bandas, mostrando como o público do evento é verdadeiramente fiel. Nenhuma banda tocou com baixo público e todas esbordaram energia se conectando com o público que as acompanhavam, algumas mais e outras menos, mas todas numa dosagem interessante de acompanhar.
Para quem fica no front cobrindo e acompanhando detalhe por detalhe, é gratificante ver um trabalho de muitos anos tendo êxito e a cada edição fica sempre um gostinho de quero mais. O sentimento de estar em um evento como o Otácilio Rock Festival, é diferente e assim encerramos o primeiro dia do evento.