Início Cobertura de Eventos Cobertura: Festival Necrocamping’24 (Balneário Barra do Sul/SC) | Parte 2 – Sábado

Cobertura: Festival Necrocamping’24 (Balneário Barra do Sul/SC) | Parte 2 – Sábado

Tudo pronto para o segundo dia de acampamento e muito metal. Se você ainda não viu a primeira parte, clique aqui e veja tudo o que aconteceu no primeiro dia do fest.

Enslaver

Foto por Sidney Oss Emer

A banda que integrou o lineup de última hora em função da impossibilidade da apresentação da Desperate Soul, não deixou nada a desejar, e deu início ao segundo dia do evento não dando a menor possibilidade de sono tranquilo para os que ainda repousavam em suas barracas. A mistura entre velocidade, técnica e brutalidade manteve o público entretido entre bangs e rodas, expondo a sinergia instaurada pela banda através de um Thrash Metal enraizado e sem frescura.

Com letras brutas de protesto, exposição política e críticas sociais à violência no Brasil, a banda agora em trio, executa de forma visceral riffs marcantes que parecem a mão estendida de um velho sábio, indicando a hora de entrar os moshs, que logo se transformavam em porradaria acompanhada da bateria frenética e vocais agressivos.
Por: Sidney Oss Emer

 

Precipício

Foto por Sidney Oss Emer

A banda de Death Metal surgiu na metade do ano de 2019. Na época um quarteto, Todos músicos experientes, e com uma fascinação em comum, o Death Metal. A banda que iniciou como um “Teste”, durante a pandemia acabou dando muito certo, e foi durante esse período que conseguiram fazer o lançamento de alguns materiais, incluindo um videoclipe.

O Precipício após algumas mudanças na sua formação decide pegar para valer. o Alex Rodrigues – Batera, Joy Batista – Baixo, Felipe Silva – na guitarra e vocais, (todos de Rio Negrinho) estiveram neste final de semana marcando presença no festival e colocando todo mundo no clima. Com poderosos Riffs e um som avassalador a banda quebra tudo. Hoje com dois materiais gravados, se encontra trabalhando em um novo material, com previsão para ser lançado no segundo semestre deste ano.

Setlist: Intro Palavras de Maldição – Precipício – Secretum Secretorum – Saber, Querer, Ousar, Calar – Terror Eterno – Nefastas Alquimias – Pensamentos Mórbidos.
Por: Karla Sweden

 

Bomba no Porão

Foto por Sidney Oss Emer

Com uma setlist de 16 pedradas, Bomba no Porão a banda provinda de Rio Negrinho, subiu ao palco do Necrocamping sem muita firula, mandando o seu recado de forma direta e fiel às raízes do puro HC, e metaforicamente, incendiando o Necrostage.

Observando as respostas do público, destaco aqui Pequenas Igrejas, Grandes Negócios, Edegar Maluco e Morar no Bar como os hinos que representaram o seu show, equilibrando o protesto às mais variadas irregularidades sociais do nosso país e o retrato do brasileiro médio.

Com mais de 20 anos de estrada a banda segue mostrando porque é um nome respeitado na cena Underground, conectada com o público e reafirmando a relevância do Hardcore no cenário atual.
Por: Sidney Oss Emer

 

Divulsor

Foto por Sidney Oss Emer

Bruno Schimidt de Curitiba, um músico multi- instrumentista que traz uma proposta  na cena da música extrema como “one man band ” – especificamente Brutal Death Metal.  O paranaense resolveu seguir o seu trabalho em Solo, criando seu projeto intitulado de Defiled Corridors Of Ruptured Oblivion, lançado pela Sevared Records (USA), e no formato digital a cargo da Sangue Frio Records (BR). levando o músico a dividir os palcos com renomadas bandas do metal brasileiro.

Gravando todos os instrumentos, fazendo a mixagem e masterização, chega com peso e agressividade para detonar nos palcos do Necrocamping, o ‘Bruno’ sabe como encaixar todos os elementos de forma bem dinâmica e elaborada, e, o resultado esperado não poderia ter saído melhor. Uma apresentação carregada de brutalidade e técnica impecável.

Setlist: Lascivious Repletion – Perfidious Spectrum of Human Deeds – Excavation for an Oracular Response – An Unfavorable Omen –  Absorbed in a Vacant Body – Derailment of Dimensions – Volcanic Discipline – Conflagration of your Unit.
Por: Karla Sweden

 

Oath of Persistence

Foto por Sidney Oss Emer

A banda Oath of Persistence traduz exatamente o que músicos entrosados podem apresentar com qualidade ao público em termos de música, com forte aparecimento na cena underground catarinense, o trio representado por Christopher Abel na guitarra e vocais, Renan Uller no baixo e Diogo Marostica na bateria, trouxeram uma experiência única aos entusiastas de um bom metal pesado trazendo em suas músicas temas como horror cósmico, ficção cientifica e distopias.

No auge do meio-dia, a banda realizou uma apresentação altamente performática aos presentes através de riffs extremamente rápidos e brutais (algo muito bem explorado pela banda). Sabemos que este é um horário concorrido com o famoso “horário do almoço”, mas isso não foi impeditivo para que a plateia chegasse aos poucos para apreciar tal performance.

A setlist apresentada traz músicas do álbum Fear of the Unknown que é composto pelas faixas: Fear of the Unknown , Provenance of a Dystopia, Queen of the Swarm, The Awakening, Arrival, Chronicle of Absolution, Through the Painting, At the Gates of R’lyeh e Whisper of the Wolf.
Por: Gustavo Martin

 

Alkila

Foto por Sidney Oss Emer

O público presente ainda envolvido na atmosfera musical criada pela banda anterior mal teve tempo de respirar, logo em seguida novamente haveria outra apresentação digna de bater cabeça.

Formada pelo quarteto Renato Lopez na guitarra e vocais, Jaison Junior na guitarra, Rafael Spilere no baixo e Gustavo Oliveira na bateriam, mantivera os apreciadores de um bom thrash e death metal atentos e conectados a sua apresentação.

Destaco aqui que realizaram uma performance altamente conectada entre os integrantes da banda, de forma a apresentar um set list recheado de músicas que representam bem o que o público underground gosta de ouvir.

O repertório apresentado pela banda contempla as seguintes faixas: The Dead Call My Name, Madness, Systematic Murder, Corruption, Hated By Hate, Infernal Hunter, Scorched Land, Ashes Of This World, Church Of Ignorance e Arise. Faço aqui a menção ao signle Madness que marcou o retorno da banda em 2022.
Por: Gustavo Martin

 

Hauser

Foto por Sidney Oss Emer

Hauser, vindo de Jaragrind é sem dúvida um dos maiores representantes do Grind nacional, é um grande orgulho para nossa cena catarinense ter um nome com tanta força. E força é a palavra principal pois eles demandam uma energia que vem do palco para o público que faz com que o circle pit se forme automaticamente, os vocalistas Jean e Eduardo alternam vocais mais gritados para outros urrados com uma sincronia impressionante e como é natural de suas apresentações fizeram um show rápido e brutal o palco fica pequeno para as demonstrações sonoras de críticas sociais que vemos em Messias, Morte por Perdão, (Des)razão.
Por: Harley Caires

 

Tressultor

Foto por Sidney Oss Emer

Em grande ascensão na cena do underground catarinense, o trio formado por Hans Neto no baixo/vocal, Renahn Grosch na guitarra/vocal e Lucas Cruz na bateria, durante a tarde do segundo dia do Necrocamping fizeram o que sabem de melhor, uma apresentação arrepiante e super energizada, trazendo o que o melhor do thrash/death metal pode oferecer ao público presente.

Foram incontáveis moshs durante toda a apresentação da banda que combinados aos riffs acelerados e um percussão agressiva e ao bordão Deus Não Está Aqui Hoje que antecede a música O Ateu, resultaram em uma atmosfera brutal. Algo que me admiro com esta banda é justamente a sua interação com o público durante o show, sempre os trazendo para perto do palco.

A banda trouxe como setlist para a sua apresentação as seguintes músicas: Epidemia, Mande a Merda, Tenho um Nome a Zerar, Juarez, O Ateu, Cheiro de Cão, IML, Dieta, Sentinela, Direção e Empadinhas.

Vale mencionar que a música Cheiro de Cão e mais dois singles, serão gravados em estúdio dia 30 de maio de 2024 e serão disponibilizados nas plataformas oficiais da banda.
Por: Gustavo Martin

 

Cülpado

Foto por Sidney Oss Emer

Como de costume, antes de qualquer festival eu sempre gosto de criar uma playlist das bandas que irão tocar, quando escutei algumas faixas da banda CÜLPADO simplesmente fiquei abismado com a qualidade musical apresentada, isso me gerou uma grande expectativa em realizar tal cobertura, e sim, posso te afirmar que todas as minhas expectativas foram atendidas do início ao fim do show e até além disso.

O trio curitibano formado por Jeff Verdani no baixo e vocals, Kevin Vieira na guitarra e Allan Carvalho na bateria realizaram a sua apresentação no meio da tarde do sábado, mostrando ao público as verdadeiras essências do Thrash e Death Metal com riffs pesados de guitarra acompanhados de um baixo rítmico e uma bateria extremamente veloz.

A banda fez a apresentação do álbum Romper da Realidade que retrata crimes reais e aborda temas como morte e mutilação, sendo composto pelas seguintes faixas: Romper da Realidade, Cortejo Fúnebre, Maníaco Maldito, Picadinho, Loucura a Dois, Canibais de Garanhus/Screeches, Pipoca Sangue e Pólvora, e por último Mato por Prazer.
Por: Gustavo Martin

 

Hereticae

Foto por Maykon Kjellin

Existem bandas que são necessárias para o cenário underground. Bandas que entregam muito mais do que uma performance no palco, e cumprem o papel de espalharem mensagens e pensamentos em forma de som potente e imersivo. Descendo de Londrina/PR, para os palcos catarinenses, a Hereticae veio para propagar suas raízes e contar suas crenças e ideais através de um Black Metal que cativou o público presente no segundo dia do festival.

O grupo fazia questão de contextualizar suas canções, dando ainda mais peso a elas com as histórias do povo indígena e latino-americano, suprimidos pelas invasões europeias em séculos passados, afinal, como enfatizado na apresentação: a história da América Latina é uma história escrita com sangue, e por isso, canções como Tupamara, Ecos do Atlântico e A Cruz e a Águia foram mais do que trilhas de vocais guturais ou guitarras com riffs e solos marcantes, e sim, gritos de resistência e batalha frente à constante tentativa de apagamento do verdadeiro passado latino-americano.
Por: Vini Saints

 

Losna

Foto por Maykon Kjellin

Existem bandas que envelhecem como vinho, mas é justo dizer que Losna fica mais letal enquanto embalsamado em um corrosivo veneno. E desta vez, o que vi foi uma apresentação muito mais furiosa do que já vi de apresentações anteriores. Isso tinha um motivo: o angustiante mês de maio para o Rio Grande do Sul, terra que Losna orgulhosamente representa Brasil afora, pesou as mentes, alma e coração do trio de Thrash Metal porto-alegrense.

Atravessar a estrada entre os estados fez a banda subir no palco do Necrocamping com um peso adicional, e isso refletiu na entrega das irmãs Débora e Fernanda, que conduziram uma set-list com trilhas novas, como Nosferatu, e clássicas, como Slowness, e ainda mais na bateria massiva de Mateus, que fez um show extremamente energético com as baquetas e parecia colocar todo o sentimento do povo gaúcho no instrumento. Foi um show justamente aclamado e com mosh pits incessantes, faixa após faixa, onde todos foram amargamente intoxicados pelas mordidas dos riffs de Losna.
Por: Vini Saints

 

Ereboros

Foto por Maykon Kjellin

Já conhecia o Ereboros, mas nunca tinha conseguido ver o show deles ao vivo e já sabia que era matador e brutal. Uma das coisas que gosto de ver qualquer banda de Death Metal, o Ereboros tem de sobra que é: feeling.

Victor Mendonça para mim é um dos bateristas mais criativos dentro do Metal nacional, ele consegue adicionar muita técnica, feeling e muita criatividade em qualquer música. Ao contrário do que muitos preferem fazer linhas mais viscerais e retas com viradas fortes, o Victor consegue simplesmente criar algo ainda mais pesado com o prato de condução e sua técnica com pedal duplo. A banda em si é um time muito bom, uma presença de palco incessante e que consegue fazer a galera entrar no clima do que apresentam, é difícil ficar parado, dava até medo ao segurar nossa câmera no meio do público. Para quem quer conhecer um pouco mais da banda, recomendo a apresentação deles no icônico Canal Scena, é viciante.
Por:  Maykon Kjellin

 

Orthostat

Foto por Vinicius Saints

Após a apresentação da banda Orthostat, brinquei com o colega aqui d’O SubSolo, Sidney Oss Emer, que iria colocar no texto da cobertura uma simples frase e objetiva “Show perfeito e ponto” de tão boa foi a apresentação da banda.

O grupo de Jaraguá do Sul/SC desta vez com a line-up completa com a volta do guitarrista e vocalista, David Lago, que não esteve presente no 11º Bob Rock Festival por motivos pessoais, o guitarrista/vocalista em conjunto com Eduardo Rochinski no baixo, Igor Thomaz na bateria e Rudolph Hille na guitarra, iniciaram a sua apresentação no início da noite do segundo dia de festival.

Como de costume, durante a performance da banda criava-se uma atmosfera única e sobrenatural que todo fã de Death/Doom metal fica envolvido. Essa mesma atmosfera a cada música era alimentada de guturais densos e carregados, riffs de guitarras rápidos alternados com riffs lentos, grooves de baixo profundos e pesados, e de uma bateria sincronizada com as guitarras durante riffs lentos, porém muito agressiva e cortante o tempo todo.

A setlist apresentada conteve as seguintes faixas: The Heat Death, Nothingness, Entropy, Hydrogen, Qetesh, The Will Of Ningirsu, Chemistry, Gravity e Ambaxtoi. Faço aqui a menção das faixas: Ambaxtoi que durante a sua execução, o vocalista conduziu a plateia a realizar o famoso “Wall of Death” e da música The Will Of Ningirsu que teve um videoclipe gravado durante o evento e publicado no instagram da banda @_orthostat e do evento @necrocamping.
Por: Gustavo Martin

 

Cäbränegrä

Foto por Maykon Kjellin

Uma banda que por causa do Renan Augusto (guitarrista) virei fã incondicional da banda. Começamos pelo diferencial da banda que é um trio, mas sem baixista, contando com Roger Loss na bateria, Brudo Reichert nos vocais e o guitarrista anteriormente mencionado. A banda tem uma técnica muito diferenciada, principalmente quando o Renan entra em ação e ninguém consegue enxergar sua mão de tão rápida é a frente as guitarras, com sua postura curvada que se mexe ao mudar ou parar a distorção em meio às músicas, o Cäbränegrä traz poucos segundos para respirar, sendo uma avalanche sonora atrás da outra.

Os vocais do Brudo são bem complexos e extremamente pesados enquanto o Roger quase desintegra na bateria devido a intensidade da bateria em cada música. A banda está sempre tocando fora de SC e não é difícil imaginar os motivos, a banda é muito preparada para grandes eventos da música extrema.
Por: Maykon Kjellin

 

Manger Cadavre?

Foto por Maykon Kjellin

Está aí algo que eu não via a hora de acontecer. Sempre me senti próximo da banda, tanto pela sua abordagem e temática, quanto pelos membros serem “gente como a gente”. Tenho um carinho imenso pela Nata e ver ela como front ao vivo pela primeira vez, foi muito significativo. A presença de palco é insana, difícil até bater foto porque ela não fica parada de jeito nenhum e quando conversa com a galera é a coisa mais natural do mundo.

A passagem de som da banda foi de longe a mais profissional, pela maneira como se comunicam entre si e falavam com o pessoal da sonorização. As músicas são ácidas e incessantes, o timbre da guitarra é muito mais brutal ao vivo, assim como o baixo fica estridente e pulsa nos tímpanos a todo momento. Às vezes fica até difícil entender como uma banda em quarteto e sem um segundo guitarra consegue entregar tanto peso, mas aí vem uma das respostas, o bumbo tem uma pressão muito pesada e acaba que no fim, todos do Manger se completam.

Quando assistimos as bandas que gostamos ao vivo, passamos por uma sensação de dever cumprido ou até mesmo sonho realizado, e se tratando da Manger essa foi minha real sensação, de estar vendo uma banda que eu gosto muito e fiquei feliz de poder conversar com quase todos da banda. Fica aqui um registro da humildade de todos da banda e não é por menos que estarão em turnê pela Europa com direito a participarem do lendário Obscene. Desejo sempre o melhor para esses amigos e que show, me deixou quebrado!
Por:  Maykon Kjellin

 

Cemitério

Foto por Sidney Oss Emer

Quem está no cenário, conhece Cemitério, é impossível que não. Quem estava no Necrocamping e não conhecia a banda deve ter ficado apavorado, sendo a única banda que quase não conseguimos tirar fotos devido ao descontrole geral do público acompanhando a banda, foi mosh do começo ao fim, sem exagero. A banda traz uma sinergia fora do comum no palco e os anos de estrada do grupo fica notório o entrosamento entre todos..

Para quem gosta de filmes de terror, o Cemitério é uma banda que além de dispensar apresentações, vale ressaltar a temática e enfatizar que suas músicas são cantadas em português inspiradas em filmes de terror, sem falar que conta com a lenda Hugo Golon. Foi um dos melhores shows do Necrocamping sem dúvidas.
Por: Maykon Kjellin

 

Flageladör

Foto por Maykon Kjellin

Se pudéssemos caracterizar o que seria uma verdadeira ode ao Heavy Metal, precisaríamos de alguns elementos: letras que louvem este estilo de vida, músicas que aderem à contra-cultura, um visual que chocasse ao cidadão de bem, uma presença de palco totalmente sinergizada ao som, e um vocal gritado, com riffs lacerantes ao fundo e uma bateria frenética dando marcha acelerada a tudo isso. Em síntese, isso é Flageladör, que trouxe para Santa Catarina um verdadeiro “culto aos decibéis”.

O repertório teve espaço para rememorações a hinos como Assalto da Motosserra, Perseguir e Exterminar, Missão Metal e Nas Minhas Veias Corre Fogo, bem como uma participação especial no fim para homenagear a lendária banda Battalion, que também está na linha de frente da guerrilha pela sobrevivência do Metal, provando que “somente o aço irá salvar” a cena.
Por: Vini Saints

 

Amazarak

Foto por Maykon Kjellin

Conhecia pouco sobre a banda, mas foi uma grata surpresa ter sido escalado para acompanhá-la. Logo que me aproximo ao palco, vejo uma foice daquelas pequenas para soj,a toda enferrujada em cima do palco, fiquei até com receio de ficar a frente fazendo as fotos (risos). O vocalista Cavalo Bathory tem uma presença de palco incrível, sendo um cara totalmente a imagem de uma banda de Black Metal tanto pela sua característica, como pela sua atitude.

A banda é bem interessante, pois mescla Black e Thrash Metal com maestria. As músicas trazem rituais sonoros do Black mas intercalam logo para a visceralidade do Thrash com maior acidez. O mais incrível foi ver que o público mesmo cansado, se doou muito para curtir o show dos caras que foi intenso do começo ao fim, desde sua mudança de palco e o que fizeram presente nele, mostra a experiência da banda que está desde os anos 90 no cenário.
Por: Maykon Kjellin

 

Spiritual Hate

Foto por Maykon Kjellin

Envolvendo o público em um ritual ao obscuro, a primeira passagem de Spiritual Hate por Santa Catarina foi uma performance que fez jus a espera de muitos que clamavam pela vinda dessa já lendária banda de Black Metal. Desde o início, fomos inseridos em uma profania sonora, colocando-nos de frente para um quarteto que, faixa após faixa, entregou uma heresia brutal em forma de músicas violentas, rápidas e naturalmente construídas sobre chamas. A apresentação foi um vôo com “Asas negras ao longo das eras” do Spiritual Hate, cruzando canções de seus primeiros lançamentos com novas composições, presentes no EP Malvm Perpetvm, lançado neste ano, como Merciless and Abyssal. Não havia forma melhor de conduzir o Necrocamping para suas últimas horas da noite se não com um apresentação diabólica, capaz de evocar as trevas mais densas que habitavam cada presente para cultuar essa banda e sua obra.
Por: Vini Saints

 

Evil Corpse

Foto por Maykon Kjellin

Depois de uma sexta-feira insana e um sábado bem pesado com um cast com bandas bem escolhidas, o Evil Corpse teve a difícil tarefa de encerrar a noite e já era de madrugada praticamente. Já presenciei outros festivais em que muitas bandas não seguram público até tarde, mas a Evil Corpse segurou muita gente e ao chegar no palco foi visível que não só segurou como o pessoal fez parte do show. Os vocais viscerais e os riffs matadores, não deixavam ninguém parado e ainda naquelas alturas ainda rolava muito mosh para todo lado.

O vocal tem uma voz muito grave e alcança notas sinistras que era de tremer os falantes dos PA’s a frente do palco, as cordas da banda traçam linhas bem intensas de riffs e grooves que destacam a classe de um Thrash bem executado e que muitas  vezes senti umas pitadas do Heavy. A banda que aborda letras politizadas que é a base do cenário Metal de se posicionar nos dias atuais. Uma banda muito boa que comecei a acompanhar.
Por: Maykon Kjellin

 

Mais um dia concluído com sucesso, restando agora apenas o domingo para deleite e ao mesmo tempo, tristeza dos headbangers.

Confira aqui a parte 3 da cobertura, falando sobre tudo o que aconteceu no domingo!

Especialista em cybersegurança, acordeonista e tecladista. Entusiasta de fotografia, já foi fotógrafo e redator nos projetos Virus Rock e Opus Creat. Não limitado a um subgênero do metal, tem como preferências: folk metal, doom/sinfônico, death metal, black metal, heavy metal. Gaúcho de coração, valoriza a cultura tradicionalista gaudéria, a qual inspira suas composições nas bandas em que toca. Interesses globais: Música, ciência, tecnologia, história e pão de alho.