Berro Mote rejuvenesce a cena do interior de São Paulo com seu Grind-Hardcore.
Muitos dizem que o rock envelheceu mal, que virou coisa de velhos conservadores, que exalam preconceitos aos quatro ventos. De fato, há pouca renovação com bandas com pessoas com menos de 25 anos. No entanto, a banda do interior paulista, Berro Mote, quer incentivar que a molecada volte para o gênero e criem suas próprias bandas e ocupem os espaços.
Agora em 2020, eles lançaram o EP “Jornal Policial”, que conta com cinco faixas que exalam o descontentamento com o sistema de uma geração abandonada e que tem muita consciência. O trabalho teve captação, mixagem e masterização por Thiago Roxo (Lo-fi Punk Rock) e arte de capa pelo Gabriel Rodrigues.
“Bom, não vivemos só de músicas extremas. Eu estava ouvindo muito Belchior e lendo a respeito sobre a vida e os poemas de Torquato Neto. O “Berro” vem de uma citação de Torquato quando ele fala que as pessoas precisam berrar (E fique sabendo: quem não se arrisca não pode berrar. Citação: “Leve um homem e um boi ao matadouro. O que berrar mais na hora do perigo é o homem, nem que seja o boi. Adeusão.” Já o “Mote”, que é muito popular nos cordéis, ficou por conta do primeiro álbum de estreia de Belchior, “Mote e Glosa”, onde seus primeiros poemas curtos viraram canções. Nossas letras são curtas e berramos, por isso Berro Mote.” Explicação do vocalista João Neto em entrevista ao blog O Colecionador.
Infelizmente, a pandemia do Covid-19 abortou os planos da banda, que estava engatilhando uma turnê por diversas cidades do estado de São Paulo. No entanto, essa pausa forçada não os desmotivou: eles seguem ativos, produzindo conteúdo digital, porém na ânsia de que uma vacina seja efetiva para que possamos voltar ao bom e velho underground como ele é: faça você mesmo na prática!
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