Quando iniciamos o projeto d’O SubSolo, tínhamos em mente dar dicas para algumas bandas, afinal, a maior parte dos colaboradores do portal, são músicos e a o mesmo tempo, temos a visão como mídia/imprensa também. A correria atrapalha um pouco o foco do trabalho, não o tira completamente pela paixão em escrever e auxiliar as bandas do nosso cenário. Só que na correria do dia a dia, abrimos mais de dez fanpages e é desanimador ver que mais da metade não tem um release naquela parte de “sobre” nas redes sociais da banda e o que acontece? Fechamos a aba e partimos para outra banda. Sim, se sua banda não tiver um release na fanpage, isso lhe prejudicará em questão de matérias.


Antes de tudo, pegue uma xícara de café. Pegou? Vamos lá!
A primeira coisa de todas é uma pergunta sensata. Você sabe o que é release? 

– O “release” ou se você quiser aportuguesar a “biografia” de um artista, é uma ferramenta importante de divulgação, ele só perde em importância para o set mixado e a foto (antes de ler o texto a pessoa vê a imagem, obviamente).


O que não pode acontecer na formatação de um release?


As duas principais coisas que não pode estar em seu release são: Erros e ortografia e escritas em CAIXA ALTA.


Erros de ortografia: sabemos que a maior parte dos brasileiros tem dificuldade em apresentar uma ortografia 100% correta, admito, eu também tenho essa árdua deficiência. A dica é usar de plugins e corretores ortográficos que os próprios browsers nos fornece, e claro, muita pesquisa ajuda também, tem dúvida em alguma palavra? Pesquisa no google.

Caixa alta: a caixa alta, ou o capslock, caracteriza que você “está gritando” em meio as palavras digitadas, fora isso, demonstra talvez um certo “desespero”, tem dificuldade? Peça ajuda!


Quatro dicas valiosas:

01) Não minta: concordo que citar que tocou com banda tal ou a outra banda lá, talvez não agregue em nada em seu release, mas mentir que tocou com alguma banda famosa, pode arruinar o nome da sua.


02) Não enrole: não precisa encher linguiça no seu release, faça o arroz com feijão.

03) Não traga informações inúteis: certa vez li um release que a banda citava que em uma apresentação, atiraram um objeto (que não citarei que objeto é) no palco e a banda usou para fazer o show. Por favor, não!

04) Mantenha-o atualizado: quase tão pior quanto não ter release é apresentar um com informações desconexas com o restante apresentado nos dados da banda. Cria-se uma confusão em quem está tentando formar o material para apresentar a banda, o que por vezes resulta em ausência de referências importantes. Se mudou um integrante, lançou um trabalho, atualize o release!


Seu release deve responder quatro perguntas:

– Quem é sua banda? Citar a formação da banda, ano, cidade e por qual motivo.

– O que busca com a música? Uma breve descrição do que a banda procura junto de todos os integrantes na música.

– Quem faz parte do projeto e quais suas funções? Citar alguns lugares por onde já passou, quem são os integrantes e quais objetivos já foram alcançados.

– Quais são as vantagens competitivas da banda? Simplesmente estar no mercado não é o bastante. Você precisa efetivamente comunicar por que você ou o seu projeto é diferente e quais são as suas vantagens competitivas.



Confira o release d’O SubSolo como exemplo:

Tudo começou em um outono chuvoso em meados de 2013, mais precisamente no mês de Outubro do ano citado. O projeto naquela época tinha recebido o nome de “Submundo”, diversos logos desenhados e nada ficava legal ou apresentável, melhor falando. A vontade queria que desse certo, mas havia sinais de que não era a hora, o nome não soava bem, as logos não ficavam bacana e os layouts do blog mudavam todo dia e nenhum se encaixava no que estava desenhado ou melhor, imaginado. 

Maykon Kjellin tinha na época vinte e um anos, já era baterista da Doctor Jimmy (naquele tempo apenas uma banda de Classic Rock e não era autoral), o incentivo de amigos contou muito para que não desistisse de lançar o projeto, por um grande incentivo da A Hora Hard (maior mídia independente catarinense) e dos amigos de banda, o sentimento de que o projeto deveria sair logo do papel só esquentava e nunca houve desistência, apenas cuidados e o planejamento de lançar na hora certa.

Chegando na metade do ano de 2015 e com a vida já mais organizada após a mudança de cidade (pois em 2013 acabava de chegar em sua cidade nova), Maykon Kjellin resolveu voltar com força total visando lançar o projeto naquele mesmo ano. Quando a tentativa de registrar algum domínio personalizado com o nome de “Submundo” não deu certo, precisava procurar inspiração para um nome impactante, fácil de lembrar e que não fosse um nome longo. Enquanto a mente quase saindo fumaça de tanto pensar, um estalo do nada e a pesquisa por “O SubSolo”, eis que o único domínio disponível era “osubsolo.com”, em um único dia o nome estava escolhido a logo, estava criada e o layout estava pronto, durante dias o trabalho foi enviar mensagens para as bandas pedindo auxilio e fechando parcerias.

01 de Setembro de 2015 marca o lançamento do Portal do Underground, como é carinhosamente chamado. No portal o espaço é total das bandas, sendo pertencente ao Rock e suas vertentes, sem distinção, sem discriminação, todas merecem a nossa atenção e todas elas tem, tudo o que está ao nosso alcance faremos para movimentar a divulgação do Rock/Metal. 

Hoje o O SubSolo é quase uma marca, com o site, Instagram, Twitter e Facebook, tem também uma linha de merchandising, com quatro tipos diferentes de camisetas (peça a sua inbox na fanpage no facebook ou por e-mail contato@osubsolo.com), mais de vinte parceiros e uma equipe escolhida a dedo. Procurando a cada dia ser mais eficiente em sua divulgação e prestando consultoria para Assessorias de Imprensa do mundo todo.

Não somos donos da verdade, tampouco perfeitos. Se você gostou dessa dica, compartilhe. Se não gostou, ou se sentiu ofendido, nos desculpe!

Gremista, catarinense, gamer, cervejeiro e admirador incessante do Rock/Metal. Tem como filosofia de vida, que o menos é mais. Visando sempre a qualidade invés da quantidade. Criou o site 'O SubSolo" em 2015 sem meras pretensões se tornando um grande incentivador da cena. Prestes a surtar com a crise da meia idade, tem a atelofobia como seu maior inimigo e faz com que escrever e respirar o Rock/Metal seja sua válvula de escape.