Sempre buscando o melhor conteúdo para os nossos leitores, desta vez O SubSolo trocou uma ideia com o Rafael “Barba” Morassutti, baixo e vocal do Godzorder, de Jundiaí-SP. Lembrando que o Godzorder foi uma das primeiras bandas a abraçarem o projeto do blog e cada vez mais focados no seu trabalho, os procuramos para saber como andam as atividades da banda, que recentemente teve alteração na formação. Vem com a gente ler essa entrevista!



A banda se chamava Stupid Vision até 2008. Em 2013, vocês mudaram o nome para Godzorder. Os membros de ambas as bandas são os mesmos, a mudança do nome tem algum motivo específico? A Godzorder tem alguma relação com o Stupid Vision ou é uma proposta totalmente diferente?

Barba: Na verdade eu sou o único membro remanescente da antiga banda e eu já havia sugerido mudar o nome quando o Stupid Vision (que era uma banda que só tocava covers) iria lançar sua primeira demo-tape com composições próprias em 1998, mas devido à popularidade do grupo na cidade e região acabamos decidindo por mantê-lo e isso se estendeu até 2008, ano em que o grupo se dissolveu. Quando retomei o projeto em 2013, eu queria um nome que soasse mais respeitável e menos “zoeira”, mas a proposta musical é a mesma, inclusive as músicas que tocamos. 

De onde surgiu o nome da banda? Por que Godzorder?


Barba: Veio das expressões “God’s order”  e “Go disorder” . A letra “Z´´ no meio unindo as palavras e deixando com uma única pronúncia deixou o nome com um duplo sentido, e a ideia é que cada um escolha o significado que lhe caia melhor. É tipo uma ideia de livre arbítrio, de que tudo é uma questão de escolha,  cabe a cada um decidir. E que, no fundo, qualquer que seja o deus em que acreditamos, obedeceremos sempre a ordem do nosso deus interior.
O Sucessor do ótimo Obey já está em andamento? De onde vem a inspiração para o som violento da banda?


Barba: Estamos trabalhando em novas composições, algumas já estão concluídas. Novas ideias não param de surgir e ainda tem muito material antigo que pode ser reciclado. A inspiração para compor a linha instrumental vem dos trabalhos das bandas que nos influenciaram e a parte lírica sempre foi relacionada com experiências e sentimentos pessoais. Mas sempre tentando abordar o tema de uma maneira mais abrangente, sem ser direcionada, com intenção de que as pessoas se identifiquem com as letras.
2015 e 2016 foi um grande ano para o Thrash metal, com lançamentos de álbuns inéditos por parte dos maiores nomes do estilo, como Slayer, Testament, Megadeth e ainda tendo Metallica e Kreator com álbuns novos saindo. Para vocês, qual a importância desses gigantes ainda lançarem musicas inéditas?


Barba: Ah… Esses “medalhões” do metal ainda estão no topo da cadeia musical e são os pilares do estilo. Para nós é como uma fonte de inspiração que se mantém viva e ativa e que também une a nova geração com a mais antiga. 
Na cena atual do underground, quais os maiores desafios das bandas que se propõem a mostrar seu som autoral?


Barba: Bom, aqui no Brasil acho que um deles é o de quebrar aquela barreira do interesse do público em conhecer, se interessar e realmente consumir um produto novo, principalmente de banda nacional. Outro é de a banda conseguir manter seu nome e seu trabalho na cena de maneira efetiva já que de fato não temos um circuito ativo e unido. Por que, por melhor e bem produzido e executado que seja o trabalho do artista, aqui ele está por sua própria conta, risco e prejuízo uma vez que esse ambiente no nosso país ainda é muito individualista e de caráter exploratório. 
Recentemente vocês afirmaram em entrevistas que a cena underground vinha passando por dificuldades de eventos e produções pobres, envolvendo público e produtores. Para vocês, qual seria uma possível solução para o fortalecimento do underground e das bandas independentes?


Barba: Sinceramente? Tentar a sorte em outro país!



No mês de julho deste ano, vocês fizeram uma apresentação juntamente com o Machinage, também de Jundiaí-SP. Qual a importância dessa parceira entre as bandas da mesma cidade para fortalecer a cena? 


Barba: É sempre bom unir forças com quem tem os mesmos propósitos. Todos se beneficiam com esse tipo de parceria. Isso mostra ao público que a cena local tem quem a represente e as bandas envolvidas acabam se tornando referência na região.   

Como está o calendário da Godzorder? Previsão de apresentações neste fim de ano? Quais os próximos eventos?


Barba: Bom… Desde Setembro desse ano (2016) a banda entrou num modo “stand by” forçado devido a conflitos de horários do trabalho formal dos integrantes. Isso está impedindo que a banda se reúna com a frequência necessária para trabalhar ativamente comprometendo também a programação de shows, nos restando apenas cuidar dos bastidores da coisa toda até que essa situação se estabilize.
Algumas palavras do Godzorder para encerrarmos?


Barba: Quero agradecer pelo espaço e pela entrevista dizer um “THANKS” especial para VOCÊ que valoriza o Heavy Metal nacional e apoia a cena comprando os produtos das bandas, marcando presença nos shows e eventos, compartilhando e divulgando o trabalho de quem representa o gênero. SIM! Precisamos de TODOS para que isso se mantenha vivo e se fortaleça. Um grande abraço à todos aí da redação, amigos e leitores, que seguem firme e forte o Godzorder. Não deixem de acompanhar a nossa página do facebook, que sempre haverá novidades por lá. Valew!


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