Godzorder: “O público já está meio “cansado” da cena”

Ainda que estejam estabilizados como trio de forma temporária, o GODZORDER não para e as composições para o sucessor de “Obey” já estão nascendo, onde trarão ainda mais suas influencias e claro, suas características próprias, que já são bem perceptíveis em seu primeiro lançamento.
Nas linhas a seguir Marco (baterista) e Rafael (baixo/vocal) nos falam algumas novidades do vindouro disco, assim como os álbuns que os influenciaram, cena underground e muito mais, confira:
Sobre as novas composições do sucessor de “Obey”, o que podemos esperar?
Marco: Podem esperar músicas expressivas e com muita energia como sempre. As novas composições estão fluindo muito bem, várias ideias e abordagens diferentes.
Rafael: Tem muito material antigo ainda engavetado para trabalhar, estamos usando o que melhor se enquadra com a proposta da banda, mas nesse processo sempre acaba surgindo mais ideias novas. Chega até a ficar difícil administrar tudo, rs…
Teremos duas guitarras novamente ou ainda é cedo para falar?
Marco: Nossas ideias já vêm como duas guitarras, porém estamos fazendo as composições em trio, mas com certeza vamos atrás do quarto integrante da banda. Será muito importante para o conteúdo do futuro trabalho do Godzorder e esperamos realmente desta vez acertar na escolha.
A falta de shows é algo que vêm incomodando não só as bandas, mas também os produtores pequenos que movem o underground. Já que em muitos casos deixam de fazer seus eventos por falta de público ou local que aceite bandas autorais. Gostaria que comentassem a respeito.
Marco: Estamos passando por uma era de eventos e produções bem pobres por conta de dois fatores e isso envolve público, produtores, etc. Pelo menos em nossa cidade podemos afirmar que são poucos produtores que ainda fazem algo para as bandas autorais. Veio com a grande demanda de bares com proposta de bandas covers e acabou fechando um pouco as portas para as bandas autorais, mas ainda temos esperança que possa ser revertida essa história do underground.
Rafael: Isso envolve muita coisa, inclusive o fato do público já estar meio “cansado” da cena, até decepcionado com as bandas, eventos e casas de shows de rock/metal. Vejo uma falta de atrativos que chame a atenção do público, pois quase tudo que envolve e ambienta isso parece ter ficado no século passado, sei lá… Nada contra tradições, mas certas coisas precisam acompanhar a evolução.
Sem pensar muito, quais os discos que mais influenciaram o Godzorder. E quais influenciaram, mas vocês não escutam mais?
Marco: Os que mais me influenciaram foi o primeiro álbum do Fight – “War of Words”, Pantera – “Far Beyond Driven”, Metallica – “Black Album”. E os que ainda gosto, mas não escuto faz anos são os álbuns do Guns n Roses – “Appetite for Destruction”, Slayer – “Rening Blood” e Iron Maiden – “The X Factor”.
Rafael: Acho que a banda foi modelada pelos discos que o Marco citou, acrescentando o “Arise”, “Chaos A.D.” e “Roots” – Sepultura, “Burn My Eyes” e “The More Things Change” –  Machine Head. Os que mais me influenciaram a tocar, mas não ouço mais seriam o “4 Of a Kind” e “Crossover” – DRI, “Rocket to Russia” e “Loco Live” – Ramones, “Beneath The Remains” –  Sepultura (esse último, com certeza, foi o disco que mais ouvi na minha vida e que mais me influenciou! Foi a chave que abriu as portas do Heavy Metal para mim). E só para concluir, confesso que nunca literalmente deixei de ouvir esses trabalhos, e acredito que nunca o farei, pois ainda me dão muita inspiração.
Fonte: Heavy and Hell Press

Gremista, catarinense, gamer, cervejeiro e admirador incessante do Rock/Metal. Tem como filosofia de vida, que o menos é mais. Visando sempre a qualidade invés da quantidade. Criou o site 'O SubSolo" em 2015 sem meras pretensões se tornando um grande incentivador da cena. Prestes a surtar com a crise da meia idade, tem a atelofobia como seu maior inimigo e faz com que escrever e respirar o Rock/Metal seja sua válvula de escape.