Nostos, é um dos nomes que encabeça a nova safra do black metal brasileiro e que promete forte crescimento em 2019.

Após a boa repercussão do novo EP intitulado “Misfortune”, lançado via Electric Funeral Records (BR) e Back From The Grave Tapes (HOL), no qual a banda apresenta uma sonoridade crua e visceral, incorporando diversos elementos em suas composições com um instrumental violento e virtuoso, Nostos se torna uma das grandes promessas do black metal nacional, gênero do metal extremo que a cada dia cresce no país.  

Conversamos com a banda para entender de onde vêm as influências que compõem seu som e o que o torna tão profundo.

Sepultura – Morbid Visions:
Esse disco foi um murro no rosto. A agressividade e honestidade do disco impactaram sobremaneira o Nostos. É um álbum que a gente sempre volta nele e reflete sobre a genialidade do sepultura.

Mystifier – Goetia:
Aqui a coisa cheira a enxofre e vela preta queimando. É Black Metal que dispensa muito palavrório. É um ritual do início ao fim. É extremamente difícil hoje em dia           você conseguir produzir um álbum assim. Hoje em dia tudo fica meio plástico…

Samael – Ceremony of Opposites: 
Ah esse disco é um daqueles que você escolhe pra ouvir olhando o céu escuro e refletir sobre a alma do som sinistro…Se falar muito dele estraga. Ele é um disco simples e coeso e isso é uma coisa que a gente tem tentado priorizar com os novos sons.

Paradise Lost – Gothic:
Pra nós esse álbum é o legítimo sucessor do Masters of Reality, do Black Sabbath. Ele te arrasta pra dentro dele impiedosamente. Quando você vê o disco acabou e você nem se deu conta. Seria bom se alguém falasse isso da gente um dia (risos).

Katatonia – Brave Murder Day:
A mesma coisa do disco acima, esse disco muda completamente o seu humor, seu astral. Se ouvir em dia de chuva então… Não é todo disco que tem o poder de alterar sua vibe de uma hora pra outra. Poucos discos conseguem fazer isso. Esse é um aspecto importantíssimo pra nós.

Mgla – Exercises in Futility:
Eles não estão brincando. É assustador o nível de honestidade que essa banda atingiu, em todos os sentidos.

Sumac – What one becomes:
Aqui é onde a gente pensa em entrar no som torto e esquisito e não sair mais…E vontade não falta. 

Black Sabbath: 
Já até foi mencionado….qualquer coisa do Sabbath. É a essência do mal (risos). É um dicionário que você de vez em quando tem que voltar pra consultar…

Amenra Mass VI:
 Isso foi uma revelação pra gente. Isso é arte pura. Não é um disco de metal convencional. Tem coisa atípica, elementos  estranhos. Mas o sinistro, o melancólico e o sombrio estão impregnados nesse disco. Esse disco é lindo. E a banda ao vivo é honesta demais.  

Neurosis – Fires withing fires:
A gente podia escolher qualquer outro disco do Neurosis. Mas vamos colocar esse pois é o mais recente. O Neurosis é perturbador. O show em SP foi perturbador. A mesma coisa que dissemos pro Amenra vale aqui. Não é um típico álbum de metal e isso pouco importa. Sabemos que fãs de metal mais extremo vêem essas bandas com ressalvas. Para o Nostos o essencial é o elemento obscuro, o sombrio e o melancólico. O veículo sonoro por meio do qual isso vai se exprimir, se por meio de um som típico de black metal ou, digamos, de sludge, pouco importa  

Fonte: Collapse Agency