Privilégio, admiração e honra: são as três palavras chaves para iniciar esta resenha, sendo que as palavras antes citadas representam respectivamente ouvir, sentir e expressar. E assim começamos a resenha do belíssimo álbum ‘O Último Expresso‘, o segundo da carreira dos cariocas do Basttardos, consequentemente a segunda resenha sobre a banda, já que resenhamos o primeiro álbum “Dois Contra o Mundo” anteriormente, que você pode conferir clicando aqui.




Desta vez o Basttardos apostou todas as suas fichas em um álbum mais pesado e com a criatividade que já não é novidade por parte da banda, a qual sabem explorar com elegância. “O Último Expresso” poderia ser ‘rotulado’ como diversas vertentes do Rock ‘n Roll, sendo a principal delas o Hard Rock, que consiste riffs pesados e belos grooves de bateria, para complementar ou melhor, para o ingrediente especial, o encantador vocal de Alex Campos.


A fonte de energia, criatividade e ‘bom gosto’, parece não se esgotar, longe disso, pois acredito que vamos ver esta banda decolar ‘sem medo de ter medo, o legado importa, sem temer, o legado importa mais‘, como diria o refrão de uma das suas belas faixas, contidas neste álbum. 


O que mais chama a atenção nesse álbum, é a faixa “Despertar do Parto“, música em homenagem aos filhos de Alex, que além de vocalista é guitarrista, que é com os dizeres “Despertou um forte e verdadeiro amor / Hoje sei quem sou, sua vida ensinou / Suando frio, ouço o silêncio / Vai nascer… Já nasceu!” que o músico homenageia os filhos Breno e Theo, sinceramente chega a ser arrepiante ouvir como o vocalista difere cada palavra contida na letra, sendo o solo de guitarra também um show a parte, uma obra prima do Rock ‘n Roll dos Basttardos.









A modernização deste álbum é evidente, com um instrumental carregado de criatividade, bons riffs, peso e essência do Rock ‘n Roll. “O Último Expresso” consegue passar a mensagem de que o Rock Nacional continua vivo e pulsando firmemente em nossas veias, sendo impossível não cantar junto após conhecer o álbum e mais impossível ainda é não gostar, seguindo linhas de Hard Rock, Heavy Metal clássico, em algumas partes pegada de Thrash Metal e entre outras vertentes existentes no álbum. Os Basttardos conseguem seguir uma linha sem se auto rotular, como também conseguiram fazer em “Dois Contra o Mundo”, temos ai, dois bons álbuns para estarem para sempre na galeria do Rock Nacional.


SOBRE A ARTE


Desta vez, o Basttardos optou pela capa clássica de acrílico, mas claro que tinha que ter a cara da banda, não é? O encarte mais uma vez, da uma aula de simplicidade e objetividade, ao abrir podemos acompanhar todas as músicas, com os créditos de cada compositor e/ou participante de cada. Porém, há algo que chamarei de “enigma” (ou não rs). O trem passando por cima de cabeças de caveira, logo de cara você não entende, porém, ao ouvir o álbum, você passará a fazer uma ligação entre o álbum e a capa, afinal, as músicas grudam tanto em ti que é como um trem passando sobre sua cabeça, ou também, pelo fato de o álbum ser mais trabalhado em cima de acordes pesados, o qual tiro o chapéu aos músicos, afinal, nos trouxeram uma relíquia, com elegância, ousadia e o modo Basttardos de compor e nos encantar.


FORMAÇÃO

Alex Campos – guitarra/vocal
Bernardo Martins – bateria
Terceiro elemento – baixo

FICHA TÉCNICA


Produção: Alex Campos
Gravação, Mixagem e Masterização:  Fil Buc.
Concepção da arte da capa: Alex Campos
Autor da arte da capa: Alexandre Ferreira
Foto: Gabriela Furlan
Edição de foto: Alex Campos

Para finalizar a resenha deste, tenho algo a afirmar…

O LEGADO IMPORTA MAIS!

Gremista, catarinense, gamer, cervejeiro e admirador incessante do Rock/Metal. Tem como filosofia de vida, que o menos é mais. Visando sempre a qualidade invés da quantidade. Criou o site 'O SubSolo" em 2015 sem meras pretensões se tornando um grande incentivador da cena. Prestes a surtar com a crise da meia idade, tem a atelofobia como seu maior inimigo e faz com que escrever e respirar o Rock/Metal seja sua válvula de escape.