Banda bem apresentada, com release em diversos idiomas, material rico e bem explicado. Capa sensacional, cheia de detalhes surpreendentes e que me fez querer conhecer mais do trabalho da banda.


O SUBSOLO | RESENHA | INTO ETHEREAL DUSK - NIHARP (2018)



Audição iniciada, “An Angle’s Requiem”, quase 9 minutos de faixa de abertura, vocal entrando depois de 1:30 de introdução. A definição da própria banda para o estilo é Thrash/Prog metal, eu tenho imensa dificuldade de rotular as bandas que gosto, mas eu não consegui localizar ainda o thrash dentro da proposta da banda. O vocal é limpo com alguma agressividade, mas as linhas são bastante melódicas. Acredito que a voz esteja um pouco alta na mix, mas não prejudica em nada o bom andamento do material.

Quick Dizzy” já começa com uma bateria interessante e prometendo peso. O riff é cadenciado e é inevitável dar aquela balançada de cabeça afirmativa. Acho que as influências da banda são bastante Power Metal, a música se desenvolve bem, o refrão novamente é bastante melódico.

Hymn fo the End”, hora de trazer peso, pelo menos a introdução soou mais densa, com mais baixo. O peso se mantém até agora, nada muito agressivo mas também longe de ser leve.

Tempestatis” Música mais cadenciada, um pouco mais lenta, bem trabalhada e cheia de riffs, entrada da voz com partes limpas de instrumental e super puxado para o Power Metal alemão. Interessante.

The midnight Curse – Part I – The Ivory Moon” – Narrativa e peso, boa estratégia, curti. Música bem mais agressiva, bem posicionada no disco, passando um pouco da metade da audição do material. 

The Midnight Curse – Part II – The Ivory Orchid” – Parte 1 e 2 são emendadas, sem corte entre elas. Somando as duas, 15 minutos de som. A parte 2 tem outra atmosfera, remetendo o ouvinte a algo mais leve, mas o som continua pesado. A composição é bem feita, detalhista, cheia de passagens que com certeza numa segunda ou terceira passada o ouvinte terá uma experiência ainda melhor.

A New Beginning” – Todas as músicas do álbum tem mais de 4 minutos, todas com intros longas e passagens instrumentais bem trabalhadas. A faixa 7 tem um pouco mais de agressividade na voz, mas ainda não me mostrou o Thrash metal que me foi prometido (rs).

ILLUSIONATI” – Última faixa do disco, 8 minutos e meio, introdução muito interessante, faixa que fecha com chave de ouro o bom trabalho dos caras. Com um ótima pegada, essa música tem diversos elementos que me remetem novamente às bandas alemãs do mesmo estilo.

O material é bem feito, dá pra sentir nas músicas que teve muito pensamento envolvido, não é algo largado e sim muito bem trabalhado.O paralelo com bandas do mesmo estilo é inevitável, porém sem comparações e sem desmerecimento. Insisto em comentar a questão do rótulo, onde um Power/Prog seria mais dentro do que eu enxergo como estilo para o Niharp.

Gostei bastante do desenrolar do disco na questão de posicionamento das faixas. Com certeza ouvirei mais vezes e buscarei mais elementos que possam ter me passado despercebido na primeira audição.

TRACKLIST
01) An Angels’ Requiem
02) Quick Dizzy
03) Hymn for the End
04) Tempestatis
05) The Midnight Curse – Part I – The Ivory Moon
06) The Midnight Curse – Part II – The Ivory Orchid
07) A New Beginning
08) I L L U S I O N A T I


FORMAÇÃO
Douglas Rovas – vocal
Helder Silva – baixo
Nilson Figueiredo – bateria
Koragem – guitarra
Murilo Mazza – guitarra