Tem quem poderia dizer que fazer um evento de Metal Extremo, em pleno domingo a tarde poderia ser um verdadeiro tiro no pé. Porém,  há pessoas que ao invés de reclamarem, decidem fazer e nessa pegada que o Storm Metal chega na sua quarta edição trazendo bandas novas e outras já consolidadas, como o grande Amen Corner, que foi o headliner da edição. Nós estivemos lá representando tanto O Subsolo, quanto o  Underground Extremo e o que rolou você confere agora:



Com o cancelamento de duas bandas, os produtores tiveram que recrutar os substitutos, e eles vieram da região da grande Florianópolis. A primeira banda a ser recrutada foi o Mutilo, que é formada por músicos muito novos, mas que nos dá tranquilidade ao ver o que essa molecada é capaz de fazer no palco, pois o Metal está em boas mãos. Destaque para as músicas autorais como: Rage e Predicted Blindspot. Uma dica importante é que a banda caminhe em direção ao profissionalismo, pois já possuem técnica, e o que falta agora, é focar mais em suas composições para poderem abandonar os covers e corrigirem algumas falhas na apresentação.
Poenitentiam representa a nova geração do Death Metal. Na capital esse é um rótulo de grande responsabilidade, porém não tenho a menor dúvida de que a Poenitentiam (oh nome difícil ainda bem que eles vão mudar de nome em breve) honra esse legado tocando músicas do seu EP de estreia “Conspiracy Remains“. Os destaques da banda vão para as músicas autorais, mas decidiram até fazer alguns covers.
Com o Trator BR, a porrada come solta. O que nós temos agora é uma banda catarinense apresentando um trabalho brutal, e que devido aos problemas de formação, eles se apresentaram como um trio no festival. Mas sinceramente isso pouco importou, pois o Death em português é uma aula. Tente não se empolgar com sons como: Trator de Guerra Brasileiro, Floresta Armada, e claro Já É JacaréRolaram ainda alguns sons que estarão no seu próximo full, como Ciclo das Extinções ficamos na expectativa para esse trabalho.
Agora se tem uma banda que ganhou minha admiração é o Amuro. Some qualidade técnica, e letras inteligentes e obterá o resultado da banda. O mastermind por trás desse projeto é o Artur Cipriani, que impressiona pela forma que ele consegue transitar por vários estilos do Metal Extremo. A composição Villain é uma das melhores desse ano, e pode achar que estou exagerando, mas procure conhecer a Amuro e venha me agradecer depois.
Existem lendas no underground e sem dúvida a Camos é uma delas. A horda que é formada atualmente por Everton Borges Caos, Luciano Lamferniis, Ulysses Freire e Danda Brito, provou ao vivo que é merecedora de todo o hype que o nome da horda agrega. Claro que hinos profanos como: Master of the Serpents, Black Metal Night e  Dark Lord of Chaos, mostram o encontro do Metal tradicional com o Venom, e o melhor ainda estava por vir, já que tivemos uma aliança profana entre Camos e Amen Corner, quando o Luis Marcel Grande (que formou a horda) dividiu os vocais. Para os amantes do metal negro, esse foi um momento histórico. 
Amen Corner é o  grande headliner do festival e pela primeira vez a banda se apresentou na grande Florianópolis, apresentando o seu mais recente trabalho “Under The Whip And The Crown” de onde vieram músicas como a faixa título e “The Fall of the Messiah“. Senti falta de algumas músicas como “In Nomime Satanás“, mas é claro que uma banda com tantos trabalhos que são baluartes para a música extrema tem dificuldade em montar um set que agrade a todos. Mas quem estava presente presenciou uma verdadeira missa negra.
Com todas as dificuldades que a cena vem apresentando há anos, é muito bom saber que ainda existe uma resistência, para organizar festivais e ao publico que esteve presente, fica nosso total apoio para que possamos ter muitas outras edições do Storm Metal Festival.