No sábado dia 15/09 ocorreu a primeira edição do United forces fest, o nome é bastante pretensioso, mas o festival tem um propósito bastante diferenciado em relação ao típico discurso de “União da cena”.



A principal ideia do projeto é o intercâmbio entre as bandas através da união, inclusive o intercâmbio do próprio festival. A ideia começa com o convite de bandas de outras cidades e que não vem à região a tempo, trazendo novos ares e evitando as infames “panelinhas”. A continuação disso é que as bandas convidadas organizem um “United forces” na própria cidade, podendo convidar a banda organizadora, mas mantendo o ideal de intercâmbio.

Começando o cast dessa edição de estréia vem um verdadeiro exército de um homem só. Após a partida dos outros integrantes, Luis Tomasini, guitarrista e fundador da Infected Sphere, seguiu com a turnê com toda garra necessária mesmo após a partida do resto da banda, com um som extremamente extremo e técnico, a Infected Sphere trouxe o espírito mais primal do Death metal ao palco, demonstrando toda brutalidade filosófica que as letras expressam.



Em seguida veio a banda Plunder, bastante conhecida no cenário underground catarinense e com motivo, a banda tem um diferencial interessante mesmo executando um estilo clássico. A banda apresenta o clássico Heavy Metal no seus próprios termos, tocando inclusive músicas que pareceriam alheias ao contexto se não fossem vistas funcionando ao vivo, o grupo se destaca também por seus temas que envolvem personagens e acontecimentos históricos, que estão presentes em toda simbologia da banda.


A Silent Empire, organizadora dessa versão, foi a próxima banda, trazendo músicas novas e reforçando o lançamento do álbum “Dethronement of all icons”, com um setlist frenético e bastante energia no palco, a banda conseguiu mostrar tudo o que está valorizando nessa nova fase, que mesmo após o lançamento do disco ainda traz novidades e dinamiza a trajetória da banda.


A banda Viletale já impressiona com o seu visual macabro, a atitude de palco combinada com a caracterização realmente amplificam o tom sombrio e intimidador que acompanham as músicas, que tem tema de horror contemporâneo, se você escutar com atenção provavelmente vai perceber uma referência a algo que já conhece. Uma das coisas que mais chamou a atenção a foi a independência das harmonias, que apesar de terem uma coesão forte com o todo, também se destacam em sua individualidade.



O United Forces Fest, apesar de estreante, se apresentou como um fest promissor, principalmente pela diversidade e por buscar trazer atrações diferentes das usuais nas cidades que for realizado, apesar de toda dificuldade que é comum na organização de eventos para o público rock/metal, foi muito bem recebido e certamente não vai parar por aí.