Incrível como a música alcança lugares que muitas vezes nem imaginamos. Da pequena cidade de Arujá com um pouco mais de setenta mil habitantes, nasceu em 2012 o Fallen Idol, uma banda que prova que Doom Metal ainda está bem vivo enraizado em suas influências. O que será que faz uma banda evoluir e lançar um trabalho melhor do que o outro? Fallen Idol conseguiu



A primeira aparição do Fallen Idol foi em 2015, quando lançou um disco auto-intitulado, este até recebeu criticas positivas, porém alguns comentários construtivos sobre o que melhorar. O impressionante é que sem titubear, o grupo lançou no ano seguinte o poderoso “Seasons Of Grief”, foi quando sugaram todas as críticas que realmente interessava, depositaram nesse novo trabalho toda sua inspiração. É nessa parte que separamos os “gatos dos leões”, temos a diferença de uma banda que se abate por críticas e temos uma banda que as sugam para supera-las, foi o que aconteceu, o Fallen Idol conseguiu lançar um disco ainda melhor do que o primeiro, e olha que gostei muito do que apresentaram no primeiro, mas neste, me arrepiei.

O Doom Metal não é algo que venho vendo muito nas bandas nacionais hoje em dia, mas os poucos que fazem, fazem com maestria e com empolgação. O Fallen Idol consegue transpor todos os sentimentos e as suas raízes dentro das composições, elas soam tecnicamente perfeitas. Os riffs de guitarra são um show a parte dentro de toda a obra, arrepiante e muito destacado, a guitarra é bem conduzida ao estrelato. Considero uma boa banda, quando tem uma cozinha coesa, firme, forte e o Fallen tem isto e mais um pouco, sua cozinha é bem cadenciada e harmônica, resultado de uma sincronia e entrosamento na “ponta do lápis”. O vocal é arrepiante, alcança agudos inimagináveis e tem um ótimo desempenho quando a música pede algo mais “grave”.

Quais “Power Trio” você lembra que marcou sua vida? Posso citar sem pensar, Rush, Motorhead, ZZ Top. E agora temos mais uma opção para nos lembrarmos, o Fallen Idol. Rodrigo Sitta cuida dos bons riffs, solos e dos vocais, Márcio Silva se responsabiliza em montar linhas de baixo cruas, coesas sem dar chances para o “vácuo” e Ulisses Campos é o motor por traz da bateria, quase um polvo. Tudo aqui casa perfeitamente, desde riffs, acordes, notas, grooves, até linhas vocais e entrosamento. É como um time campeão, que tem peças fundamentais para levantar as taças. Fallen idol é surreal.



FORMAÇÃO
Rodrigo Sitta – vocal e guitarra
Márcio Silva – baixo
Ulisses Campos – bateria

TRACKLIST
01 – Seasons of Grief
02 – Nobody’s Life
03 – Unceasing Guilt
04 – Heading For Extinction
05 – The Boy and the Sea
06 – Worsheep Me
07 – Satan’s Crucifixion


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Material recebido pela Roadie Metal.
Gremista, catarinense, gamer, cervejeiro e admirador incessante do Rock/Metal. Tem como filosofia de vida, que o menos é mais. Visando sempre a qualidade invés da quantidade. Criou o site 'O SubSolo" em 2015 sem meras pretensões se tornando um grande incentivador da cena. Prestes a surtar com a crise da meia idade, tem a atelofobia como seu maior inimigo e faz com que escrever e respirar o Rock/Metal seja sua válvula de escape.