Nesta edição do “De músico pra músico” abordaremos um assunto bastante crítico: CRIAÇÃO



As bandas costumam ter processos bastante diferentes na hora de compor, porém em todos os casos em algum momento um integrante se mostra insatisfeito com o rumo das composições. Como agir então?




Existem caminhos a seguir nesses casos, mas tudo depende do grau de entrosamento dos músicos, se você é novo no projeto não terá voz ativa para alguma mudança drástica.




Pensando nesse caso, tentarei passar uma maneira de conduta que deve ajudar tanto as bandas num geral quanto o músico que está insatisfeito.




1- Todo processo criativo deve partir de algum lugar, é muito interessante que algum integrante traga uma ideia, seja um riff, uma harmonia, um trecho qualquer a ser trabalhado. Mas esse pontapé inicial é vital;




2- Não é pelo fato de você ter trazido esse pontapé inicial que o resultado será totalmente seu. Evite o ciúme musical, permita que a banda tenha identidade e desprenda-se disso;




3- Um músico que não tem conhecimento teórico de harmonia ou de qualquer outro tema teórico pode SIM “dar pitacos” e sugerir melhorias na música. A vivência musical e saber o que deseja ouvir independe de conhecimento técnico. Ouça a opinião de todos os envolvidos;




4- A ideia de quem está ali como ouvinte pode contar muito, isso é totalmente enriquecedor e pode abrir a cabeça para ideias inusitadas. Se alguém da banda te sugere um arranjo que você tem certeza que vai dar errado, mesmo assim execute a ideia. Talvez o resultado te surpreenda e o melhor de tudo: o entrosamento ficará melhor dentro da banda  pelo fato de essa pessoa que sugeriu o arranjo ter sentido sua ideia sendo executada. Quando se dá o devido respeito à ideia alheia, a convivência é melhorada;




5- Todo composição surge de maneira diferente, ou começando por um riff, ou por um refrão, ou por uma melodia de voz, enfim, pouco importa. O interessante é ter em mente que até o último processo tudo pode (e deve) ser modificado.




Se esses 5 métodos de pensamento de grupo forem levados à sério, com certeza no final de um processo de composição todos os músicos estarão felizes com o resultado e orgulhosos do trabalho de modo geral.




Nada melhor do que tocar as músicas da banda com vontade!




Comportamento geral:



– Ouvir
– Esperar o momento certo de falar
– Testar antes de descartar
– Ouvir (de novo)
– Prestar atenção às ideias
– Evitar confrontos de ideias
– Não menosprezar 
– Trazer ideias antes de criticar
– Jamais dizer “isso é assim e ninguém mexe”


Espero que as dicas sejam bem utilizadas e que sua banda traga novas composições que todos os integrantes sintam-se orgulhosos!




Até o próximo “de músico pra músico”!