Fomos agraciados com mais um festival de importância imensurável em nossa região. Mais um Agosto Negro veio, e novas experiências e amizades se formaram nesta 9ª edição do festival que ocorre miticamente no Clube de Campo, em Laguna. Aqui, n’O SubSolo, transcreveremos um pouco das memórias que criamos e histórias que participamos ao longo dos três dias de Agosto Negro. Iniciando com o dia 02/08, uma sexta-feira digna em Laguna.


O SUBSOLO | COBERTURA AGOSTO NEGRO | PARTE 1




RASTRO DE PÓLVORA


Uma das bandas mais novas no festival. O Rastro de Pólvora é da cidade vizinha, lá de Tubarão/SC e recebeu a responsabilidade de iniciar os trabalhos de mais um festival do Agosto Negro.  A banda investe em um Crust-Hardcore pesado, com boas e afiadas letras. Instrumental pesado e sonoridade grave, pancada na orelha. Não vi nenhum erro perceptível no show, boas músicas e boa performance, a banda ainda tem muita coisa para trazer, futuro promissor.

LAST TIME



Outra banda também de Tubarão/SC e que vem crescendo no cenário, a Last Time tem um repertório que todo bom rockeiro gosta: o Grunge. Grandes clássicos foram tocados, senti falta de mais autorais, pois acredito que a banda tem capacidade para trazer mais sons autorais no decorrer do tempo.  


MADE IN PORÃO



Uma banda que sempre esteve presente no Agosto Negro, seja como banda, ou na figura ilustre do vocalista Xandy é o Made In Porão. A banda apresentou bons covers e boas músicas autorais. A Made in Porão bebe muito da fonte do Black Sabbath e por isso, agrada um público mais extenso. A presença de palco do vocalista acima citado, é extraordinária e é uma banda que não pode mais sumir do radar dos festivais.
CÉRBERUS



Mudanças na formação são dificuldades que toda banda enfrenta, mas quem assistiu a apresentação da Cérberus nessa noite, se surpreendeu como a banda é coesa e principalmente virtuosa, o trabalho de vocais e principalmente guitarras são no mínimo impressionantes, tanto nas musicas autorais como nos covers principalmente focados na fase Dio no Black Sabbath, com o nome e Heaven and Hell. Um adendo, a banda está naquele patamar que seus sons autorais são mais legais que os covers e por isso podem investir cada vez mais nas suas composições.



RED RAZOR





Hora de Thrash, Mosh e Cerveja e aliado à tudo isso, protestos e engajamento político. Eu acompanho a Red Razor desde sua primeira apresentação em Laguna, no hoje finado Pirate Cove. A banda já se apresentou em edições anteriores do festival e agora voltaram para os palcos do Agosto Negro para divulgarem seu segundo trabalho ‘The Revolution Continues’, que considero ser um dos melhores lançamentos de Thrash Metal do ano. Desse último trabalho da banda, nós tivemos músicas como ‘Rip Democracy‘, ‘Born In South America‘ e ‘Violent Times‘, aliada à músicas do primeiro trabalho ‘Beer Revolution‘ como ‘Napalm Pizza’ e ‘Red Razor‘. É possível notar a evolução técnica da banda e seu forte posicionamento político, sem medo de exporem suas opiniões. O cover do Ratos de Porão ‘Crucificados pelo Sistema’ em uma versão Thrash só confirma isso.


METAL GODS



Banda cover, tributo e afins é assim: ou você odeia por acreditar que estão roubando o lugar de bandas autorais ou você entra na vibe e curte o som. Por isso quem esteve no show da última banda do primeiro dia do festival, soube entrar no clima geral e cantar até perder a voz com os grandiosos hinos do Judas Prest. Jogaram para a torcida músicas como ‘Electric Eye’, ‘Painkiller’, ‘Breaking The Law’, The Ripper’, ‘Diamonds and Rust’ e ‘All Guns Blazing’. Sim, são todas as músicas hinos e a banda executa com perfeição. Tem que ter muita má vontade para não gostar. 


Toda a cobertura de Sexta-feira por Luiz Harley Caires

Colaboração: Maykon Kjellin – Vinicius Saints

Gremista, catarinense, gamer, cervejeiro e admirador incessante do Rock/Metal. Tem como filosofia de vida, que o menos é mais. Visando sempre a qualidade invés da quantidade. Criou o site 'O SubSolo" em 2015 sem meras pretensões se tornando um grande incentivador da cena. Prestes a surtar com a crise da meia idade, tem a atelofobia como seu maior inimigo e faz com que escrever e respirar o Rock/Metal seja sua válvula de escape.