Chegamos a mais um TopFive, onde indicamos cinco bandas todo sábado para você caro leitor, ler e ouvir bandas novas para começar aquele final de semana “meio morno” com boa música. A cada edição fica um pouco mais difícil pensar em cinco bandas, pelo fato de sempre estarmos arrodeados por várias bandas boas e da um peso no coração deixar alguma de fora, portanto vou trazer um Top Five diferente. Para esse TopFive resolvi trazer algo diferente, um especial com mulheres na bateria.



01) Constantine – Rock ‘n Roll – São Paulo/SP

Formada em 2005 por um quinteto com muita atitude e Rock ‘n Roll, o Constantine é composto apenas por garotas. A responsável por cuidar das baquetas da banda é a encantadora Larissa, que usa o nome artístico “Lari Constantine”. Lari, como é carinhosamente chamada, tem uma pegada bem Hard Rock, voltada também para o Rock oitentista, o que traz uma sonoridade mais clássica para as músicas da Constantine, que além de suas autorais fazem covers de AC/DC, Iron Maiden, Guns ‘n Roses e entre outras dessa mesma linha.




02) Rebotte – Thrash  Metal – São Paulo/SP

Formada em 2012 em São Paulo capital, o Rebotte foi formado por duas garotas, a vocalista Livia Almeida e a baterista Ellen War. A intenção delas era montar algo diferente, com sintetizadores, peso, mas ao mesmo tempo, com letras em Português. A Ellen é uma baterista moderna, que acarreta muito peso e técnica no pedal duplo, o que é necessário para um Thrash Metal de responsa. Recentemente o grupo lançou o EP “Insurgência”, que agrega muita pegada do Thrash old School com uma derivação mais moderna, talvez buscada com os sintetizadores.


03) Profasia – Punk – Florianópolis/SC

Antiga Rock Roach, mas com uma nova pegada e formação. É nítido nos olhos da baterista Moniky Hoffmann o amor que a mesma tem pela bateria, a forma como a garota olha o show enquanto acontece e as alterações entre sorrisos e sangue nos olhos, é de deixar qualquer um envolvido pelas boas viradas e coordenação motora. A banda vem fazendo um trabalho exemplar por onde passa, sempre prestativas e na frente do palco do show de outras bandas, lançaram junto com a troca de nome um EP “Liberade” que traz consigo boas canções sobre sentimentos de libertação.




04) Crucifixon BR – Death Metal – Rio Grande/RS

Talvez a banda mais antiga da lista será o Crucifixon, formado em 1996 em Rio Grande/RS, porém, a banda agora se encontra em São Paulo/SP para melhor conduzir sua carreira. A baterista do grupo é a Juliana Novo, que além de ser uma moça muito simpática, deposita muita adrenalina nas baquetas segurando uma base impecável de Death Metal com o Crucifixion. Em uma conversa amistosa a muito tempo atrás, a mesma me disse que começou a tocar bateria, pelo fato de nunca ter achado alguém para o tal posto que levasse o trabalho a sério, está ai um exemplo fantástico de que devemos arriscar novos rumos, isso fez muito bem a Juliana e claro, ao Crucifixion, que além de conseguir alguém empenhado para a função, ainda de quebra, revelou uma das melhores bateristas de Metal do Brasil.



05) Indiscipline – Heavy Metal – Rio de Janeiro/RJ

“Formada como um time”, é assim que a indiscipline inicia seu release. Um Power Trio formado apenas por mulheres, que tem um vocal poderoso de Alice que ao mesmo tempo tem a responsabilidade de administrar o baixo, com uma guitarra atmosférica de Maria Cals e uma bateria alucinante de Ale de la Vega. A Ale entrou por último após a troca de formação, ela conseguiu dar mais consistência as músicas e longe das influências clichês dos bateristas, ela cita Mike Terrana e Phil Collins como seus incentivadores na música. A forma como Ale improvisa e sabe como se impor no instrumento é impressionante, para quem já viu alguma apresentação do grupo sabe do que falo, a garota fica focada apenas na bateria, como se nada mais ao redor existisse, como se acendesse uma chama em seus olhos e aquele show fosse a última coisa que faria na vida. Indiscipline é uma das melhores bandas de Heavy Metal do Brasil, vale a pena ouvir e encerrar a lista com chave de ouro!


Gremista, catarinense, gamer, cervejeiro e admirador incessante do Rock/Metal. Tem como filosofia de vida, que o menos é mais. Visando sempre a qualidade invés da quantidade. Criou o site 'O SubSolo" em 2015 sem meras pretensões se tornando um grande incentivador da cena. Prestes a surtar com a crise da meia idade, tem a atelofobia como seu maior inimigo e faz com que escrever e respirar o Rock/Metal seja sua válvula de escape.