Formado em 2017 no interior de São Paulo, o duo de Stoner Rock, Wolf Among Us, nasceu na vontade de criar algo verdadeiro e expressivo. A formação atual conta com Robin Wolf (Baixo e vocais) e Alexandre Cruz (Bateria).

Riffs marcantes somados a uma nova sonoridade utilizando-se de três amplificadores (dois de guitarra e um de baixo), ampliando a massa sonora, trás a sinergia e “identidade natural” buscada. As influencias do stoner, do heavy metal e do grunge contrastam com elementos modernos em uma experiencia stereo única e difícil de se encontrar em um duo.

Atualmente a banda se prepara para lançar seu primeiro EP intitulado “Soul Shard”, que irá abordar uma ambientação futurística mesclada a temas atuais. O EP é uma analogia entre conflitos existenciais a distúrbios psíquicos, aonde um ego personificado a varias personalidades ambíguas faz uma afronta entre a moral e instinto. “Who are you?” foi o single de estreia, produzida por Iuri Griga, lançada em Outubro, garantindo um significativo destaque na cena local.

Toda banda tem sua influência. Vocês se inspiram em alguma banda?

Robin: Podemos dizer que em muitas, somos praticamente um caldeirão de influencias. Eu e o Ale temos um gosto semelhante e acabamos dividindo algumas influencias como Led Zeppelin, Black Sabbath, Alice in Chains, Mastodon, Royal Blood, ReignWolf, Gojira, Metallica, e é isto que consigo me recordar no momento. Mas isto é só a base da pirâmide, têm muitas bandas novas que estão entrando nesta lista de influencias. 

De ondem vêm esse nome “Wolf Among Us”?   O que levou a banda a esse nome?

Robin: Wolf Among Us sempre esteve na minha cabeça como um possível nome de banda. Quando decidi montar o Duo foi a primeira e única opção. Digamos que tem muitos porquês deste nome, mas o motivo principal é que o lobo, para nós, é aquele que não foi domado e nunca pertenceu a nenhum grupo, e por mais que seja “caçado”, ainda esta entre nos, resistindo. Isto fala muito sobre eu e o Ale, vivemos o dia a dia em um meio totalmente diferente do que somos, e quando estamos tocando liberamos todos os demônios ocultos, liberamos os lobos.  
O que podemos esperar desse primeiro EP?

Robin: O EP ira se chamar Soul Shard, nele teremos 6 musicas que representam as primeiras composições da banda. As musicas estão pesadas, regadas de riffs marcantes que grudam na cabeça. Procuramos trabalhar com a dinâmica das musicas, que variam em momentos agressivos e calmarias. Por mas que as musicas não sigam um contesto geral e abordem temas distintos, ainda sim há um tema central, que basicamente traz os sentimentos ocultos tomando forma e entrando em conflito com a própria existência. Soul Shard é uma espécie de mito de Narciso moderno, um monologo entre nosso interior com o exterior, entre o ser e o existir, entre o real e o digital. 

De onde vêm as ideias para as composições? Existe alguma composição que é mais especial para vocês?  

Robin: Bem, geralmente as nossas composições são bem particulares e falam muito sobre o que vivemos, porem não de forma direta. Costumo criar em cima das experiências vividas, e muitas vezes utilizo filmes e jogos como influencia. Soul Shard mesmo, é uma espécie de “autobiografia fictícia” criada para minha segunda personalidade. Eu chamo esta segunda personalidade de Eros, homônimo de uma das musicas do EP. Não sei dizer se é a mais especial, mas “EROS”  sem duvida nenhuma é uma musica diferente, ela trouxe toda a questão da dualidade existente dentro de mim. Quando a escrevi procurei estar “fora da realidade” para dar ainda mais vida ao Eros. 

Como anda a agenda de shows e a divulgação do trabalho? 

Robin: Estamos começando a colocar lenha na fogueira. Quisemos focar mais nas produções, mas agora fechamos uma parceria com a agencia Collapse para fazer o negocio da forma mais profissional possível. Mesmo não focando em apresentações ao vivo, ano passado fizemos algumas apresentações importantes, uma delas ao lado dos holandeses da Komatsu. Agora que estamos com nosso EP praticamente pronto, pretendemos nos apresentar mais vezes ao vivo e até mesmo estamos pensando em uma turnê. 
O que esperam para 2019? 

Estamos muito ansiosos, vai ter EP no começo do ano, novas apresentações e provavelmente começaremos a produção do nosso álbum conceitual. 2019 é o ano do Lobo. 

Fonte: Collapse Agency