Em homenagem a Copa do Mundo de 2018, buscamos, para cada um dos 32 países participante, uma banda de Metal que imprime sua cultura local em seu som, para que o mundo todo possa conhecer suas raízes, seus ritmos, suas línguas e suas verdadeiras influências. Com vocês: Bandas de Cada Nação.




Grupo C
Austrália

Conhecemos algumas coisas que remetem a Austrália, como sua rica (e as vezes assustadora) fauna, suas belas cidades litorâneas, o outback (não o restaurante, o vasto e misterioso deserto que preenche boa parte do mapa australiano), AC/DC, Men at Work… mas nem todos se lembram da cultura aborígene que ainda é muito forte e presente no país-continente da Oceania. Indo atrás disso, encontrei na banda NokTuRNL uma raíz direta no sangue dos nativos australianos. Atrás do Rap/New Metal apresentado pelo grupo, que possui certa notoriedade no país, existem influências indígenas nas letras de suas canções. Para os fãs de um som mais alternativo ao Metal tradicional, NokTuRNL é uma boa pedida, mas não há muitas informações sobre o grupo na internet.




Dinamarca

Graças a Odin, chegamos a Escandinávia. Como fã da temática abordada pelas bandas de Viking Metal, é aqui nessa região que encontramos as bandas que são realmente especialista nisso e que podem realmente utilizar desse conceito como parte de sua cultura. Týr já é uma banda de grande renome quando falamos em Viking Metal, e utilizar em algumas músicas o idioma feroico (a banda é originária das Ilhas Féroe, que pertence a Dinamarca) dá mais pontos para a presença da banda em nossa seleção. A cultura nórdica segue viva e arrebanhando simpatizantes pelo mundo através da inserção proporcionada por bandas como Týr, então seus sete álbuns gravados são obras que levam a tradição local a níveis internacionais.




França

A primeira banda que me vem em mente ao pensar em bandas da França é Gojira, que é um expoente no cenário internacional. Mas, infelizmente a banda não possui um vínculo tão forte com a cultura francesa, então me vi na obrigação de encontrar algo que fosse a cara do país que adiou o penta-campeonato do Brasil em 1998 e também foi responsável pelo fim do sonho do hexa ainda em 2006, ambas as vezes com o brilhante Zinedine Zidane liderando a equipe. Então, felizmente, encontrei na banda Les Alabres os elementos que eu esperava de uma banda francesa: letras em francês, que falassem sobre a vasta história do país. Em acréscimo a isso, elementos sonoros que casam perfeitamente com a temática medieval do conceito da banda, que gira em torno de guerras, reinos do passado  e peste negra, assuntos que muito me encantam. 




Peru


Eu sabia bem o que eu queria ouvir quando fui atrás de uma banda que retratasse a cultura peruana. A primeira lembrança musical que tenho do país é referente a flauta de pã, instrumento de sopro muito comum no país, em especial nas comunidades indígenas. Então ouvir isso dentro de uma banda de Metal era tudo o que eu desejava. E encontrei através da excelente banda de Arequipa, a Ch’aska, que mistura elementos muito bem explorados de Metal Extremo com instrumentos que criam esta imersão na cultura local, além de letras que contam sobre as lendas locais e dos deuses da antiga cultura do Peru, em especial da extensa civilização inca. Aliás, é da cultura inca que veio o nome da banda, pois Ch’aska era o termo utilizado para indicar a estrela mais brilhante no céu, o que explica a utilização de uma estrela no logo da banda. Se no campo a seleção de Peru não é a ampla favorita no grupo, aqui entre as bandas mencionadas confesso ser a que ficaria em primeiro lugar se fosse para escolher. Mas, diferente do futebol, aqui não há competição e todas as bandas ganham o mesmo espaço.


Onde há espaço para escrever, tenha certeza que irei deixar minhas palavras. Foi assim que me tornei letrista, escritor e roteirista, ainda transformando minha paixão por música em uma atividade para a vida. Nos palcos, sou baixista da Dark New Farm, e fora deles, redator graduado em Publicidade e Propaganda para o que surgir pela frente.