Em homenagem a Copa do Mundo de 2018, buscamos, para cada um dos 32 países participante, uma banda de Metal que imprime sua cultura local em seu som, para que o mundo todo possa conhecer suas raízes, seus ritmos, suas línguas e suas verdadeiras influências. Com vocês: Bandas de Cada Nação.




Grupo G
Bélgica

Pra começar, o que conhecemos como cultura belga? Quais tradições e lendas são provenientes do país que tem uma das seleções que é forte candidata a erguer a taça da Copa do Mundo? O que sabemos é que, assim como mencionei na Suíça, a Bélgica não tem de fato um idioma único, sendo adotado o francês, holandês e alemão como línguas oficiais. No entanto, depois de pesquisar um pouco, me recordei da cultura flamenga no país, que contrastou com a cultura francófona na questão de supremacia cultural na Bélgica (germânica e holandesa x francesa), então, possivelmente encontraria alguma banda que fosse de encontro a essa temática. Galg & Vuurdood é proveniente da região flamenga, e por isso incorpora a seu black metal o conceito das antigas histórias de sua terra. Existe pouco material da horda nas redes de streaming mais populares, mas há registros de Galg & Vuurdood estar na ativa desde 2005 e com um EP lançado em 2017, que dá nome a faixa presente abaixo:






Inglaterra

A Inglaterra é o berço do Metal e do futebol, mas se há dúvidas recorrentes sobre a qualidade da seleção inglesa nos campos (que venceu apenas um Mundial, em 1966), também há a certeza de que é de lá que veio e ainda vem as principais bandas de nosso amado gênero musical. De Deep Purple a DragonForce, bandas que cravaram hinos eternos em diversas ramificações do Metal e são parte crucial dessa história. Então, posso afirmar que o Heavy Metal faz parte da história da Inglaterra, então vamos deixar de lado o conceito que estávamos defendendo aqui até então, por que provavelmente iríamos parar em outra banda de Folk Metal cantando sobre medievalismo. Vamos para o clássico, para a origem sinistra daquilo que chamamos de Metal: Black Sabbath, o gigante e inquestionável pai da musicalidade das trevas. Aliás, de certa forma, a temática obscura sobre bruxaria, ocultismo e magia negra tem influências no passado do país do Reino Unido, que teve capítulos com presença desses elementos. Enfim, no demais, Black Sabbath dispensa apresentações, certo? Então, apenas dê play e mergulhe na sombria faixa que abre o disco que é considerado um dos pioneiros do Heavy Metal.




Panamá

Se fomos até o passado do futebol e do Metal, vamos até os novos tempos agora. Uma seleção estreante, que marcou seu primeiro gol em Copas do Mundo justamente contra a Inglaterra, e mesmo após sofrer seis gols comemorou como um título. O reflexo do Metal atual, onde mesmo tendo gigantes dominando o imaginário popular, conquista, de passo em passo, espaço no cenário mundial, e cada feito é comemorado amplamente. Uma banda para eu poder usar como representação disso é Gran Diablo, formada em 2017 e com um pequeno EP de duas músicas lançado, mas com uma sonoridade gigantesca e impactante. A banda aborda o impacto do mundo externo na cultura panamenha, utilizando recursos clássicos do Metal clássico com maestria, o que mostra que a banda tem categoria para bater de frente com muitas bandas mais conceituadas por aí a fora. Gran Diablo é um grande achado e traz o puro ar da renovação de nossos conceitos.



Tunísia

Se no futebol o país árabe não é uma potencia e não possui jogadores de grande renome, no Metal eles possuem um representante de peso: Myrath. A banda cumpre extremamente a tarefa de levar suas raízes e origens além das fronteiras do país africano, com um som progressivo e melódico de extremo bom gosto, composto por músicos virtuosos e engajados com a cultura local. O sangue e ritmo árabe fica bem presente nos elementos que complementam a musicalidade de Myrath, sendo bem cativante e convidando a conhecer mais da banda, que faz disputa forte frente as demais mencionadas nesse grupo de peso.


Onde há espaço para escrever, tenha certeza que irei deixar minhas palavras. Foi assim que me tornei letrista, escritor e roteirista, ainda transformando minha paixão por música em uma atividade para a vida. Nos palcos, sou baixista da Dark New Farm, e fora deles, redator graduado em Publicidade e Propaganda para o que surgir pela frente.